Orlipid Emagrece? Para Que Serve e Como Funciona

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Orlipid é um medicamento que pode ser vendido somente com a apresentação da receita médica, indicado para o tratamento de pacientes com sobrepeso ou obesidade, incluindo aqueles que possuem fatores de risco associados à obesidade, de maneira conjunta a uma dieta de baixas calorias, informa a bula do remédio, disponibilizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A bula também afirma que Orlipid serve para o controle de peso em longo prazo (perda e manutenção do peso, além da prevenção da recuperação do peso perdido) e para promover a redução da gordura visceral, que fica localizada entre os órgãos abdominais.

Ainda de acordo com o documento, o medicamento atua contra problemas como colesterol alto no sangue, pré-diabetes, diabetes do tipo 2 e pressão alta, que são os tais fatores de risco associados à obesidade.

Outra indicação da bula é que o remédio pode ser utilizado no tratamento de pacientes com diabetes de tipo 2, que tenham sobrepeso ou sejam obesos. Conforme o documento, Orlipid promove um controle adicional dos níveis de açúcar no sangue quando utilizado em conjunto com uma dieta de baixas calorias e medicamentos antidiabéticos e/ou a insulina.

Como funciona Orlipid? 

A bula do medicamento afirma que ele atua diretamente no sistema digestivo para impedir que 30% da gordura ingerida por meio da alimentação seja absorvida em cada refeição, fazendo com que esse excesso seja eliminado por meio das fezes.

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O efeito de Orlipid pode ser observado entre 24 horas até 48 horas depois da sua administração.

Orlipid emagrece? 

Já vimos para que serve e como funciona o medicamento e esses tópicos nos indicaram que o remédio é destinado ao auxílio do emagrecimento. Entretanto, atente para o fato de que a bula não nos indica que Orlipid emagrece magicamente ou agindo sozinho.

É preciso ter em mente que Orlipid impede que seu corpo absorva parte da gordura. Mas se você aumenta a gordura que consome, de nada vai adiantar. Além disso, somente a redução dessa parte das gorduras ingeridas pode não ser suficiente para fazer qualquer diferença significativa em termos de emagrecimento.

Como aprendemos acima, o tratamento com o remédio deve estar associado a uma dieta de baixa calorias. Além disso, a bula também alerta que, para obter os benefícios máximos com o medicamento, é necessário seguir as informações nutricionais passadas pelo médico ou nutricionista.

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Outro ponto importante que merece a nossa atenção é que a bula indica que o remédio pode ser prescrito pelo médico para o tratamento de determinados grupos de pessoas – quem têm sobrepeso ou obesidade.

Portanto, não é qualquer pessoa que pode utilizar Orlipid – até porque a sua comercialização pode ocorrer somente com a apresentação da receita médica, ou seja, quando houver a prescrição do médico.

Então, nada de querer se automedicar com o remédio crendo que Orlipid emagrece. A automedicação é perigosa e pode causar danos para a saúde, já que sem o acompanhamento médico, corre-se o risco de tomar um remédio contraindicado, utilizar o medicamento em dosagens erradas – que podem ser ineficientes ou fazer passar mal – e se expor desnecessariamente a efeitos colaterais danosos para o organismo.

No caso de Orlipid, não ter o acompanhamento médico ainda pode tornar o tratamento sem resultados, já que o seu uso precisa estar associado a uma dieta e recomendações nutricionais passadas pelo médico ou nutricionista, como já frisado aqui.

Se você deseja e/ou necessita emagrecer, procure o auxílio de um bom médico e/ou nutricionista, que indicará o método mais apropriado, saudável e eficiente para o seu caso. Caso Orlipid seja adequado para a sua situação, aí sim o médico receitará e permitirá que você use o medicamento.

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Efeitos colaterais de Orlipid

Segundo a bula do remédio, disponibilizada pela Anvisa, Orlipid pode provocar os seguintes efeitos colaterais:

Reações muito comuns – ocorrem em mais de 10% dos pacientes: 

  • Perdas ou evacuações oleosas;
  • Flatulência com perdas oleosas;
  • Urgência para evacuar;
  • Aumento das evacuações;
  • Desconforto ou dor abdominal;
  • Gases;
  • Fezes líquidas;
  • Infecções do trato respiratório superior como resfriado e dor de garganta;
  • Gripe;
  • Dor de cabeça;
  • Nível reduzido de glicose no sangue – hipoglicemia.

Reações comuns – ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes:

  • Perda do controle das evacuações;
  • Fezes amolecidas;
  • Desconforto ou dor no reto;
  • Distúrbio nos dentes ou nas gengivas;
  • Infecções do trato respiratório inferior como traqueobronquite e broncopneumonia;
  • Irregularidades menstruais;
  • Ansiedade;
  • Fadiga;
  • Infecção urinária;
  • Distensão abdominal.

Outras reações observadas: 

  • Hipersensibilidade com sintomas como coceira, erupção cutânea, urticária (manchas vermelhas com limites nítidos, com muita coceira, que mudam de lugar no corpo), angioedema (inchaço geralmente em pálpebras, lábios e garganta, que pode chegar a dificultar a respiração), broncoespasmo (estreitamento dos brônquios que dificulta a passagem do ar, provocando falta de ar e chiado no peito) e anafilaxia (reação de hipersensibilidade muito grave, acompanhada de dificuldade para respirar);
  • Casos muito raros de erupção bolhosa, aumento das enzimas do fígado (substâncias que indicam a perda de função do fígado) e fosfatase alcalina (exame de sangue que detecta alterações do fluxo da bile);
  • Casos excepcionais de lesão grave do fígado, alguns resultando em transplante de fígado ou morte;
  • Alteração dos exames de sangue relacionados à coagulação do sangue e descontrole do tratamento com anticoagulante em pacientes tratados com Orlipid e anticoagulantes ao mesmo tempo;
  • Convulsões em pacientes tratados com Orlipid e medicamentos antiepilépticos ao mesmo tempo;
  • Hiperoxalúria (perda urinária de cristais de oxalato) e nefropatia (perda de função do rim) por oxalato.

O paciente que experimentar qualquer um dos efeitos colaterais mencionados acima ou algum outro tipo de reação adversa deve informar rapidamente ao médico a respeito do problema, mesmo que o sintoma não aparente ser grave. Isso é importante para confirmar se a reação foi séria ou não e saber como deve proceder a partir de então.

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Contraindicações e cuidados com Orlipid

O remédio não deve ser utilizado pelos seguintes grupos de pessoas:

  • Com hipersensibilidade (alergia) à substância orlistat ou qualquer outro componente da fórmula do medicamento;
  • Com síndrome da má absorção crônica/dificuldade para absorver nutrientes;
  • Com colestase (diminuição do fluxo biliar);
  • Mulheres grávidas;
  • Mulheres que estejam na fase do aleitamento.

O consumo de alimentos ricos em gorduras durante o tratamento com Orlipid aumenta as chances do paciente sofrer com problemas gastrointestinais.

Para garantir a nutrição adequada do paciente durante o tratamento, o médico poderá indicar a utilização de suplementos polivitamínicos, que deverão ser tomados pelo menos duas horas depois da administração de Orlipid ou na hora de dormir. O remédio pode diminuir a absorção de vitamina D, vitamina E e betacaroteno.

No caso dos pacientes diabéticos que usam Orlipid, o médico também poderá precisar modificar a dosagem de alguns medicamentos utilizados no tratamento da diabetes.

É necessário ainda informar ao médico a respeito de qualquer remédio, suplemento ou planta medicinal que esteja utilizando para que o profissional verifique se não faz mal usar Orlipid e a substância em questão ao mesmo tempo. As informações são da bula do medicamento, disponibilizada pela Anvisa.

Você conhece alguém que tenha tomado e afirme que o Orlipid emagrece? Seu médico ou nutricionista também lhe receitou este medicamento? Comente abaixo!

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