7 Benefícios da Comida Viva – Dicas e Receitas

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A comida viva, também conhecida como crudivorismo, é o hábito alimentar de consumir apenas alimentos crus. Em geral trata-se também de uma dieta vegetariana, mas existem exceções. A adesão a dietas desse tipo existe em diversas partes do mundo por motivos religiosos, espirituais, éticos ou nutricionais.

Os motivos nutricionais, porém, vêm atraindo cada vez mais pessoas, de modo que a comida viva tem se tornado mais popular em virtude de seus benefícios a para saúde.

1. Menos Toxinas

Os adeptos da comida viva se orgulham de não ingerir as numerosas substâncias tóxicas que são criadas durante o cozimento dos alimentos. Apesar de haver diferença nas quantias de toxinas conforme cada método de cozimento, os crudivoristas ganham uma longa lista de benefícios indiretos ao evitar todas elas.

2. Enzimas

Atualmente fala-se muito nas enzimas, substâncias importantíssimas para muitas reações químicas que acontecem no corpo, sobretudo na digestão. Pouco se fala, porém, que os alimentos cozidos são extremamente pobres em enzimas, uma vez que as altas temperaturas as destroem.

Dessa forma, uma dieta constituída por alimentos cozidos pode facilmente conduzir a um quadro de deficiência de enzimas, criando problemas nutricionais e digestivos. A longo prazo, essa deficiência pode causar diversas doenças.

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A comida viva, ao indicar o consumo de vegetais crus, fornece uma dieta rica em enzimas. Desse modo, trata-se de um meio para evitar esses problemas, tornando-se mais saudável através do fortalecimento do sistema digestório.

3. Mais Disposição

Os adeptos da comida viva relatam uma maior disposição após a adesão à dieta com alimentos crus. Acredita-se que a energia economizada pelo corpo na digestão em virtude das enzimas contribui para uma maior disposição para outras atividades, fornecendo uma sensação de vitalidade.

Esse benefício contribui indiretamente para a saúde em geral, estimulando a prática de exercícios e o bem-estar psicológico.

4. Nutrição Completa

Não são apenas as enzimas que são destruídas durante o cozimento. Na verdade, muitos nutrientes dos alimentos são perdidos quando submetidos a temperaturas muito elevadas, de modo que muitas dietas são incompletas em virtude do cozimento dos alimentos.

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A comida viva oferece os benefícios de uma nutrição completa, uma vez que os nutrientes dos alimentos são preservados e consumidos integralmente. Como nos demais casos, esse benefício atua indiretamente sobre a saúde do corpo todo.

5. Gorduras Boas

As gorduras, normalmente vistas como as vilãs de muitas dietas, são muito desejáveis quando obtidas através da comida viva. A comida viva é rica em gorduras boas e muito pobre em gorduras ruins como as saturadas.

O preparo de óleos vegetais a altas temperaturas é, além disso, uma reconhecida fonte das perigosas gorduras trans. Trata-se de mais um perigo do qual os adeptos da comida viva estão livres.

6. Antioxidantes

Os alimentos crus são em grande parte ricos em antioxidantes que combatem as ações nocivas dos radicais livres, substâncias produzidas pelo corpo em uma série de reações químicas e que atacam diversos tecidos. Esses antioxidantes têm, portanto, a capacidade de proteger o corpo humano de doenças crônicas e degenerativas, além de retardar o envelhecimento e seus sinais indesejáveis.

7. Emagrecimento

O emagrecimento está entre um dos mais diretos benefícios da comida viva. Isso ocorre em virtude de uma restrição calórica natural, uma vez que os alimentos refinados e preparados com altas temperaturas são, em geral, os mais calóricos.

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Além disso, os vegetais crus são pouco calóricos, mas simultaneamente ricos em fibras, o que fornece dois benefícios. Por um lado, a baixa quantidade de calorias favorece o emagrecimento, e por outro as fibras garantem a sensação de saciedade, evitando a fome recorrente.

A saciedade também é assegurada pela nutrição completa, que é facilitada pelas enzimas. Uma vez que o corpo obtém todos os nutrientes necessários, não há estímulos adicionais ao apetite.

Críticas

Apesar de suas virtudes, a comida viva recebe uma série de críticas em virtude de sua idealização do consumo de alimentos crus. Fala-se, por exemplo, que o consumo de alimentos crus deve ser feito com maior cuidado, uma vez que não há a proteção contra intoxicação, o que é normalmente feito pelo cozimento a altas temperaturas.

A crítica mais importante, porém, é contra a crença de que os alimentos crus são sempre mais nutritivos. Se é verdade que o cozimento destoói as enzimas e reduz a quantidade de vitaminas hidrossolúveis, também é verdade que esse processo aumenta a disponibilidade das demais vitaminas e de outros nutrientes.

O tomate e a cenouras são exemplos de alimento cujas propriedades positivas são realçadas pelo cozimento, refutando a ideia de que o crudivorismo é sempre benéfico.

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Dicas

Em primeiro lugar, é necessário dizer que a adesão à comida viva não precisa ser repentina e total. De fato, muitos alimentos podem ser muito nutritivos quando cozidos, de modo que a conduta mais recomendável é acrescentar elementos de comida viva na dieta, sem eliminar totalmente os alimentos cozidos.

Um bom caminho para isso é experimentar algumas receitas de comida viva, que podem estimular a curiosidade em virtude de suas combinações muitas vezes atípicas.

Além disso, como em toda alteração na dieta, recomenda-se que o conteúdo nutricional dos alimentos seja pesquisado, para evitar o risco de que uma mudança brusca na dieta leve à deficiência de algum nutriente. Ao longo da mudança, é benéfico ficar atento a quaisquer alterações no organismo.

Receitas

A comida viva limita severamente as opções gastronômicas de seus adeptos, mas a eles não falta criatividade. De fato, inúmeros alimentos crus podem ser combinados de inúmeras maneiras, de modo que novas receitas são criadas todos os dias. De toda essa variedade, selecionamos aqui duas receitas interessantes.

1. Suco da Luz do Sol

O suco da luz do sol é preparado no liquidificador com frutas e grãos germinados, cuja combinação exata fica a critério do gosto de cada pessoa. O ingrediente mais necessário são as maçãs, que dão a textura e a fluidez ao suco. Além das frutas e grãos germinados, folhas verdes como a couve, a chicória e a hortelã podem ser boas opções, bem como algumas raízes.

Como o preparo dessa receita é razoavelmente experimental, recomenda-se variar periodicamente as hortaliças e os demais ingredientes, de modo a garantir que o corpo esteja recebendo uma grande variedade de nutrientes.

2. Torta Viva de Banana e Morango

Ingredientes:

  • 2 xícaras de sementes de girassol descascadas e germinadas;
  • 1 xícara de tâmaras;
  • 6 bananas;
  • 1 mamão pequeno;
  • 4 morangos;
  • Raspas de limão;
  • Canela em pó sem açúcar.

Preparo:

  • Massa: Leve as tâmaras picadas ao liquidificador junto com as sementes de girassol. Com a ajuda de um socador, aguarde os ingredientes formarem uma massa homogênea. Quando isso ocorrer, a massa está pronta para ser colocada na forma como base para o recheio.
  • Recheio: Corte o mamão em fatias finas e forre o fundo da torta com pelo menos duas camadas. Em seguida, faça um creme com as bananas no liquidificador ou com um garfo, e preencha a torta com ele acrescentando canela a gosto.
  • Cobertura: Cubra a torta com finas fatias de morango, polvilhando raspas de limão e canela. Para dar brilho, é possível cobrir a torta com mel.

Você já tinha ouvido falar nesse tipo de alimentação? Acredita que conseguiria ser um adepto da comida viva? Conhece alguma outra receita interessante? Comente abaixo!

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

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