A endometriose profunda é definida como uma doença inflamatória causada pelo crescimento de células endometriais, da camada interna do útero, para fora do órgão reprodutor, podendo pressionar o intestino e a bexiga.
Os principais sintomas dessa doença são a dor pélvica intensa em períodos menstruais ou de forma crônica ao praticar relações sexuais, ao urinar ou defecar.
Essa pode ser uma condição de saúde incapacitante, pois afeta a qualidade de vida das mulheres que possuem a endometriose profunda, levando à perda de produtividade, disfunção sexual, estresse, depressão, problemas sociais e, em casos avançados, infertilidade.
Estudos relatam que 50% das mulheres com endometriose podem ser inférteis. No entanto, medicamentos hormonais e cirurgias podem ser formas de tratamento disponíveis para essa doença.
As pessoas que possuem a endometriose profunda, geralmente, apresentam um ou mais desses sintomas:
Além disso, a endometriose que afeta as porções baixas do intestino pode resultar em sintomas como prisão de ventre, fezes ensanguentadas, inchaço abdominal e diarreia.
Nem todas as mulheres apresentam os mesmos sintomas e é, por isso, que a suspeita e o diagnóstico de endometriose se tornam difíceis e demorados. Algumas mulheres levam de 4 a 10 anos enfrentando essa doença, muitas vezes, silenciosa até, finalmente, diagnosticar a endometriose.
Para diagnosticar a endometriose, é necessário realizar um ultrassom pélvico ou transvaginal. Esse exame apresenta 85% a 100% de precisão para identificar os sinais da endometriose na região pélvica.
A tomografia computadorizada ou ressonância magnética é indicada para confirmar a suspeita e identificar a endometriose em regiões mais difíceis de serem visualizadas através do ultrassom, principalmente, em regiões da bexiga e reto.
Na endometriose profunda, a cirurgia é indicada, na maioria dos casos, para remover o tecido endometrial da região urinária ou intestinal.
Como se trata de uma cirurgia complexa, é recomendado que seja feita por uma equipe especializada nesse tipo de cirurgia, pois realizar o tratamento com especialistas evitará a necessidade de novas cirurgias para tratar problemas pós-operatórios.
As terapias hormonais podem ser indicadas para mulheres que esperam aliviar os sintomas sem realizar a cirurgia, embora muitos especialistas afirmem que o tratamento hormonal não é eficaz no tratamento da endometriose profunda.
Sendo assim, o tratamento clínico funciona mais para diminuir os sintomas, como a dor pélvica crônica, e melhorar a qualidade de vida da mulher, mas não diminui as lesões geradas pela endometriose.
Geralmente, o tratamento depende do estágio da endometriose, do local onde está infiltrado (bexiga, intestino ou ureter) e da presença de lesões. A endometriose é caracterizada como uma doença crônica, então, é necessário o acompanhamento médico ao longo de toda a vida reprodutiva da mulher.
A histerectomia, remoção total do útero, é indicada em último caso.
Para atingir uma boa qualidade de vida tendo a endometriose, é necessária uma manutenção frequente dos sintomas.
As terapias hormonais combinadas (estrogênio + progesterona) são usadas continuamente para tratar a dor pélvica e outras medicações analgésicas podem ser utilizadas em conjunto para controle da dor e desconfortos.
Outras terapias complementares podem ser úteis no enfrentamento dos problemas decorrentes da endometriose, como a acupuntura, psicoterapia e a fisioterapia do assoalho pélvico.
Tendo acesso aos tratamentos corretos, é possível diminuir as angústias geradas pela endometriose.
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