Veja o que é isquemia cerebral, quais são os sintomas mais característicos, bem como as possíveis causas e opções de tratamento para a condição.
A diminuição do fluxo sanguíneo ao cérebro pode desencadear uma série de sequelas, principalmente por poder causar um acidente vascular cerebral. No entanto, uma outra complicação que pode ocorrer é um quadro conhecido como isquemia cerebral.
Conhecer os sintomas e entender o que é isquemia cerebral é fundamental para identificar um possível caso da condição ou até mesmo de derrame. Veja como proceder caso surjam sinais da doença!
Também conhecido como mini derrame, o ataque isquêmico transitório (AIT) – ou isquemia cerebral – ocorre quando há uma interrupção temporária no fluxo sanguíneo que flui rumo a parte do cérebro.
Isso causa sintomas semelhantes a um derrame, mas que desaparecem em 24 horas.
Ao contrário de um derrame, a isquemia cerebral, por si só, não é capaz de causar sequelas permanentes. No entanto, os sintomas de um acidente vascular cerebral e de um ataque isquêmico transitório são praticamente idênticos.
Dessa forma, se os sintomas começarem a se manifestar, é necessário procurar ajuda médica rapidamente.
Com a interrupção no fornecimento de sangue ao cérebro, a falta de oxigenação promove diversos sintomas repentinos, semelhantes a um derrame, como dormência ou sensação de fraqueza no braço, perna e face, visão embaçada, dormência na língua e dificuldade em falar.
Entretanto, ao contrário do derrame convencional, os sintomas da isquemia cerebral não são permanentes. Os efeitos podem perdurar de alguns minutos a horas e cessam totalmente em, no máximo, um dia.
As principais causas para um ataque isquêmico transitório são, sobretudo, problemas crônicos associados também a outras complicações cardiovasculares.
Dentre os principais fatores, estão:
Dessa forma, é possível afirmar que o principal fator desencadeante para isquemia cerebral é o surgimento de coágulos sanguíneos que são alojados em uma artéria responsável por fornecer sangue ao cérebro.
Isso impede que haja a plena circulação do sangue na região, o que, portanto, impede que o oxigênio chegue. A interrupção de oxigenação, ainda que por uma fração de segundo, pode fazer com surjam diversas sequelas.
Outras pessoas que integram grupos de risco, ou seja, que são mais suscetíveis ao surgimento da doença, são:
Além disso, portadores de doença arterial periférica (DAP) e de doença de células falciformes também integram o grupo de risco.
É importante ressaltar que as mulheres grávidas também apresentam chances mais elevadas de terem isquemia cerebral, já que a gravidez pode aumentar a pressão arterial e fazer seu coração trabalhar mais.
Ademais, mulheres que possuem enxaqueca com auras, que tomam pílulas anticoncepcionais – especialmente as que fumam ou têm hipertensão arterial – e as que fazem terapia de reposição hormonal estão mais suscetíveis à condição.
Os fatores de risco são aqueles que tornam uma pessoa pré-disposta a apresentar sintomas de uma determinada doença. No caso da isquemia cerebral, é possível citar:
É importante ressaltar, no entanto, que com o tratamento adequado para esses casos, os riscos de derrame e isquemia cerebral também são reduzidos.
Ataques Isquêmicos Transitórios são muito semelhantes aos derrames, que também são causados por coágulos sanguíneos. O principal fator que distingue ambos os casos é o tempo de permanência dos sintomas.
Nos casos de AIT, depois de um período, o coágulo formado na artéria é empurrado, ou então as substâncias químicas presentes em seu organismo podem rapidamente quebrá-lo.
Dessa forma, o fluxo sanguíneo normal retorna ao seu cérebro antes que surjam problemas duradouros. Embora os sintomas possam durar até 24 horas, é mais comum que eles desapareçam em até uma hora.
Já os derrames, por outro lado, não desaparecem tão rapidamente. Isso significa que alguma parte do seu cérebro fica sem oxigênio e, quanto mais tempo essa situação dura, mais danos acontecem.
Enquanto um AIT desaparece em pouco tempo e não deixa sintomas e, portanto, é identificado como transitório, um acidente vascular cerebral pode ter efeitos duradouros e apresentar, inclusive, risco de vida.
Para entender o que é isquemia cerebral, vale saber que os sintomas que indicam a presença de um ataque isquêmico transitório podem ser diversos e atingir desde os membros, passando pela face e dificultando até mesmo a capacidade de falar.
Confira, abaixo, os principais sintomas que se manifestam:
Pessoas acometidas pela isquemia cerebral podem ficar temporariamente incapazes de falar. Após uma complicação dessas, é comum que as pessoas relatem dificuldade em lembrar as palavras.
Outros problemas relacionados à fala podem incluir problemas de dicção ou até mesmo de compreensão de outras palavras.
Essa condição é conhecida como disfasia e, muitas vezes, esse pode ser o único sintoma de um ataque isquêmico transitório.
Isso ocorre porque o coágulo sanguíneo que desencadeou a condição pode ter ocorrido no hemisfério cerebral dominante – região do cérebro responsável pela motricidade da fala e da compreensão verbal.
Não é raro que um distúrbio visual de um olho ocorra após uma isquemia cerebral. Essa complicação é conhecida como amaurose fugaz, ou também identificada como cegueira monocular transitória.
Na amaurose fugaz, a visão de uma pessoa em um olho fica subitamente obscurecida parcial ou totalmente. Os objetos podem ficar acinzentados ou embaçados. Isso pode durar segundos ou minutos.
A exposição à luz brilhante pode agravar o quadro e, nesses casos, dificilmente o paciente conseguirá ler palavras escritas em papeis brancos, por exemplo.
Além dos dois sintomas mencionados, é comum que durante um ataque isquêmico transitório o paciente sinta o olho ou a boca tremer unilateralmente.
Quando atingir a boca, pode ser que a pessoa tenha dificuldade para sorrir e falar. Além disso, é possível que o paciente sinta o braço ou a perna formigando ou dormente.
Além disso, outros possíveis sintomas incluem:
Quando uma pessoa apresenta um quadro de ataque isquêmico cerebral, as chances de um acidente vascular cerebral ser desencadeado a médio e longo prazo são maiores. Dessa forma, vale a pena conhecer o que é isquemia cerebral e qual é o tratamento correto.
Este consiste, principalmente, em diminuir o risco de acidente vascular cerebral subsequente ou outros quadros de AIT. Um tratamento adequado após um AIT pode reduzir significativamente o risco de derrame.
Estudos recentes reiteram a importância da avaliação e tratamentos rápidos, além da politerapia – uma abordagem de tratamento que consiste no uso de medicamentos ou tratamentos diversos.
Um estudo feito no Reino Unido mostrou a importância da intervenção precoce, reduzindo em 80% o risco de AVC.
Uma meta-análise feita em 2007 apontou que a combinação de dieta, atividades físicas, a administração de antiagregantes plaquetários, estatina e terapia anti-hipertensiva são medidas capazes de reduzir as chances de derrame subsequente em até 90%.
Além disso, estudos mais recentes publicados na China também corroboram a concepção de que medicamentos antiplaquetários duplos com aspirina e clopidogrel são efetivos no tratamento de prevenção.
Não são apenas os medicamentos antiplaquetários que podem ser utilizados no tratamento, mas os anticoagulantes também.
O corpo humano possui certas proteínas que se combinam com plaquetas e formam coágulos sanguíneos. Os anticoagulantes alteram essas proteínas para dificultar a formação de coágulos.
Como a causa motriz do aparecimento da doença pode ser formação de coágulos na artéria, ao fazer uso desses medicamentos, os coágulos se dissolvem e o sangue volta a fluir adequadamente, bem como a oxigenação ao cérebro.
Infelizmente, não é possível prevenir totalmente uma isquemia cerebral ou derrame, já que algumas vezes isso ocorrerá em detrimento de fatores incontroláveis, como hereditariedade ou doenças subjacentes.
No entanto, é possível adotar certos hábitos no estilo de vida que diminuem significativamente as chances dessas doenças cardíacas, tais como:
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