Saúde

Mulher perde o olfato devido à doença crônica; conheça

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Equipe MundoBoaForma

A técnica em enfermagem Tatiane Rodrigues, 46 anos, sofreu com fortes dores de cabeça diárias ao longo de três anos, além de secreção constante no nariz e dores de ouvido em sequência.

“O nariz escorria o tempo inteiro, o ouvido ficava tampado e a cabeça doía muito. Até para conversar com as pessoas, para subir uma escada, era muito difícil porque eu me sentia muito cansada”, conta ela ao site VivaBem.

A moradora de Santo André, em São Paulo, procurou um otorrinolaringologista e fez diversos tratamentos, mas os sintomas sempre acabavam retornando. “Os médicos receitavam medicação, era antibiótico e corticoide. Eu tomava tudo direitinho e melhorava, mas depois de uma semana do término do tratamento, já voltava tudo de novo”, lamentou.

Depois de anos de sofrimento, Tatiane voltou a trocar de especialista e finalmente recebeu um diagnóstico definitivo após realizar uma tomografia computadorizada: ela tinha rinossinusite crônica com polipose nasal, uma doença respiratória inflamatória crônica.

“Quando saiu o resultado do exame, a médica me disse que estava com dó de mim. Ela falou que o quadro inflamatório era tão grave que ela não sabia como eu estava conseguindo respirar”, relatou.

O diagnóstico tardio resultou diversas consequências para a vida da paulista. Por um período, por exemplo, Tatiane perdeu 100% do olfato e 70% da audição. “Eu não ouvia direito o que as pessoas falavam comigo. E, quando eu ia falar, tinha medo de estar gritando, então eu falava muito baixo e as pessoas também não entendiam o que eu estava dizendo”, recordou.

“Eu não tinha prazer em comer as coisas porque não sentia gosto e não sentia cheiro. Eu achava, inclusive, que eu estava o tempo inteiro fedida. Se eu não tinha olfato, como eu ia saber? Minha autoestima ficou baixa, era uma coisa horrível. Parecia que eu estava sufocada dentro de uma caixa”, completou.

Devido à falta de olfato, Tatiane chegou a queimar a comida. “Coloquei o arroz no fogo, fui fazer outra coisa e esqueci ele lá. Quando meu marido chegou do trabalho, ele sentiu aquele cheiro forte e foi aí que eu vi que o arroz estava totalmente queimado. Moro em um apartamento pequeno, podia ter pegado fogo em tudo”, pontuou.

No entanto, o que mais a chateava era não conseguir sentir o cheiro da filha. “O cheiro de filho é muito gostoso, né? A minha filha já tem 23 anos, mas eu gosto de dar um beijo na cabeça e sentir aquele cheirinho dela. Eu não conseguia e me incomodava demais, era muito ruim. Hoje em dia, chego perto dela e ficou cheirando mais tempo, porque quero aproveitar aquele momento que eu perdi”, brinca.

Antes do diagnóstico correto, a técnica em enfermagem ficou dependente do uso de spray nasal. “Descobri que aquilo me ajudava a dormir, que eu não conseguia respirar sem, então eu pingava e dormia. E o dia inteiro trabalhava com aquilo no bolso. Pingava quase que de hora em hora”, afirmou.

Há cerca de dois anos, Tatiane iniciou o tratamento, que consistiu em uma cirurgia para a retirada dos pólipos nasais e drenagem das secreções, além do uso de medicamento biológico injetável.

“Eu mesma aplico a medicação a cada 14 dias. Provavelmente vou precisar utilizar o remédio para o resto da vida, para não correr o risco de a doença voltar. Parece até um milagre. Após a cirurgia e a medicação, eu melhorei 100%. Não utilizo mais spray, meu olfato e audição voltaram totalmente e até na minha asma ajudou: nunca mais usei bombinha. Tenho outra vida agora”, celebrou.

Entenda a doença

A rinossinusite crônica é uma inflamação dos seios nasais e paranasais do rosto – no caso da rinossinusite crônica com polipose nasal, o nariz fica obstruído por pólipos. Esses pólipos são pequenas formações carnosas, semelhantes a verrugas, que aparecem no tecido mucoso nasal.

Dentre as causas da doença, se destacam inflamações crônicas recorrentes, infecções, alergias, doenças autoimunes e até mesmo desvio de septo. Os principais sintomas são congestão nasal, secreção, perda de olfato, perda de audição e dores de cabeça, principalmente na parte superior da face.

O diagnóstico da rinossinusite crônica com polipose nasal é feito por meio de exame clínico, videoendoscopia e tomografia computadorizada. Já seu tratamento é feito com medicamentos, como corticoides, antibióticos e imunobiológicos. Em casos mais graves, como o de Tatiane, a cirurgia se faz necessária.

Pacientes com problemas de imunidade e pessoas que já tiveram outras inflamações graves, como asma e dermatite atópica, estão mais suscetíveis a doença.

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