Saúde

Homens e mulheres têm câncer de pele em diferentes partes do corpo; veja quais

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Equipe MundoBoaForma

Uma análise realizada pela Cancer Research UK (CRUK), do Reino Unido, mostrou que as áreas mais comuns do corpo em que homens e mulheres desenvolvem câncer de pele não são iguais.

De acordo com os cientistas responsáveis pela pesquisa, a forma como as pessoas se vestem e a própria anatomia de cada gênero pode explicar essas diferenças.

A organização diz que 40% dos melanomas – tipo mais grave do tumor – no sexo masculino foram identificados no tronco (costas, peito e abdômen) mais do que em qualquer outra parte do corpo.

Já no sexo feminino, essa região foi a segunda menos comum, correspondendo a 22% dos casos. Já 35% dos melanomas, a maioria, foram diagnosticados nos membros inferiores – do quadril aos pés. Essas, por sua vez, foram as áreas menos comuns entre os homens, onde apenas cerca de 13% dos tumores foram identificados.

A CRUK avalia que nove em cada dez casos de melanoma acontecem porque as pessoas se expõem demais à radiação UV, por isso a importância da proteção solar. Esse fator também explica as diferenças observadas entre os gêneros, já que, no calor, é comum homens ficarem sem camisa, enquanto mulheres utilizam roupas mais curtas.

A organização também aponta que o formato dos corpos também pode ter uma influência. Os troncos dos homens tendem a ser maiores do que os das mulheres, enquanto as pernas representam uma proporção maior da área corporal do sexo masculino.

O cabelo, por sua vez, também desempenha um papel, uma vez que os homens têm maior tendência á calvície. A análise dos pesquisadores apontou que eles são quase duas vezes mais propensos a serem diagnosticados com um melanoma na cabeça ou no pescoço: 24% dos casos contra 13% entre as mulheres.

As diferenças foram menos acentuadas nos casos diagnosticados nos membros superiores ou ombros, que representaram 27% dos casos em mulheres e 20% em homens. Cerca de 3% a 4% dos melanomas começaram em locais não especificados ou em áreas sobrepostas.

“À medida que o clima esquenta, é muito importante se cuidar no sol. Queimar-se apenas uma vez a cada dois anos já pode triplicar seu risco de desenvolver melanoma, em comparação com quem nunca se queima. E não são apenas os dias quentes e ensolarados que oferecem risco — os raios UV podem ser fortes o suficiente para causar danos à pele mesmo quando o tempo está nublado ou fresco”, declarou Fiona Osgun, chefe de informação em saúde da CRUK, em comunicado.

Por isso, os especialistas orientam evitar o sol, principalmente entre 10h e 16h, período em que os raios UV estão mais fortes. Ademais, é indispensável o uso de proteção solar regularmente, com um produto que tenha um FPS de, no mínimo, 30. O protetor também deve ser reaplicado a cada duas horas ou menos, segundo recomendações da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). É indicado também utilizar chapéus com aba larga, óculos de sol com proteção UV e roupas que cubram os ombros.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer – o Inca -, o câncer de pele é o tipo mais comum no Brasil, correspondendo a cerca de 33% de todos os tumores detectados a cada ano. Mesmo que ainda seja um número preocupante, 177 mil dos 185 mil novos casos anuais dizem respeito aos tipos não melanoma, como os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, que têm letalidade baixa. Já o tipo mais agressivo da doença provoca cerca de 8 mil casos a cada 12 meses.

Mesmo assim, os avanços no diagnóstico e no tratamento têm elevado a taxa de sobrevivência para pacientes com melanoma. No relatório feito pela CRUK, por exemplo, os pesquisadores apontam que nove em cada dez adultos diagnosticados com melanoma na Inglaterra sobrevivem à doença por dez anos ou mais.

“As melhorias nas taxas de sobrevivência do câncer de pele destacam o progresso extraordinário impulsionado pela pesquisa. Mas o número crescente de pessoas diagnosticadas com melanoma ainda é preocupante, especialmente quando vemos que as taxas estão aumentando mais rapidamente entre os homens”, afirma Michelle Mitchell, diretora-executiva da organização.

Por fim, a profissional orienta que, se qualquer elemento diferente for percebido na pele, como uma nova pinta – ou até mesmo uma marca antiga que mudou de tamanho, formato ou cor -, ou qualquer mancha fora do comum, é importante buscar atendimento médico especializado, já que o diagnóstico precoce “é fundamental e pode fazer toda a diferença”.

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