Musculação na Gravidez Pode? Cuidados e Dicas

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A gravidez é um momento único e especial na vida de uma mulher que exige cuidados para que tanto a saúde da mãe quanto do bebê sejam garantidas durante a gestação e parto. E nesse período é normal que surjam dúvidas sobre o que a grávida deve ou não fazer ao longo dos nove meses em que carrega o seu bebê na barriga.

Recentemente, depois que modelos fitness como a brasileira Bella Falconi, que não deixou de treinar com pesos durante sua gestação, e a australiana Sophia Guidolin, que apareceu levantando em torno de 30 kg enquanto estava grávida de seis meses de gêmeos, revelaram treinar com pesos mesmo estando grávidas, uma polêmica surgiu na mídia: será que musculação na gravidez pode ser praticada?

Sim, mas é preciso tomar cuidados 

As mulheres não estão proibidas de praticar musculação na gravidez. Na verdade, esse tipo de exercício até ajuda a fortalecer e tonificar os músculos e a adquirir resistência, algo que a futura mamãe necessitará durante o seu trabalho de parto, caso seja feito o parto normal.

Entretanto, tendo em vista que a gravidez causa mudanças expressivas no corpo da mulher e que é preciso ter um cuidado extra por estar carregando um ser dentro de si, certos cuidados são essenciais para a mulher que resolver levantar peso na gestação:

– Conversar com o médico e ter ajuda profissional 

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Antes de tomar qualquer decisão a respeito da prática de qualquer tipo de exercício físico durante a gravidez, é essencial conversar com o médico. Melhor ainda se esse papo acontecer no primeiro trimestre da gestação. Nesse período a mulher poderá contar maiores detalhes sobre a sua rotina de malhação antes de engravidar ao profissional e ouvir dele as orientações a respeito de como o seu treinamento deverá ser ao longo dos nove meses.

Nessa ocasião, ele não indicará somente que tipo de exercício poderá ser feito, mas também em que intensidade e frequência, tendo em vista não só o histórico da grávida, mas também as condições de sua gestação e o estado de seu bebê.

Por mais que você conheça pessoas que tenham sido autorizadas a fazer determinado tipo de atividade física durante a gravidez, tenha em mente que cada corpo funciona de uma maneira e que quem poderá dar a palavra final sobre o que é melhor para cada caso específico é o médico que acompanha a gravidez.

Da mesma forma, é mais seguro ter o auxílio de um personal trainer especializado ou com experiência no treinamento de mulheres grávidas durante a realização dos exercícios. Ele poderá orientar a mulher em relação ao peso ideal das cargas, intensidade e técnicas que não prejudiquem o bebê.

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– Ter bom senso 

Se a mulher nunca levantou um peso na vida, talvez o período de gestação não seja o melhor momento para começar, não é mesmo?

Para as futuras mamães que se encaixam nesse grupo, pode ser mais apropriado deixar a musculação na gravidez de lado e optar por outras atividades como yoga, caminhada, alongamentos, pilates e hidroginástica, com as devidas adaptações para gestantes. Sempre com aprovação do médico e acompanhamento de um profissional de educação física qualificado, é claro.

Por outro lado, para as mulheres já bastante acostumadas com esse tipo de atividade, abandoná-la pode até ser perigoso. Foi o que aconteceu com Bella Falconi: ela contou que sua médica a proibiu de parar com a musculação na gravidez. Segundo a moça, a doutora explicou que isso causaria um choque para o corpo da modelo fitness. Porém, Bella não foi autorizada a realizar exercícios de calistenia, que unem flexão de braço e abdominais, por conta do perigo que quedas e traumas.

Portanto, não tem como dar uma resposta que sirva para todas as gestantes. A decisão de fazer musculação na gravidez ou não dependerá do tipo de atividade física que cada uma já fazia e em que intensidade antes de ficar grávida.

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Além disso, a função da musculação na gravidez está mais no sentido de manutenção e colaborar para que o ganho de peso não seja excessivo do que de trazer crescimento de músculos à mulher. Assim, o ideal é se exercitar com pesos mais leves. Uma dica para quem já tinha o costume de malhar antes de ficar grávida é diminuir a carga que costumava levantar e aumentar o número de repetições de suas séries.

De acordo com o que o professor da Escola de Medicina Universidade de St. Louis, nos Estados Unidos, e autor das diretrizes da Academia Americana de Obstetras e Ginecologistas (ACOG) para exercícios e gravidez, Raul Artal, trabalhar com cargas muito elevadas de peso é perigoso porque durante a execução dos exercícios, o fluxo sanguíneo é temporariamente desviado dos órgãos internos para os músculos, o que pode bloquear o envio de nutrientes e oxigênio ao bebê.

Ao diminuir os pesos, essa taxa de oxigênio que vai para os músculos é menor e o prejuízo não é tão grande assim.

– Cuidado com a respiração 

Ao praticar musculação na gravidez, a mulher também deve prestar atenção em como respira. Isso porque exalar sem liberar o ar, como na manobra de Valsalva, gera uma elevação na pressão arterial e na pressão intra-abdominal, algo que pode limitar o fluxo de oxigênio que chega ao feto.

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– Exercícios que devem ser evitados 

A grávida deve ficar longe dos lunges, também conhecidos pelos nomes de avanço e passada, porque eles aumentam o risco de lesão na região pélvica.

Outros tipos de exercícios que devem ser evitados são aqueles em que a pessoa deita de costas para levantar o peso. A grávida deve ficar longe deles especialmente no primeiro trimestre da gravidez, porque tal posicionamento pode colocar pressão sob a veia cava, o que reduz o fluxo sanguíneo para o seu cérebro e útero.

– Prestar atenção no corpo e saber quando parar

Ao sentir dores, tensão, fadiga ou incômodos enquanto se exercita é importante que a futura mamãe dê crédito ao sintoma que seu corpo emite e converse com o médico sobre o que está sentindo. Assim, ele poderá identificar se há algum problema e se deve ser interrompida a musculação na gravidez, ou ter o seu ritmo e intensidade diminuídos.

Isso é importante porque esses sinais podem ser indícios de que algo anda errado em seu organismo ou com seu bebê. E quando o médico disser que é hora de parar de treinar, é fundamental que a mulher obedeça a orientação para que ela e seu bebê estejam seguros contra problemas de saúde.

A questão do peso 

Uma das razões que podem levar uma gestante a malhar durante a gravidez é o medo de engordar. No entanto, é essencial que ela tenha em mente que isso inevitavelmente acontecerá – afinal outra pessoa está sendo formada dentro dela!

O que não pode acontecer é o ganho de peso excessivo, além do que é considerado saudável. Para isso é importante ter em mente que, em média, o aumento de quilos fica na casa dos 12,5 kg, mas que a quantidade ideal varia bastante de mulher para mulher, de acordo com o Índice de Massa Corpórea (IMC) que cada uma tinha antes de engravidar.

Para quem tinha o IMC menor que 18,5, o número ideal é de 13 a 18 kg. Para as que possuíam o IMC de 18,5 a 25, a taxa fica entre 11,5 a 16 kg. Já para as futuras mamães com IMC de inicial de 25 a 30 a elevação deve ser de sete a 11,5 kg e para as que apresentavam IMC acima de 30, o ganho apropriado é de cinco a nove quilos.

Obviamente, um número preciso pode variar de caso para caso e isso deve ser conversado com o médico. E a grávida ainda precisará seguir uma alimentação saudável e específica, já que nesse momento além de precisar nutrir o próprio corpo, ela também tem a responsabilidade de enviar nutrientes ao seu neném.

Você apoia ou acha que não vale a pena praticar musculação na gravidez? Se você já teve filhos, praticou ou não? E se ainda não, pretende malhar quando estiver grávida? Comente abaixo!

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