Procuramos nos alimentar de maneira saudável, evitamos gorduras, açúcares, alimentos industrializados. Passamos a dar preferência aos produtos naturais. A partir de então, mais vegetais, frutas e legumes passam a fazer parte de nossa alimentação. No entanto, o fato de deixarmos alguns alimentos e os substituirmos por outros pode não significar estarmos investindo em nossa saúde.
Parece contraditório, mas nós podemos estar ingerindo veneno, iludidos pela aparência desses alimentos todos.
Como os alimentos orgânicos são muito caros, nem sempre acessíveis, somos obrigados a continuar fazendo nossas compras nas feiras e sacolões, onde desconhecemos a procedência desses alimentos, mas, simplesmente, não temos outras opções.
Segundo a ANVISA, a maioria dos alimentos “naturais” que consumimos está comprometida por altos índices de agrotóxicos, lamentavelmente. Os maiores índices foram observados em 1/3 de frutas, vegetais e hortaliças.
Os índices são simplesmente assustadores: no ano de 2010, um milhão de toneladas de agrotóxicos foram utilizados nas lavouras brasileiras. Isso dá uma média de 5kg de agrotóxicos por brasileiro. É totalmente assustador. Dois desses agrotóxicos sequer possuem registro no país, portanto, entraram de forma ilegal, ou seja, contrabando, são eles: Azaconazol e Tebufempirade.
Falta investimento e esclarecimento nas áreas de produção rural. Os produtores precisam conhecer os malefícios dos diversos tipos de agrotóxicos antes de passar a utilizá-los indiscriminadamente, submetendo os consumidores e a eles próprios aos pesticidas ilegais.
Mesmo entre os liberados, há necessidade de esclarecimentos em relação a quantidades e frequência de pulverização nas lavouras.
Para entendermos essa classificação, precisamos explicar primeiramente como funciona o ciclo de maturação dos alimentos.
Quanto mais tempo um determinado alimento demorar para amadurecer desde seu plantio até a colheita, mais pulverizações ele receberá. Isso aumentará sua exposição aos agrotóxicos. Esses ciclos nos dão uma ideia das possíveis doses mais elevadas desses pesticidas em nossa mesa.
O tomate, por exemplo, chega a receber até 36 pulverizações durante seu ciclo.
Vamos abordar esses alimentos com agrotóxicos, explorando seus riscos de contaminação, começando inicialmente por desmembrá-los entre frutas, legumes, bulbos e tubérculos, e finalizaremos com as verduras.
Em seu processo de produção, ocorre alta incidência de uso de agrotóxicos, por serem alimentos mais sujeitos aos ataques de pragas. Entre eles, citaremos a abobrinha, berinjela, pepino e pimentão.
Costumam receber um alto número de pulverizações, como a cenoura e a beterraba, por exemplo, devido ao fato de se encontrarem num ciclo de maturação intermediário.
Nesse caso, embora também estando no mesmo ciclo, o tomate e a cebola são duas exceções nessa lista. Chegam a receber até 30 pulverizações.
Os alimentos que recebem menos pulverizações são os vegetais, por apresentarem um ciclo de maturação mais breve, desenvolvendo-se mais rapidamente. São eles: alface, rúcula, escarola, couve, agrião, almeirão, etc.
Diante de todas essas informações, ficamos bastante desestimulados a consumir tudo isso. Há algumas medidas a serem tomadas para tentarmos evitar, ou ao menos diminuir os malefícios dos alimentos com agrotóxicos em nossa alimentação.
Além dos cuidados citados acima, podemos também submetê-los a um processo para descontaminá-los.
Você vai precisar comprar “tintura de iodo a 2 %”. É facilmente encontrada em farmácias. Para cada litro de água, utilize 5 ml de tintura.
Deixe os alimentos dentro dessa solução por mais ou menos uma hora, em um local protegido da luz. Depois desse tempo, basta retirá-los e lavá-los bem.
O maior mercado de agrotóxicos no mundo é o brasileiro. Além das diversas marcas produzidas aqui, também importamos várias outras, sem contar as que entram clandestinamente.
Infelizmente, vivemos num país onde isso não é levado a sério. Os efeitos dos agrotóxicos no organismo são cumulativos, provocando, ao longo dos anos, várias doenças degenerativas no sistema nervoso, doenças crônicas, endócrinas, quadros de alergias graves e câncer.
Não podendo impedir que nossos alimentos sejam tão contaminados, nem tampouco podendo excluí-los de nossa alimentação. Logo, temos que multiplicar os cuidados ao comprá-los e manipulá-los até que alguma medida efetiva seja tomada, o que parece algo bem distante, infelizmente.
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Artigo muito bom, obrigada!! Vamos privilegiar agricultura familiar de proximidade e/ou orgânica, nas feirinhas no bairro e na CEASA! Aumenta a demanda, aumenta a oferta também né?!
Consumir orgânico, parece mais caro mas afinal, você consume menos e com mais responsabilidade (não vai deixar estragar os alimentos orgânicos por exemplo).
Tenho uma pergunta sobre deixar as verduras de molho na tintura de iodo, será que as vitamínas e outros minerais não acabam "migrar" na água depois de 1 hora?
Sr. lauro, a maçã é exatamente o contrário, é um dos alimentos que contém menos agrotóxicos. É só consultar, em várias listas de alimentos contaminados, essa fruta está bem abaixo por exemplo do abacaxi, mamão, uva, tomate e outros.
Concordo inteiramente Marcão outros produtos estão muito mais contaminados. avisa o Almir!
A fruta que eu mais sinto que tem veneno não está relacionada que é a maçã. Pelo menos aqui em SC nas maçãs que eu compro aqui em Florianópolis na primeira mordida já se sente o forte gosto do agrotóxico e nem dá para comer, tem-se que jogar fora de tanto veneno no gosto dessa fruta.
NORMAL, O GOVERNO QUE ELIMINAR PARTE DA POPULAÇÃO POBRE, A QUE CONSOME ESTES TIPOS DE ALIMENTOS NAO ORGANICOS (VIDE YOUTUBE - NOVA ORDEM MUNDIAL).
Pura verdade o governo liberou mais agrotóxicos. Ele mesmo e seus familiares não consomem esses produtos com agrotóxicos. Só Deus mesmo em nossas vida tá difícil comer o que o pobre está morrendo a cada dia nada melhora.