Ácido D-Aspártico (DAA): O Que é, Benefícios, Efeitos Colaterais e Como Tomar

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O Ácido D-Aspártico vem sendo usado cada vez mais como suplemento por atletas que buscam ganhos mais rápidos de massa muscular. Através do Ácido D-Aspártico esses atletas procuram influenciar o seu sistema endócrino para otimizar o desempenho e o ganho muscular decorrente dos treinos.

Mas o que é o Ácido D-Aspártico? Para que serve? Sua eficácia é garantida? E quais são os efeitos colaterais envolvidos no uso desse suplemento?

O que é o Ácido D-Aspártico (DAA)?

O Ácido D-Aspártico é um aminoácido descoberto em 1827 na asparagina, uma substância existente nos aspargos. Desde então, o seu papel no sistema endócrino dos seres humanos e de outros animais vem sido esclarecido, de modo que certas funções antes desconhecidas são lentamente esclarecidas.

Algumas dessas funções, conforme veremos, indicam que o Ácido D-Aspártico pode ser apropriado para o consumo entre atletas e fisiculturistas em geral. Nesse sentido, existem também dúvidas e perigos.

Benefícios do Ácido D-Aspártico (DAA)

O Ácido D-Aspártico tem sido encontrado como componente importante em diversos tecidos endócrinos dos seres humanos e de outros animais. Dessa forma, o seu uso é capaz de influenciar o funcionamento do sistema endócrino, influenciando assim a produção de determinados hormônios.

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Dessa forma, os benefícios mais cobiçados no consumo do Ácido D-Aspártico são o aumento dos níveis de testosterona e dos níveis de GH, o hormônio do crescimento.

Acredita-se que o Ácido D-Aspártico é capaz de promover esses aumentos através de sua atuação na glândula pituitária (também conhecida como hipófise), onde estimula diretamente a produção do GH.

Também na glândula pituitária, o Ácido D-Aspártico estimula a produção do LH, o hormônio luteinizante, que por sua vez estimula, nos homens, as células de Leydig (presentes nos testículos) a produzir mais testosterona. Além disso, acredita-se que ele também é capaz de estimular os testículos diretamente na produção da testosterona.

O aumento dos níveis desses hormônios é extremamente benéfico para os fisiculturistas. Eles aumentam a capacidade do corpo de sintetizar proteínas, e desse modo o aumento dos músculos se dá em ritmo acelerado. Além disso, altos níveis desses hormônios estão relacionados a baixos níveis de fadiga e de gordura corporal, ambos grande inimigos dos fisiculturistas.

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Evidentemente, o Ácido D-Aspártico também pode ser utilizado para o tratamento de pacientes que sofrem com níveis patologicamente baixos de testosterona, uma das típicas causas de impotência sexual entre os homens.

O Ácido D-Aspártico (DAA) Funciona?

Com efeitos tão benéficos relacionados ao consumo de Ácido D-Aspártico, é preciso dizer que ainda há muitas dúvidas em torno de sua real eficácia. Os estudos feitos com a substância são, em geral, feitos em animais (em geral ratos, javalis e patos) e, dessa forma, os seus resultados não são propriamente certos em seres humanos.

Mesmo com isso em mente, ainda resta dizer que nos animais mesmo encontram-se resultados contraditórios: alguns estudos indicam um aumento significativo de testosterona e GH, enquanto outros não encontram nenhum efeito.

Os estudos feitos em seres humanos, por sua vez, concentram-se sobretudo no uso médico do Ácido D-Aspártico, isto é, no tratamento de níveis patologicamente baixos de testosterona. Nesse aspecto, o Ácido D-Aspártico tem sua eficácia comprovada com relativa segurança.

No que se refere ao uso do Ácido D-Aspártico como suplemento, porém, não existem estudos suficientes. Os que existem apontam para direções contrárias, de modo que qualquer veredicto sobre a eficácia do Ácido D-Aspártico é duvidoso e deve ser feito com cautela.

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Dessa forma, limitamo-nos a indicar que o Ácido D-Aspártico pode ter algum efeito sobre os níveis desses hormônios, mas que não recomenda-se que os atletas tenham grandes esperanças.

Os aumentos devem ser em geral pequenos, de modo que os benefícios obtidos com o suplemento podem provavelmente ser obtidos das formas tradicionais, isto é: dieta adequada e treinos de força apropriados.

Além disso, alguns estudos foram capazes de indicar uma condição da eficácia que pode ser esperada: o aumento nos níveis de testosterona é temporário. Dessa forma, após um tempo de uso do Ácido D-Aspártico os efeitos antes encontrados lentamente diminuem e por fim desaparecem.

O uso do Ácido D-Aspártico deve se dar, portanto, de modo intermitente: períodos de uso do Ácido D-Aspártico devem ser seguidos por períodos em que o suplemento é abandonado. A periodicidade dessa intermitência ainda não foi determinada com segurança, de modo que cada pessoa precisa, por enquanto, descobrir sua própria fórmula com auxílio de endocrinologistas e de profissionais de educação física.

Efeitos Colaterais do Ácido D-Aspártico (DAA)

Os efeitos colaterais do Ácido D-Aspártico são, tal qual suas funções, duvidosos. Entretanto, uma série de sintomas possíveis pode ser rapidamente estabelecida no que se refere às alterações hormonais esperadas.

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O aumento da testosterona pode causar efeitos indesejáveis tanto em homens quanto mulheres. Para os homens, o maior perigo encontra-se na disfunção erétil e no aumento da irritabilidade.

Para as mulheres, o efeitos colaterais possíveis são alterações corporais “masculinizantes” como o aumento do volume de pelos e alteração da voz. Além disso, as mulheres podem enfrentar problemas com o ciclo menstrual.

Para evitar esses efeitos colaterais, é extremamente recomendável manter a dosagem dentro da faixa recomendada e suspender o uso assim que qualquer sintoma indesejado seja notado.

Como Tomar o Ácido D-Aspártico (DAA)

A dosagem a ser utilizada varia, para homens, entre 0,5g e 3g. Para mulheres, a dosagem alcança níveis menores: de 0,5g a 1g. Recomenda-se a consulta a um endocrinologista para determinar a dose adequada e acompanhar o uso, mas em casos de dúvida deve-se iniciar com a menor dosagem possível.

O monitoramento, feito por um profissional da saúde e pelo próprio paciente, deve voltar sua atenção sobretudo a alterações no humor, mas também a sintomas físicos não usuais. Esses dados podem sem completados por resultados de análises laboratoriais requisitadas por um endocrinologista.

Já que a interação do Ácido D-Aspártico com os medicamentos em geral é em larga medida desconhecida, recomenda-se que as pessoas que tomam medicamentos regularmente sejam especialmente cautelosas, consultando seus médicos antes de qualquer suplementação com Ácido D-Aspártico.

Contraindicações do Ácido D-Aspártico (DAA)

O uso do Ácido D-Aspártico é contraindicado para crianças e adolescentes, uma vez que seus efeitos sobre o desenvolvimento do corpo nessas fases da vida não é suficientemente conhecido.

O suplemento também não deve ser utilizado por pessoas que sofrem de esquizofrenia, epilepsia, mal de Alzheimer ou esclerose lateral amiotrófica, uma vez que essas doenças podem ser agravas pelo papel excitatório do Ácido D-Aspártico como neurotransmissor. O mesmo se aplica a pacientes que passaram por um AVC.

Fontes e Referências Adicionais:

Você já experimentou a suplementação de Ácido D-Aspártico? Como foram seus resultados? Comente abaixo!

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