5 Remédios para Tireoide Mais Usados

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Muitas pessoas acreditam que os remédios para tireoide mais usados estão diretamente relacionados aos problemas de hipotireoidismo e hipertireoidismo, que se referem à distúrbios da tireoide.

No entanto, existem muitos outros problemas relacionados à tireoide como o bócio, bócio congênito, bócio nodular tóxico, câncer da tireoide, carcinoma anaplasico da tireoide, entre outros. A partir de agora, você aprenderá o que é a tireoide, quais os maiores problemas que ela pode apresentar e quais os remédios mais usados para cuidar deste problema.

Os distúrbios endócrino-metabólicos são alterações dos hormônios produzidos pelo organismo e que podem acarretar modificações importantes em diversos aspectos do corpo. Estes distúrbios são mais comuns do que se imagina e podem gerar muitos problemas para a vida dos pacientes.

Uma das maiores preocupações quando falamos de tireoide é sobre a influência desta glândula no peso corporal. Podemos dizer que os hormônios produzidos pela tireoide regulam, entre outras coisas, a velocidade do metabolismo e uma alteração pode trazer consequências que refletirão na balança. Os remédios para tireoide, em geral, tentarão fazer com que essa glândula volte a funcionar normalmente, mas muitas pessoas têm tomado esse tipo de medicamento com o intuito de emagrecer. Descubra se remédio para tireoide emagrece mesmo em um corpo saudável.

Antes de correr para tomar remédio é importante que você saiba o exato diagnóstico do seu problema. Existem muitos exames para monitorar a função tireoidiana e a saúde da tireoide que costumam incluir principalmente exames de sangue ou testes de imagem como as ultrassonografias. Você precisa conhecer qual exame de tireoide fazer e o que significam seus resultados.

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Um grande problema relacionado à tireoide é o Bócio. Chamamos assim o alargamento anormal da glândula tireoide que produz hormônios e fica localizada na base do pescoço e pode ser provocado por uma série de fatores como a deficiência de iodo. Se você está preocupado com a sua tireoide, precisa conhecer alguns alimentos que bloqueiam a captação do iodo pela tireoide e facilitam que o bócio apareça. Conheça os alimentos bocigênicos.

Entre as doenças endócrino-metabólicas mais conhecidas estão a diabetes, os distúrbios da glândula tireoide e a dislipidemia.

Vamos conhecer o que são os problemas da glândula tireoide, quais são os 5 remédios para tireoide mais usados, como estes funcionam e entender quais os seus possíveis efeitos colaterais.

O que é a tireoide?

A tireoide é uma glândula em formato de um escudo. Seu nome é originado do latim e da junção de dois termos: thyreós (que significa: escudo) e oides (que significa: forma de). A tireoide fica localizada na parte anterior do pescoço, em frente à traqueia, situada bem abaixo do Pomo de Adão, sendo protegida por uma cartilagem.

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Esta glândula produz várias substâncias químicas que circulam pelo organismo. Entre estas substâncias estão dois hormônios: o T3 (chamado de triiodotironina) e o T4 (chamado de tiroxina) que possuem fundamental importância para o organismo, ajudando na regulação de vários órgãos, entre eles o coração, o fígado, os rins e o cérebro.

Esses hormônios são fundamentais para auxiliar na regulação dos níveis de energia do corpo e possuem papel muito importante no desenvolvimento físico e mental, promovendo um bem-estar geral. A principal função desta glândula é regular a velocidade do metabolismo e auxiliar no controle do ritmo das reações químicas em todas as células do corpo. Esta regulação é realizada através da hipófise, que é outra glândula, localizada no centro do cérebro.

A glândula tireoide atua no crescimento e no desenvolvimento do corpo humano durante a infância e a adolescência, influenciando bastante no peso corporal. Ela também tem influência em diversas funções cerebrais, tais como a memória, a concentração, o humor e o controle emocional, atuando também na fertilidade, nos ciclos menstruais, entre muitas outras funções.

O que são os problemas de tireoide? 

A tireoide pode sofrer alterações anatômicas ou funcionais. Entre os problemas funcionais, estão aqueles causados pelo mau funcionamento da glândula tireoide, que pode liberar uma quantidade insuficiente de hormônios, configurando o hipotireoidismo, ou uma quantidade excessiva dos mesmos, configurando o hipertireoidismo.

Tanto o hipertireoidismo quanto o hipotireoidismo são considerados doenças autoimunes, pois o corpo passa a produzir anticorpos que agem contra a tireoide, bloqueando o funcionamento da mesma ou estimulando maior produção hormonal. Os dois problemas podem ser tratados com os adequados remédios para tireoide.

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Se a glândula tireoide é pouco ativa, no que é chamado de hipotireoidismo, o corpo não irá produzir tiroxina suficiente e a pessoa poderá se sentir cansada, terá aumento de peso corporal e menor produtividade, realizando atividades de forma mais lenta tanto fisicamente quanto mentalmente. Em bebês, a falta de tiroxina pode, inclusive, afetar o crescimento e o desenvolvimento.

Por sua vez, se a glândula tireoide for muito ativa, no que é chamado de hipertireoidismo, o corpo irá produzir tiroxina em excesso e a pessoa poderá se sentir mais agitada, nervosa, poderá ter uma redução de peso corporal excessiva e ter palpitações. Existem casos de hipertireoidismo temporário, em que a glândula se torna temporariamente muito ativa em função de algum evento físico. Segundo informações publicadas em 2016 no periódico científico Lancet, a principal causa de hipertireoidismo é uma condição chamada de doença de Graves.

O hipertireoidismo apresenta diversos sintomas, entre eles calor e suor exagerados, aumento dos batimentos cardíacos, queda de cabelos, dificuldade para dormir, menstruação irregular, intestino desregulado, entre outros. O hipotireoidismo, por sua vez, apresenta sintomas de depressão, cansaço excessivo, dores musculares, sonolência excessiva, ganho de peso, pele seca, problemas de memória, entre outros.

Os possíveis problemas anatômicos que podem ocorrer são a presença de nódulos na região, chamados de bócio uninodular ou multinodular, ou o crescimento uniforme da glândula, chamado de bócio difuso. Quando ocorrer uma alteração funcional na glândula também pode haver o aumento do volume da mesma, causando o bócio que eventualmente pode causar a hiperatividade da glândula.

Quais os remédios para tireoide mais usados?

Entre os diversos problemas da tireoide, o hipotireoidismo é o tipo de alteração mais comum. Cerca de 10% da população feminina acima de 40 anos e cerca de 20% das mulheres acima de 60 anos manifestam algum problema na tireoide. Entre os homens, estes problemas podem ocorrer em cerca de 3% da população.

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Essas disfunções da glândula tireoide podem acontecer em qualquer etapa da vida, sendo facilmente identificadas com exames de sangue para verificar os níveis hormonais. No caso dos nódulos, é possível se fazer o diagnóstico através de exame clínico com a palpação do pescoço. Em recém-nascidos, é obrigatória a verificação de vários aspectos da saúde do bebê através do teste do pezinho, auxiliando na identificação do problema.

As alterações funcionais da glândula tireoide normalmente podem ser tratadas com o uso de medicamentos. O hipotireoidismo não tem cura e precisa ser sempre controlado através de reposição hormonal, com ajuste na dosagem para cada caso. O hipertireoidismo, por sua vez, pode ser tratado com medicamentos antitireoidianos.

Veja, a seguir, 5 remédios para tireoide mais usados e quais são aplicados em cada um dos casos de alterações funcionais:

1. Propiltiouracil ou propilracil

Este remédio para tireoide é bastante efetivo no hipertireoidismo. Ele atua inibindo a produção dos hormônios da tireoide, ajudando a regularizar sua produção e a diminuir a atividade da glândula. De forma mais específico, o propiltiouracil age retardando a produção do hormônio tireoidiano (T4) e inibindo a sua conversão em T3.

Como o tempo de ação do medicamento é curto, geralmente é necessário usar de 2 a 3 doses diárias para surtir o efeito desejado.

O medicamento pode ser usado nos casos de disfunções causadas durante o período da gravidez sem causar nenhum prejuízo à saúde do feto. 

No entanto, este medicamento, assim como outros, também pode apresentar alguns efeitos colaterais, tais como erupções cutâneas, sonolência, vertigem, perda do paladar, náuseas, vômitos, queda de cabelos, cefaleia, urticária, mialgia, entre muitos outros.

2. Metimazol 

Este medicamento antitireoidiano atua inibindo a produção de tiroglobulina, que é o precursor dos principais hormônios da tireoide T3 e T4. Assim, ele também é útil no tratamento de condições em que a tireoide está hiperativa. 

O remédio é usado até 3 vezes por dia em doses determinadas pelo médico de acordo com o grau de hipertireoidismo. As grávidas não devem usar o metimazol pois o principio ativo é capaz de atravessar a placenta e causar danos ao bebê.

O metimazol também pode causar alguns efeitos adversos indesejados. Dentre os principais possíveis efeitos colaterais, se destacam: pele irritada, dores nas articulações, náusea, vômito, coceira, dores musculares, formigamento, dormência, entre muitos outros.

3. Tapazol

Possui em sua composição o tiamazol, que é uma substância responsável por inibir a síntese dos hormônios tireoidianos, ajudando no tratamento do hipertireoidismo. 

O mecanismo de ação do tapazol é baseado no impedimento da tireoide de usar o iodo obtido através da dieta. Durante o tratamento com o medicamento, o tapazol impede que a tireoide use o iodo e sem iodo a glândula não consegue produzir o hormônio tireoidiano.

Geralmente, uma dose por dia de tapazol é suficiente para controlar a hiperatividade da tireoide.

Alguns dos possíveis efeitos adversos causados por este medicamento são febre, dores de cabeça, coceira, redução ou perda de apetite, erupção cutânea, dores no abdômen, náuseas, vômito, entre outras.

4. Puran T4, Euthyrox ou Synthroid

Estes remédios para tireoide são bastante utilizados no tratamento do hipotireoidismo. Eles têm como princípio ativo a Levotiroxina sódica, que é uma forma sintética do hormônio T4 normalmente fabricado pela glândula tireoide. Desta forma, o medicamento atua ajudando a suprir a deficiência do T4 (tiroxina) no organismo. 

Uma vez que os níveis de T4 tenham sido reestabelecidas a níveis adequados, o corpo consegue converte-lo em T3 de acordo com a necessidade sem nenhuma dificuldade.

Este medicamento pode apresentar alguns efeitos colaterais, principalmente quando utilizado em doses excessivas, podendo causar sintomas de hipertireoidismo. Alguns dos principais efeitos colaterais são taquicardia, dor no peito, dores de cabeça, nervosismo, tremores, insônia, sudorese, alterações menstruais, diarreia, vômito, entre muitos outros.

5. Tetroid

Este medicamento também é um hormônio que estimula a reposição dos hormônios faltantes no organismo e que tem como princípio ativo a L-tiroxina, sendo utilizado no tratamento do hipotireoidismo. 

Apesar de serem raras as reações adversas com o uso deste medicamento, podem ocorrer diversos sintomas de hipertireoidismo quando em doses excessivas. O ajuste da dose faz com que os efeitos adversos sejam sanados e por isso é importante observar qualquer sintoma ou comportamento anormal e fazer exames de sangue regulares para checar os níveis de hormônios da tireoide.

Além de ser usado no tratamento do hipotireoidismo, remédios à base de L-tiroxina sintética podem ser indicados para pacientes que passaram por tratamento de câncer de tireoide e que agora tem uma tireoide hipoativa.

De acordo com um estudo divulgado em 2010 no periódico grego Hippokratia, o tratamento da hipoatividade da tireoide com tiroxina sintética tem um prognóstico excelente.

Tratamentos alternativos aos problemas de tireoide

Além destes remédios para tireoide, existem outras formas de tratamento para o hipertireoidismo, entre elas o uso de iodo radioativo, que ataca a glândula tireoide ajudando a reduzir o seu funcionamento. A intervenção cirúrgica é outra opção com a retirada total ou parcial da glândula. Este processo é chamado de tireoidectomia. Esta cirurgia é delicada, pois a região onde se localiza a glândula é cheia de veias, artérias e músculos.

O controle alimentar também pode ser um grande auxiliar na regulação dos hormônios da tireoide. Alimentos contendo selênio, como as nozes, e contendo iodo, zinco, cálcio e vitamina D são fundamentais e podem ajudar bastante no controle hormonal. 

O National Institutes of Health indica que o selenio tem um papel fundamento no metabolismo do hormônio da tireoide. Quando a glândula está hipoativa, por exemplo, o suprimento de selênio no corpo reduz e observações clínicas indicam que suplementar o selênio ajuda a reestabelecer níveis saudáveis de tiroxina (T4) em algumas pessoas.

No entanto, não realize nenhuma alteração na alimentação sem o acompanhamento de um nutricionista pois problemas na tireoide podem afetar o metabolismo e os níveis de muitos nutrientes no corpo e é preciso fazer um bom acompanhamento para se prevenir contra deficiências nutricionais.

Conclusão

Os problemas da glândula tireoide são comuns e podem afetar de forma considerável o bem estar físico e mental dos pacientes. 

Independentemente de o problema na tireoide ser causado pela produção excessiva ou insuficiente de hormônios, é importante tratar a condição para restaurar os níveis hormonais adequados. No hipertireoidismo, o tratamento deve visar a redução da produção de hormônios da tireoide enquanto que no hipotireoidismo é preciso planejar uma reposição hormonal adequada.

Existem muitos medicamentos disponíveis no mercado que podem auxiliar no tratamento de todas as disfunções desta glândula. Além dos remédios para tireoide, existem também tratamentos alternativos para quem deseja novas formas de resolver o problema. Qualquer que seja a sua opção, é preciso que sua decisão esteja alinhada com a recomendação médica para que você obtenha sucesso no seu tratamento.

Além de fazer o tratamento, é preciso seguir uma dieta nutritiva que contribua para a regulação da função tireoidiana. Pergunte ao seu médico se você deve suspender ou aumentar o consumo de alimentos ricos em iodo, já que esse mineral pode interferir na produção hormonal. Se informe bastante, tire todas as suas dúvidas e siga o tratamento indicado. Ao sentir qualquer efeito colateral ou sintoma estranho, não tenha medo de avisar o seu medo. Às vezes tudo o que precisa ser feito é um ajuste de dose e você se sentirá 100% novamente.

Fontes consultadas:

Referências adicionais:

Você já foi diagnosticado com alguma disfunção da tireoide? Quais destes remédios para tireoide que separamos acima já lhe foram receitados? Comente abaixo!

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1 comentário em “5 Remédios para Tireoide Mais Usados”

  1. Bom dia senhores. pretendo saber se os pacientes que sofrem de hipotiroidismo podem tomar a medicação para reposição da hormona e em silmuntâneo tomar suplementos

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