Estresse Causa Espinha?

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Quem nunca sentiu-se estressado nem que seja um pouquinho? Será que o estresse causa espinha e prejudica a aparência da pele?

Nos dias de hoje, em que vivemos em constante correria e temos diversos compromissos e exigências profissionais, acadêmicas, familiares, de amigos e até de nós mesmos, fica difícil não ficar estressado.

O estresse pode interferir na maneira pela qual uma pessoa se sente, se comporta, pensa e, inclusive, a forma de funcionamento do seu organismo, tendo em vista que a mente e o corpo estão em constante interação.

O estresse muito intenso ou prolongado faz com que o corpo libere hormônios relacionados ao estresse durante um longo período.

Isso aumenta o risco de desenvolvimento de problemas físicos como dores de cabeça, perturbações estomacais, pressão alta, ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, sem contar que o estresse também gera problemas de ordem psicológica como sensações de descrédito, raiva, ansiedade e medo.

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A condição também está associada ao desenvolvimento de distúrbios de ansiedade e depressão. Mas não é somente isso – o estresse em longo prazo pode causar danos ao sistema imunológico.

Além disso, uma pesquisa realizada por cientistas dos Estados Unidos e do Canadá e divulgada no ano de 2012 sugeriu que a condição aumenta as chances de desenvolvimento de infecções virais. Já um estudo feito por um pesquisador de Londres e divulgado em 2006 indicou que o estresse eleva o risco de desenvolvimento da síndrome metabólica.

A síndrome metabólica é descrita pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) como um conjunto de fatores de risco que se manifestam em uma pessoa e aumentam as suas chances de sofrer com doenças cardíacas, derrames e diabetes.

O estresse causa espinha? 

Como vimos acima, viver estressado não é algo nada bom, já que pode prejudicar tanto a nossa saúde física quanto a psicológica de diversas maneiras. Mas será que além de todos os riscos que conhecemos acima, também podemos afirmar que o estresse causa espinha?

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Segundo a médica e professora do Centro Médico Sudoeste da Universidade do Texas nos Estados Unidos, Lisa Garner, a resposta adequada é não necessariamente. Mas isso também não significa que não possa existir uma relação entre o estresse e a acne.

Isso porque ela explicou que quando uma pessoa já tem acne e entra em uma situação de estresse, o que parece acontecer é que ela reacende. Segundo a Clínica Bergmann, a espinha é uma das lesões que integra o quadro clínico da acne.

Ou seja, de acordo com a fala da professora, não é possível dizer que o estresse causa espinha se estivermos falando de um novo caso, entretanto, a condição pode salientar um quadro já existente.

Uma pesquisa realizada na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e divulgada em 2003 na publicação Archives of Dermatology (Arquivos de Dermatologia) reforça a fala de Lisa Garner. O estudo em questão identificou que estudantes universitários tinham a sua acne reacendida no período de provas, época em que relataram se sentir mais estressados.

Como o estresse piora um quadro de acne?

Entretanto, ainda não se sabe exatamente como que o estresse consegue agravar a acne. Garner disse que já se entende que o sebo possui receptores para os hormônios do estresse. O sebo trata-se de uma substância oleosa que se mistura com as células mortas da pele e bactérias para obstruir os folículos capilares, o que causa uma espinha ou um cisto de acne.

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A professora da Universidade do Texas ainda informou que quando uma pessoa está sob muito estresse, de alguma maneira as suas células produtoras de sebo encontram-se suprarreguladas. Em outras palavras, isso quer dizer que quando alguém fica muito estressado, a produção de óleo é maior para obstruir os folículos e formar mais acne.

No entanto, uma pesquisa do ano de 2007 feita com estudantes do ensino médio de Singapura por cientistas da Escola de Medicina da Universidade Wake Forest nos Estados Unidos mostrou que a hipótese acima pode não estar tão correta assim.

Durante o estudo, os pesquisadores identificaram que a acne piorou durante os períodos de prova dos alunos em comparação a épocas de pouco estresse como as férias. Eles presumiram que o agravamento da acne estava associado ao aumento da produção de sebo ao longo dos momentos de estresse.

Porém, o que eles descobriram foi que a produção de sebo não foi elevada de maneira significativa por meio do estresse psicológico nos adolescentes, o que nos leva a concluir que a relação entre o estresse e a acne possui outras causas.

Outros perigos da relação entre o estresse e as espinhas

O estresse pode envolver casos de ansiedade e aborrecimento. E, segundo Lisa Garner, quando alguém encontra-se ansioso ou aborrecido, fica mais propenso a piorar as suas próprias espinhas.

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Ao falar isso, ela refere-se aos casos em que o indivíduo aperta as espinhas na pele quando está estressado. Garner reconhece como extremos os casos em que as pessoas apertam a pele compulsivamente por estar preocupada ou envergonhada da própria pele.

Segundo ela, em casos assim, a pessoa aperta qualquer espinha e qualquer marca que aparece na pele. A professora da Universidade do Texas explicou que ao fazer isso, esses indivíduos transformam a acne moderada em graves cicatrizes.

Quando Garner recebe pacientes que não conseguem parar de cutucar a pele mesmo depois que a acne foi tratada, uma das possibilidades é o encaminhamento para um tratamento psicológico.

E para evitar a formação das cicatrizes no rosto, sua recomendação é a de deixar de lado a prática de apertar as espinhas.

Você já imaginava que o estresse causa espinha, ou melhor, agrava os casos de acne? Você sofre com isso? Comente abaixo!

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