Muitos fatores podem causar a queda de cabelo, como questões genéticas, estresse, alterações hormonais e até deficiências nutricionais. E pesquisadores descobriram que a falta de ferro no organismo é um dos motivos mais comuns para a fragilidade das madeixas.
O ferro é essencial para a produção de hemoglobina, que transporta oxigênio para todas as células do corpo, incluindo os folículos capilares.
“Quando os níveis de ferro estão baixos, o corpo pode não produzir hemoglobina suficiente, resultando em anemia ferropriva, que está diretamente associada à queda de cabelo. A falta de ferro reduz o fluxo de oxigênio para os folículos capilares, comprometendo o crescimento e a saúde dos cabelos, e pode enfraquecer os folículos, tornando-os mais suscetíveis à queda”, pontuou Waleska Nishida, coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera.
Outro estudo recentemente publicado mostrou que a falta de ferro durante a gravidez é capaz de alterar o sexo biológico do bebê. A pesquisa foi realizada pela Universidade de Osaka, no Japão, e publicada na revista Nature.
As anotações mostram que a grave falta de ferro no útero materno fez com que alguns embriões geneticamente masculinos exibissem características femininas, além de formar glândulas reprodutivas femininas.
Segundo o biólogo Makoto Tachibana, que lidera o estudo, apesar do resultado, até o momento não se sabe se um processo semelhante poderia ocorrer em humanos, mas o resultado aponta a importância de mais pesquisas sobre o assunto.
Primeiro, os pesquisadores deram aos camundongos uma dieta deficiente em ferro por um mês antes da gestação e por duas semanas durante a gestação, e os compararam com animais alimentados com uma dieta controle. Com isso, descobriu-se que, quando a concentração de ferro era reduzida em 60% no nível celular, isso interferia na diferenciação sexual ao silenciar o gene Sry em um estágio crítico do desenvolvimento do feto.
Durante os testes com camundongos, a equipe observou que 6 de 39 camundongos geneticamente machos (XY) nascidos de mães com deficiência de ferro desenvolveram ovários totalmente formados. Outro indivíduo era intersexo, com um ovário e um testículo.
Resultados parecidos foram observados em experimentos adicionais, em que as mães receberam um medicamento que remove o ferro do corpo, confirmando ainda mais o papel dos níveis de ferro no desenvolvimento sexual.
Os pesquisadores afirmam que ainda não é possível saber qual é o papel do ferro na determinação do sexo em humanos, mas o estudo indica que esse pode ser um entre vários fatores. Ademais, eles apontam que é um sinal de alerta sobre a reposição de ferro durante a gravidez.
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