6 perigos de tomar remédios para emagrecer

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O uso de remédios para emagrecer é apropriado para o tratamento de casos casos em que mesmo com modificações na dieta e estilo de vida, a pessoa não consegue perder peso e/ou está com problemas de saúde associados à obesidade. 

Os remédios para emagrecer só devem ser usados com a prescrição de um médico ou médica endocrinologista, que avalie o estado de saúde da pessoa e, assim, indique a melhor opção para o seu tratamento, considerando os menores riscos de efeitos colaterais ou interações danosas com outros medicamentos.

Veja como os remédios para emagrecer agem no seu organismo e como o uso indiscriminado desses medicamentos pode ser perigoso à sua saúde. 

Tipos de remédios para emagrecer

Remédios para emagrecer
Existem alguns tipos de ação pelos quais determinados remédios podem ajudar no emagrecimento

Os remédios para emagrecer atuam, basicamente, de 2 formas: 

  • Inibem o apetite e aumentam a sensação de saciedade: dietilpropiona, benzofetamina, fendimetrazina, mazindol e a sibutramina são alguns exemplos de medicamentos que agem dessa forma. 
  • Inibem a absorção de gordura pelo organismo: o orlistat é um exemplo de medicamento que impede a absorção de gordura pelo corpo. 

Esses medicamentos são aprovados pelos órgãos reguladores. 

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Riscos associados ao uso de remédios para emagrecer

Veja agora alguns riscos associados ao uso de remédios para emagrecer, sem prescrição e acompanhamento médico:

1. Vício

Os remédios para emagrecer à base de anfetamina podem causar dependência química, isso quer dizer que os pacientes podem desenvolver um vício. 

Os médicos e médicas que recomendam esse tipo de medicamento tomam cuidado para que isso não ocorra, evitando a prescrição para pessoas com histórico de abuso de álcool e drogas e controlando as doses e a frequência de uso.

2. Desenvolvimento de tolerância

Outro risco associado ao uso de remédios para emagrecer é o desenvolvimento de tolerância. É comum que após 6 meses de uso de inibidores de apetite, a pessoa fique tolerante ao medicamento e pare de perder peso ou até mesmo ganhe peso.

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3. Complacência

Também pode acontecer, em alguns casos, dos pacientes se acomodarem com o medicamento, atribuindo a ele toda a responsabilidade pela perda de peso. 

Isto é, ao invés de usarem o medicamento como um complemento em um plano integral de mudanças de hábitos alimentares e de estilo de vida, algumas pessoas podem achar que somente o uso do medicamento é suficiente para conseguirem emagrecer e que não precisam fazer mais nada.

Entretanto, é fundamental que o uso do medicamento esteja associado com hábitos alimentares mais saudáveis e prática regular de atividade física. 

É preciso que os pacientes tenham consciência de que não há nada mágico nesses medicamentos e que para alcançar os resultados desejados, eles devem se esforçar para aderir a uma dieta saudável e levar uma vida ativa.

4. Uso indiscriminado por médicos e pacientes

Os remédios para emagrecer não devem ser administrados para pessoas que não são obesas ou para aquelas que só querem uma boa aparência. 

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Eles só devem ser prescritos para pessoas com IMC superior a 30, ou seja, que estão obesas e não estão conseguindo emagrecer apenas com dieta e exercícios físicos. 

Os remédios para emagrecer também podem ser usados por pessoas com IMC superior a 25 e que estão sofrendo com doenças ligadas à obesidade, como diabetes, hipertensão e colesterol alto.

5. Foco em gorduras erradas

Os bloqueadores de gordura inibem todo tipo de gordura, portanto é comum a presença de gotas de gordura nas fezes, além de sintomas como cólicas abdominais, gases, diarreia e incontinência fecal. 

Para evitar esses efeitos adversos e a eliminação de importantes vitaminas lipossolúveis (solúveis em gordura) nas fezes, é preciso controlar a dieta, evitando consumir gorduras em excesso. 

6. Efeitos colaterais

Enjoo
Os remédios para emagrecer provocam efeitos colaterais muito conhecidos, como o enjoo

Além dos efeitos adversos mais graves, como dependência química e efeito sanfona, que é emagrecer e depois engordar novamente, os remédios para emagrecer podem causar efeitos colaterais mais leves, como:

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  • Boca seca
  • Prisão de ventre ou diarreia
  • Fezes amareladas
  • Dor de cabeça
  • Enjoo
  • Insônia

Além desses desconfortos, os remédios para emagrecer ainda podem prejudicar a saúde emocional das pessoas, agravando quadros de ansiedade e depressão. 

Também podem ocorrer alterações fisiológicas que resultam no desenvolvimento de problemas graves de saúde, como pressão alta, taquicardia, insuficiência renal ou hepática, AVC, anemia e hipertensão pulmonar.

Como você pode perceber, os perigos de se tomar remédios por conta própria ou de forma inadequada, que não aquela orientada pelo seu médico ou médica, são grandes e podem causar graves problemas de saúde.

O ideal é que esses remédios sejam usados por um curto período de tempo e que sejam acompanhados de mudanças saudáveis nos hábitos alimentares e no estilo de vida. 

Para te ajudar nesse desafio, assista ao vídeo da nossa nutricionista dando algumas dicas valiosas para você conseguir fazer uma reeducação alimentar e emagrecer com saúde:

Fontes e referências adicionais

Você já teve que tomar remédio para emagrecer? Quais foram as orientações mais importantes que seu médico ou médica te passou? Quais foram os resultados do seu tratamento? Comente abaixo!

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Sobre Marcela Gottschald

Marcela Gottschald é Farmacêutica Clinica - CRF-BA 8022. Graduada em farmácia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 2013. Residência em Saúde mental pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Experiência em pediatria e nefrologia, com ênfase em unidade de terapia intensiva. Ela faz parte da equipe de redatores do MundoBoaForma.

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2 comentários em “6 perigos de tomar remédios para emagrecer”

  1. Tomei sibutramina pro 45 dias .perdi 5 kl .perdi pouco .mas perdi.o negocio q e eu comia arroz. E dificultou q perdesse mais .parei parei pq o remedio tava me fazendo mal .boca seca .irritabilidade .

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