Talvez você já tenha tido a experiência de sentir uma elevação na sua temperatura corporal como se estivesse com febre, e talvez até mesmo tenha sentido isso junto com outros sintomas, como cansaço excessivo ou calafrios, mas ao verificar sua temperatura com a ajuda de um termômetro, descobriu que não estava efetivamente com febre.
Esta “febre falsa” é conhecida popularmente como febre interna, e pode apresentar diferentes causas, e inclusive até mesmo ser um indicativo de alguns problemas atuais ou futuros de saúde, merecendo certa atenção e alguns cuidados.
A febre propriamente dita, ou seja, quando o termômetro aponta para temperaturas corporais acima de 37,5ºC ou 37,8ºC, é um sintoma relativamente comum de que o corpo está combatendo algum agente infeccioso, como vírus, bactérias, parasitas ou até mesmo fungos.
Esta elevação de temperatura no nosso corpo funciona como uma forma de eliminar estes patógenos do nosso organismo, podendo ser um importante indicativo que se deve buscar ajuda médica.
Pode-se caracterizar a febre de acordo com a temperatura registrada pelos termômetros, com medições entre 37,3℃ a 37,8℃ sendo consideradas como uma febre baixa, leve ou febrícula, entre 37,8℃ e 39℃ uma febre moderada e acima de 39℃ já sendo considerada como uma febre alta, necessitando de mais atenção e caso se prolongue, a busca por cuidados médicos e investigações sobre a sua origem.
Já a febre interna consiste na sensação de aumento da temperatura corporal, sem que este aumento seja de fato apresentado pelo termômetro. Ou seja, a pessoa possui a sensação febril mas o termômetro continua em uma temperatura entre 36 e 37,5ºC, que não são consideradas como indicativas de febre.
Os principais sintomas da febre interna são os mesmos da febre propriamente dita, ou seja:
Por mais que a pessoa sinta a elevação da temperatura corporal e apresente outros sintomas, a febre interna não representa um mecanismo de defesa em relação a alguma doença ou patógeno, como ocorre em uma febre normal.
Na maioria dos casos, a febre interna pode estar relacionada aos seguintes fatores abaixo:
Portanto, normalmente ela não representa o perigo do desenvolvimento de uma doença.
Porém, em alguns casos, a febre interna pode também ser uma reunião de sintomas primários de uma gripe, resfriado ou até mesmo da própria febre. Nestes casos, após os sintomas já detalhados acima, a pessoa começa a desenvolver um quadro gripal ou febril propriamente dito.
No caso da apresentação de febre interna, é indicado que se tome um banho morno, aumente a ingestão de líquidos e descanse, podendo também ser interessante a ingestão de alguns chás específicos, que tem o poder de combater os sintomas da febre, como gengibre, mel e limão.
Caso o quadro evolua para um resfriado ou gripe, as indicações continuam sendo semelhantes, ou seja, que a pessoa descanse, aumente a ingestão de líquidos, mantenha uma alimentação saudável e balanceada, e espere a melhora do quadro gripal, que deve ocorrer dentro de 3 ou 4 dias após a aparição dos primeiros sintomas.
É importante salientar que caso os sintomas persistam, a maior indicação é a de procurar um médico que realizará os devidos exames e encaminhará o paciente para um tratamento mais adequado.
É possível também que a febre interna faça parte de um quadro de infecção no trato urinário ou de pedra nos rins, que podem ocasionar em uma inflamação no corpo, causando calafrios e sensação de calor, mas sem a presença de febre. Nestes casos, outros sintomas característicos de infecções urinárias ou pedras nos rins também serão percebidos e um médico deve ser procurado para que se realize um tratamento adequado.
Uma outra possibilidade é que a febre interna seja um sintoma de complicações na tireoide, como o caso do hipotireoidismo, quando a glândula da tireoide não produz quantidades suficientes de alguns hormônios específicos, podendo causar sensações de febre e cansaço, entre outros sintomas característicos do distúrbio na função tireoidiana.
Caso as disfunções na tireóide sejam uma suspeita, um endocrinologista deve ser procurado para realizar os exames necessários e, se for o caso, inicie o tratamento adequado.
Lembrando novamente que caso os sintomas se prolonguem ou agravem, um médico deve ser consultado.
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