Conhecido também pelo nome de Adderall XR, Adderall é classificado como um medicamento estimulante do sistema nervoso central, que possui a dextroanfetamina e a anfetamina na sua composição. Ao ouvir falar do medicamento, é quase automático perguntar se Adderall faz mal.
Isso porque a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não aprova o seu uso. Portanto, Adderall não pode ser comercializado no Brasil. Vamos conhecê-lo melhor e entender quais podem ser os seus riscos.
Em outros países, Adderall é usado no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e da narcolepsia, uma condição que causa episódios incontroláveis de sono durante o dia, que podem vir acompanhados de fraqueza muscular.
Entretanto, o Adderall faz parte do grupo das anfetaminas, e seu uso é altamente controlado, pois elas trazem um potencial elevado de abuso e vício. Ele só deve ser utilizado sob orientação e acompanhamento médico nos países onde é permitido e não elimina a necessidade de mais terapias.
Fora das indicações médicas, existem pessoas que fazem uso de Adderall de maneira perigosa e ilegal, com o objetivo de aumentar a concentração para ter bons resultados em provas e, em menores casos, para emagrecer.
O remédio é conhecido como um tipo de doping para estudantes, tendo em vista que os deixa mais despertos, sem sono e concentrados para passar longas horas estudando ou realizando provas extensas. Conheça os 12 remédios para concentração mais usados, e seus efeitos.
Por conta dos mesmos efeitos, profissionais de áreas competitivas também podem utilizar o medicamento para darem conta de ficar acordados durante a noite toda.
O fato do medicamento ser de uso controlado em outros países e não ser vendido no Brasil já pode servir de indicativo de que Adderall faz mal, ou pelo menos requer cuidados. Mas vamos começar aos poucos a entender como o remédio pode apresentar riscos e quais são eles.
Primeiramente, vamos conhecer os casos em que Adderall faz mal por ser contraindicado. Por exemplo, segundo a bula disponibilizada pela Food And Drug Administration (FDA, sigla em inglês, Administração de Drogas e Alimentos, tradução livre, órgão regulador de medicamentos dos Estados Unidos), ele não deve ser utilizado por pacientes com histórico de abuso de drogas ou que tenham estados de agitação.
Adderall também não é indicado para grávidas, mulheres que amamentam e crianças com menos de seis anos de idade. Outras de suas contraindicações referem-se a casos de:
Além disso, o medicamento não deve ser utilizado durante ou dentro de 14 dias depois da administração de inibidores da monoamina oxidase (IMAOs). Nesses casos, o Adderall faz mal porque pode resultar em crises de hipertensão.
O remédio também não é indicado em casos de arritmia, esquizofrenia e para pessoas com históricos de episódios psicóticos.
Veja também: Remédios que atrapalham seu rendimento nos exercícios e você não sabia
Mas não é somente para pessoas que sofrem com essas condições que Adderall faz mal. É importante saber que o medicamento está associado a uma série de efeitos colaterais, como:
Os efeitos colaterais mencionados acima também evidenciam como Adderall pode fazer mal para algumas pessoas, ainda que seja utilizado sob orientação e acompanhamento médico.
Nesses casos, a pessoa ainda pode informar o médico a respeito de qualquer reação adversa que experimentar ao longo do tratamento e monitorar a maneira como o seu corpo responde à substância, além de receber as indicações a respeito da dosagem adequada e do tempo apropriado para a duração do tratamento.
Mas vamos pensar juntos. Se na forma controlada e prescrita pelo médico, existe o risco de passar mal com Adderall, imagine só como é arriscado tomá-lo por conta própria para conseguir trabalhar a noite toda, fazer ou estudar para uma prova ou ainda emagrecer?
Além da chance de experimentar os efeitos colaterais apresentados no tópico anterior, as anfetaminas, grupo ao qual Adderall faz parte, trazem riscos de abuso e dependência, conforme informou a bula do remédio disponibilizada pela FDA.
Esse risco é considerável porque quando a pessoa toma o remédio por conta própria e sem ter a real necessidade, é provável que o uso seja feito em doses maiores do que a indicada e por um período muito longo.
Existe ainda o perigo da pessoa não ler a bula, estar no grupo dos contraindicados para o medicamento e, mesmo assim, tomá-lo. O resultado? Agravar condições sérias de saúde.
Deixe um comentário