Doença de Graves: sintomas, diagnóstico e tratamentos

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A doença de Graves é uma doença autoimune crônica que resulta em hipertireoidismo. A condição é causada por uma reação do sistema imune que afeta as células da tireoide, fazendo com que a glândula fique hiperativa. 

Ela é mais comum em mulheres, pessoas com idades entre 30 e 50 anos, e que possuem outras doenças autoimunes. Com o desequilíbrio dos hormônios tireoidianos, outros sistemas do corpo também começam a apresentar problemas.

Os sintomas dessa doença podem incluir hiperidrose, nervosismo, insônia e aumento da glândula tireoide (bócio). Para tratá-los, é necessário utilizar medicamentos para alívio dos sintomas e para diminuir a produção de hormônios da tireoide. A cirurgia para remoção da glândula tireoide é indicada em último caso.

Se não for tratada, a doença de Graves pode gerar sérias complicações, como osteoporose, distúrbios menstruais em mulheres, problemas musculares e arritmia cardíaca.

Quais os sintomas?

Suor em excesso
Por provocar o hipertireoidismo, o suor excessivo característico da condição também ocorre com a doença de Graves

O sintoma inicial dessa doença é o hipertireoidismo, portanto, os sintomas podem surgir como:

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  • Suor excessivo
  • Fraqueza muscular
  • Tremor
  • Ansiedade e irritabilidade excessiva
  • Insônia
  • Fadiga
  • Perda de peso
  • Aumento dos batimentos cardíacos
  • Bócio, o aumento visível da tireoide

Além disso, 1 em cada 3 pessoas com a doença de Graves apresentam um problema ocular denominado oftalmopatia de Graves. Essa condição é resultado dos danos provocados pela doença autoimune em músculos e nervos que compõem a estrutura ocular. 

Os principais sinais da oftalmopatia de Graves incluem:

  • Visão turva ou dupla
  • Proptose, que é o deslocamento do globo ocular para frente
  • Inchaço nos olhos
  • Fotossensibilidade, ou seja, sensibilidade à luz
  • Sensação de dor ou pressão nos olhos

A princípio, alguns gatilhos podem piorar o quadro de oftalmopatia, incluindo o estresse e o tabagismo.

Do mesmo modo, a dermopatia de Graves também pode ser observada no desenvolvimento da doença. Em um quadro de dermopatia de Graves, a pele fica escamosa e avermelhada. Geralmente, ela atinge a parte inferior das pernas, como na canela ou pés.

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O que causa a doença de Graves?

Fumante
O tabagismo é um dos fatores de risco para essa doença

A causa de uma doença autoimune costuma ser atribuída a um problema genético combinado com um gatilho ambiental, o qual pode ser um mau hábito ou uma infecção que desencadeia a resposta do sistema imunológico. No entanto, ao invés de atacar microrganismos e substâncias estranhas ao corpo, o sistema imune atua atacando células importantes da tireoide.

Alguns fatores de risco podem estar associados a esta doença, incluindo:

  • Tabagismo
  • Histórico familiar anterior da doença
  • Estresse emocional ou físico
  • Sexo, já que a doença é mais comum em mulheres
  • Idade, visto que a condição se desenvolve em pessoas com idade de 30 a 50 anos
  • Outras doenças autoimunes, que aumentam os riscos

Como é feito o diagnóstico?

Para chegar ao diagnóstico da doença de Graves, o seu médico deve solicitar:

  • Exames de sangue para medir os níveis de hormônios da tireoide (TSH, T3 e T4).
  • Cintilografia da tireoide, onde é usado um iodo radioativo (Iodo-131) para avaliar a função da tireoide.
  • Ultrassonografia da glândula tireoide, para verificar anormalidades. 
  • Ultrassom com Doppler da tireoide, é o método de exame de imagem mais sensível para identificar mudanças na forma e no tamanho da tireoide. É mais indicado quando o teste de cintilografia é contraindicado, por exemplo, para gestantes ou lactantes.

Opções de tratamento

O tratamento da doença de Graves envolve controlar a produção exagerada de hormônios da tireoide e reduzir os demais sintomas da doença. Portanto, o tratamento pode incluir:

  • Medicamentos beta-bloqueadores, para reduzir sintomas como palpitação cardíaca, tremores e ansiedade.
  • Medicamentos para hipertireoidismo, que diminuem a produção de hormônios pela tireoide. Os mais indicados são o metimazol e o propiltiouracil.
  • Terapia com iodo radioativo, onde é realizado um protocolo que utiliza iodo-131 para reduzir o número de células glandulares da tireoide e, assim, diminuir a produção de hormônios. Uma dose terapêutica é recomendada especificamente para o tratamento do hipertireoidismo, portanto, outros órgãos e tecidos não são afetados com o tratamento radioativo.
  • Cirurgia para remoção total ou parcial da glândula, é indicada em último caso para pessoas que não podem usar fármacos antitireoidianos ou que não apresentaram melhora com outros tratamentos.

Os medicamentos antitireoidianos podem aliviar sintomas do hipertireoidismo, portanto, não é uma solução de cura permanente para a doença. Normalmente, é necessário esperar algumas semanas de tratamento para observar a redução dos níveis hormonais.

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A terapia com o iodo radioativo, assim como a cintilografia que utiliza o iodo, não é indicada para gestantes e lactantes. Geralmente, as pessoas que optam por esse tipo de tratamento desenvolvem o hipotireoidismo (atividade baixa da tireoide), uma condição que gera menos danos à saúde e pode ser solucionada com o uso de remédios para reposição de hormônios.

Ainda, outros tratamentos podem ser prescritos para tratar a oftalmopatia de Graves. Geralmente, recomenda-se:

  • Óculos de grau, para reduzir problemas de visão turva ou visão dupla.
  • Colírio, para diminuir a irritação ocular.
  • Óculos de sol ou com tecnologia Transitions, que podem ajudar a lidar com a fotossensibilidade.
  • Remédios esteroides para diminuir a resposta imune.
  • Cirurgia para correção da posição do globo ocular.
  • Radioterapia, usada em casos raros.

Complicações

Aborto
Para mulheres grávidas, há o risco de aborto em casos da doença de Graves

Os hormônios da tireoide estão ligados a quase todos os sistemas do corpo humano, sendo essenciais para o crescimento, regulação da temperatura, produção de energia, desempenho da memória, regulação do humor, entre outras funções do corpo.

Se não tratada, a doença de Graves pode resultar em diversas complicações de saúde, como:

  • Problemas de visão
  • Palpitação cardíaca
  • Trombose
  • Derrame
  • Insuficiência cardíaca
  • Osteoporose
  • Distúrbios no ciclo menstrual e fertilidade
  • Problemas musculares

Em mulheres gestantes, a doença de Graves pode resultar em complicações que incluem aborto, pré-eclâmpsia, nascimento prematuro, problemas no desenvolvimento fetal, disfunção de tireoide fetal e insuficiência cardíaca materna.

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Fontes e referências adicionais

Você conhece alguém que já foi diagnosticado com a doença de Graves? Que tipo de tratamento foi recomendado? Comente abaixo!

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