A doença de Graves é uma doença autoimune crônica que resulta em hipertireoidismo. A condição é causada por uma reação do sistema imune que afeta as células da tireoide, fazendo com que a glândula fique hiperativa.
Ela é mais comum em mulheres, pessoas com idades entre 30 e 50 anos, e que possuem outras doenças autoimunes. Com o desequilíbrio dos hormônios tireoidianos, outros sistemas do corpo também começam a apresentar problemas.
Os sintomas dessa doença podem incluir hiperidrose, nervosismo, insônia e aumento da glândula tireoide (bócio). Para tratá-los, é necessário utilizar medicamentos para alívio dos sintomas e para diminuir a produção de hormônios da tireoide. A cirurgia para remoção da glândula tireoide é indicada em último caso.
Se não for tratada, a doença de Graves pode gerar sérias complicações, como osteoporose, distúrbios menstruais em mulheres, problemas musculares e arritmia cardíaca.
O sintoma inicial dessa doença é o hipertireoidismo, portanto, os sintomas podem surgir como:
Além disso, 1 em cada 3 pessoas com a doença de Graves apresentam um problema ocular denominado oftalmopatia de Graves. Essa condição é resultado dos danos provocados pela doença autoimune em músculos e nervos que compõem a estrutura ocular.
Os principais sinais da oftalmopatia de Graves incluem:
A princípio, alguns gatilhos podem piorar o quadro de oftalmopatia, incluindo o estresse e o tabagismo.
Do mesmo modo, a dermopatia de Graves também pode ser observada no desenvolvimento da doença. Em um quadro de dermopatia de Graves, a pele fica escamosa e avermelhada. Geralmente, ela atinge a parte inferior das pernas, como na canela ou pés.
A causa de uma doença autoimune costuma ser atribuída a um problema genético combinado com um gatilho ambiental, o qual pode ser um mau hábito ou uma infecção que desencadeia a resposta do sistema imunológico. No entanto, ao invés de atacar microrganismos e substâncias estranhas ao corpo, o sistema imune atua atacando células importantes da tireoide.
Alguns fatores de risco podem estar associados a esta doença, incluindo:
Para chegar ao diagnóstico da doença de Graves, o seu médico deve solicitar:
O tratamento da doença de Graves envolve controlar a produção exagerada de hormônios da tireoide e reduzir os demais sintomas da doença. Portanto, o tratamento pode incluir:
Os medicamentos antitireoidianos podem aliviar sintomas do hipertireoidismo, portanto, não é uma solução de cura permanente para a doença. Normalmente, é necessário esperar algumas semanas de tratamento para observar a redução dos níveis hormonais.
A terapia com o iodo radioativo, assim como a cintilografia que utiliza o iodo, não é indicada para gestantes e lactantes. Geralmente, as pessoas que optam por esse tipo de tratamento desenvolvem o hipotireoidismo (atividade baixa da tireoide), uma condição que gera menos danos à saúde e pode ser solucionada com o uso de remédios para reposição de hormônios.
Ainda, outros tratamentos podem ser prescritos para tratar a oftalmopatia de Graves. Geralmente, recomenda-se:
Os hormônios da tireoide estão ligados a quase todos os sistemas do corpo humano, sendo essenciais para o crescimento, regulação da temperatura, produção de energia, desempenho da memória, regulação do humor, entre outras funções do corpo.
Se não tratada, a doença de Graves pode resultar em diversas complicações de saúde, como:
Em mulheres gestantes, a doença de Graves pode resultar em complicações que incluem aborto, pré-eclâmpsia, nascimento prematuro, problemas no desenvolvimento fetal, disfunção de tireoide fetal e insuficiência cardíaca materna.
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