A estética é uma área que vem ganhando cada vez mais espaço entre homens e mulheres. Dentre os vários procedimentos novos, a carboxiterapia vem sendo usada para o tratamento da celulite, estrias, flacidez e gordura localizada. Mas, será que a carboxiterapia funciona?
Com essa dúvida no ar, hoje vamos entender como é esse tratamento e mostrar seus benefícios, resultados e contraindicações.
A carboxiterapia é um tratamento estético que consiste na aplicação de injeções de gás carbônico medicinal (com uma pureza próxima a 100%) nos tecidos, via subcutânea, em sessões de 15 a 30 minutos.
Surgiu na França nos anos 30, inicialmente em procedimentos com doenças arteriais, virou moda na Europa e Estados Unidos. Mas, só chegou ao Brasil entre 2005 e 2006, no Consenso Ibero-Americano de Carboxiterapia.
Ela sofreu diversas alterações desde a sua criação. Por exemplo, no início era feita através de banhos e, apenas recentemente, ganhou a versão injetável.
Como o foco da carboxiterapia é a pele, os resultados demonstram que de fato ela funciona na redução das irregularidades causadas pelas celulites e estrias, diminuindo o aspecto enrugado da pele, melhorando a sua elasticidade e combatendo a flacidez.
A princípio, o procedimento é simples: A injeção do gás carbônico vai induzir o transporte de grandes quantidades de oxigênio ao local da aplicação através da vasodilatação, mecanismo fisiológico que estimula a circulação sanguínea.
Com isso, há aumento da drenagem sanguínea e linfática, removendo toxinas e líquidos dos tecidos. Além disso, esse processo promove a renovação de colágeno do local, melhorando a aparência da pele e, como um bônus, quebra as células de gorduras presentes.
Um ponto importante que acontece no tratamento das estrias é uma inflamação breve e fraca provocada pelo gás carbônico. Assim, o local ficará com um pequeno inchaço e vermelhidão, estimulando a produção de fibras colágenas para diminuir a estria.
Após alguns dias, essa inflamação cessa e é possível visualizar o resultado daquela sessão.
Conforme um estudo publicado em 2012 na Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, a carboxiterapia vem mostrando bons resultados e se tornando cada vez mais popular nas clínicas de estética do país.
A maior parte do corpo pode se beneficiar desse procedimento, como o abdômen, coxas, pescoço, rosto, braços, nádegas e costas. Em contrapartida, tudo vai depender de qual problema de pele você quer resolver, se é uma estria ou eliminar uma celulite, por exemplo.
O aumento da oxigenação no local da aplicação deixa a pele um pouco mais clara e melhora o seu aspecto. Assim, a carboxiterapia pode funcionar amenizando cicatrizes da lipoaspiração e a coloração escura das olheiras.
Diante dos vários benefícios, é importante lembrar que essa técnica é apenas um coadjuvante para a sua mudança de estilo de vida, que pode contribuir para o seu bem estar.
Nesse sentido, a carboxiterapia age como uma ponte para alcançar o seu corpo ideal. Mas, a persistência de hábitos não saudáveis põe o tratamento em risco.
Portanto, é indicado aliar o procedimento com uma alimentação balanceada e uma rotina firme de atividades físicas, sendo esse o melhor caminho para se obter mais benefícios.
Caso contrário, o tratamento com a carboxiterapia pode não funcionar por muito tempo e a gordura eliminada voltar com facilidade.
Com isso, alguns críticos defendem que não vale a pena fazer o tratamento, principalmente por durar em média 6 meses. Entretanto, quando há uma vontade da pessoa em alcançar seus objetivos, o tratamento pode surpreender.
Existe um número considerável de resultados positivos com esse procedimento, contribuindo para o seu sucesso pelo mundo. Assim, temos:
Para evitar complicações, o médico deverá ser informado de todos os problemas existentes com o paciente antes de qualquer procedimento estético. Dessa forma, podemos destacar:
Com relação aos efeitos colaterais, são poucos, não apresentam tanta gravidade e nem afetam o funcionamento da carboxiterapia:
A sensação de desconforto desaparece assim que a aplicação termina. Porém, a dor e os hematomas podem persistir por algum tempo.
Cada paciente responde de uma maneira diferente. Por isso, o médico deve avaliar a recuperação após cada sessão e, dessa forma, estipular a média do seu tratamento.
Mas, em média são necessárias em torno de 10 sessões, que podem ser feitas uma vez por semana ou a cada 15 dias.
No entanto, o tratamento não pode passar de 20 sessões. Além disso, é necessário um intervalo entre um tratamento completo e início do outro de, no mínimo, 6 meses.
Como é um procedimento não-cirúrgico, o paciente não precisa de repouso. Mas, os casos variam com a intensidade do tratamento.
Como já foi dito ao longo do texto, a carboxiterapia é um tratamento auxiliar, ou seja, seus resultados não são definitivos. Devido a isso, pode ser combinada com outros tratamentos estéticos para que se alcance resultados cada vez melhores e mais duradouros.
O médico que realizará o procedimento é o responsável por acompanhar e monitorar os resultados. Assim, é importante lembrar que ele deve ser sempre transparente com você, mostrando os reais resultados do procedimento e te informando se está dando certo ou não.
Por fim, apesar de não ser uma técnica cirúrgica, é considerada invasiva. Por isso, cientistas orientam realizar esse procedimento apenas com um profissional de saúde habilitado, em clínicas seguras e com todo o suporte para o seu funcionamento.
Veja Todos Comentários
Mas o carbox não é a mesma coisa que BOTOX Martha!
Carbox ele vai eliminar a flacidez,tirar o excesso de gordura localizada, o que se usa para preenchimento é o BOTOX!
Juliana, apenas corrigindo, que Toxina Botulínica (Botox) é diferente de Preenchimento.
A toxina paralisa o músculo, e o preenchimento, como o nome diz, preenche espaços.
No caso da face, Martha, a carboxiterapia poderia te ajudar em caso de olheiras, por exemplo.
Mas como já te responderam, o ideal é sempre avaliar, até mesmo com mais do que um profissional.
Estou querendo aplicar carbox embaixo dos olhos ppois tenho essa área um pouco funda e me deixa com um ar de triste...é recomendadavel?
É melhor consultar alguns médicos para avaliar o seu caso específico.