5 Mitos Sobre Vitamina D Que Você Continua Acreditando

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Provavelmente você já sabe, ou pelo menos já ouviu falar que as pessoas obtêm vitamina D a partir do sol, que ela é importante para a saúde óssea e baixos níveis podem causar várias doenças e complicações para o organismo, certo?

Porém, há outras coisas que você pensa que sabe sobre a vitamina D, que escutou em algumas conversas, e que vão desde câncer a filtro solar. Mas você sabe dizer o que é verdade e o que é invenção?

Leia mais para descobrir quais são os 5 mitos sobre a vitamina D que você continua acreditando.

Mito 1: Você não receberá nada de vitamina D se usar protetor solar

É verdade que os protetores solares de alta qualidade bloqueiam os raios solares UVB, e que esses são os mesmos raios que sua pele precisa para produzir uma versão de vitamina D, que é então modificada através do seu fígado antes de estar disponível para o seu organismo usar.

Porém, a menos que você esteja cobrindo cada milímetro da sua pele com protetor solar, pelo menos alguns raios UVB entrarão no seu sistema.

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No entanto, é improvável que você consiga toda a quantidade de vitamina D suficiente para atender às necessidades do seu corpo enquanto usa protetor solar. Embora seu dermatologista possa recusar este conselho, o professor de medicina, fisiologia e biofísica da Boston University Medical Center e autor de livros sobre vitamina D, Michael Holick, aconselha “a exposição ao sol sensata, de 15 a 30 minutos na luz solar direta, todos os dias sem protetor.”

Nunca permita que ocorra uma queimadura solar, ele adverte, e sempre aplique o protetor solar nas mãos e rosto, que são as partes mais expostas ao sol, e de forma consistente em todo o seu corpo.

Mito 2: Todo mundo precisa de um exame de sangue para fazer a triagem de deficiência de vitamina D

Se você quer ver um grupo de médicos começar uma discussão imediatamente, basta lhes perguntar qual o seu nível ideal de vitamina D no sangue. Provavelmente eles irão ter opiniões diversas, mas considerarão que o nível saudável está entre 50 e 80 nanogramas por mililitro (ng/mL).

Até entrarem em algum acordo, você irá desperdiçar dinheiro fazendo exames à procura do seu nível ideal.

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No ano de 2014, a Preventive Services Task Force, um grupo independente de especialistas médicos dos Estados Unidos, disse que não havia provas suficientes para apoiar a triagem regular, especialmente daqueles que não estão em risco especial de saúde óssea.

Holick concorda que a triagem é inútil para a maioria das pessoas, e diz: “Em vez disso, devemos recomendar a exposição ao sol, aumentando as fontes alimentares e tomando algum suplemento dietético.”

Mito 3: A vitamina D é conhecida por prevenir o câncer

Um crescente número de pesquisas aponta que a vitamina D está associada a doenças crônicas como esclerose múltipla, psoríase, diabetes, obesidade e doenças mentais.

Outros estudos sugerem uma relação entre o nível de vitamina D e câncer de cólon, tireoide, rim, útero, ovário, gânglios linfáticos e de mama. Mas esses são “estudos associados”, apenas ensaios controlados e randomizados que não mostram uma relação clara entre a vitamina D e a doença.

Um grande estudo realizado na Dinamarca no ano passado, indicou que pessoas com deficiência de vitamina D ao longo da vida tinham uma chance 40% maior de morrer de câncer, mas os mesmos pesquisadores pediram um estudo randomizado antes que eles pudessem recomendar para as pessoas tomarem suplementos de vitamina D para a prevenção do câncer.

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Shilpa Saxena, fundadora do Instituto SevaMed, uma prática médica integrativa funcional localizada na Flórida, Estados Unidos, aconselha os seus pacientes a não esperar um veredicto final antes de começar a tomar suplementes de vitamina D, uma vez que eles são muito difíceis de causarem danos à saúde.

Mito 4: Você pode obter a quantidade suficiente de vitamina D a partir da sua dieta

Certos alimentos, principalmente os com fonte de proteína animal como frutos do mar, carne vermelha, leite e ovos, contêm um pouco de vitamina D, mas ao menos que você queira beber 6 copos de leite e comer no mínimo duas porções de salmão todos os dias, é impossível obter a quantidade adequada apenas com a sua dieta.

Holick disse: “Ninguém nos Estados Unidos é capaz de obter a dose diária recomendada através da dieta”.

Um truque dietético para tirar o máximo proveito do seu suplemento de vitamina D é tomá-lo com uma refeição que contenha gordura (de preferência gordura boa, encontrada no abacate, peixes e nozes, pois ela é uma vitamina solúvel em gordura.

Mito 5: Se você vive em um clima ensolarado, provavelmente está recebendo a quantidade de vitamina D necessária

Entre o uso de protetor solar e o que Saxena chama de “morador de caverna moderno”, já que a maioria das pessoas hoje em dia gastam seu tempo dentro do carro, escritório e casa, viver em um clima ensolarado não lhe fornece a quantidade de vitamina D necessária.

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Holick cita uma pesquisa que mostra que até 90% das pessoas na Arábia Saudita, um dos locais mais ensolarados do mundo, são deficientes em vitamina D, devido à vestimenta cultural local e o estilo de vida em que as pessoas passam a maior parte do tempo dentro de casa devido ao calor.

Saxena, que vive perto de Tampa na Flórida, Estados Unidos, traz o problema para mais próximo dela: “Mesmo os nudistas da Flórida têm baixo nível de vitamina D”, disse ela.

Portanto, não importa onde você more, uma conversa com o seu médico sobre os suplementos de vitamina D é provavelmente uma boa medida a ser tomada.

Você ainda acreditava em alguns destes mitos ligados à vitamina D? Qual deles te surpreendeu mais? Comente abaixo!

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

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