O norte-americano Ira Eliasoph, 96 anos, surpreende com seu estilo de vida saudável e conta tudo o que faz para manter a boa saúde.
Em 2021, ele decidiu se aposentar, dando fim a uma trajetória de 70 anos como médico oftalmologista. “Quando me demiti, não foi por qualquer sinal de fraqueza, ainda era capaz de realizar cirurgias”, declarou ele ao site Business Insider.
Ele associa a vida longeva e saudável a uma série de fatores. Dentre eles, está o cuidado a longo prazo com a própria dieta. O pai de Elisoph, o também médico Benjamin, introduziu uma dieta de baixa gordura baseada em seus conhecimentos sobre colesterol na rotina do filho quando ele ainda tinha seis anos de idade. “Tive cuidado com o que como todos esses anos”, contou.
Além da rotina de baixo consumo de gorduras, Eliasoph também e preocupa com a ingestão de bastante proteína. Suas refeições são feitas em pequenas porções ao longo do dia para controlar a taxa de açúcar no sangue e incluem carnes como a bovina e o peru. No caso da carne vermelha, picadinho feito com vagem e batata doce entra na lista de seus pratos preferidos.
Por mais que não evite completamente as sobremesas, ele tenta a todo custo não ingerir açúcar. Quando dá vontade, ele diz optar por porções bem pequenas, com duas a três colheres de chá de sorvete ou de woodford pudding, um doce a base de amora.
As refeições andam lado a lado com a suplementação: “Vitamina C, para mim, é essencial”, declarou ele, que também toma suprimentos de vitamina B12 e ácido fólico.
A alimentação não é o único fator importante para a longevidade, mas também o fato de manter o corpo sempre ativo. Durante a aposentadoria, o médico vem se dedicando ao desenho, á pintura e á escrita. O nonagenário diz estar escrevendo uma biografia a respeito de seu pai, pioneiro no invento da tenda de oxigênio durante a pandemia da gripe espanhola.
Embora viva sozinho, Eliasoph recebe a visita frequente de seu enteado e esposa, além de parte da família que mora próximo de sua casa. Ademais, ele semanalmente se reúne com amigos em um clube à beira da praia a 20 minutos de carro de onde mora. O homem também jogava tênis, mas parou com a prática há apenas dois anos, devido a uma cirurgia.
Eliasoph faz parte de um estudo conduzido pelo Albert Einstein College of Medicine, em Nova York, que observa centenas de pessoas com mais de 95 anos com o intuito de entender o que leva a uma velhice saudável. . “A premissa se baseia em várias décadas de dados indicando que pessoas que vivem até os 95 ou 100 anos tendem a não apenas a viver mais, mas também permanecer saudáveis. Elas evitam doenças comuns associadas ao envelhecimento – por exemplo, câncer, diabetes e Alzheimer – ou conseguem adiá-las em 20 a 30 anos em comparação com a população em geral”, afirma ao site Next Avenue Sofiya Milman, pesquisadora-chefe do estudo.
Milman também aponta que a genética cumpre papel importante no envelhecer: se você vem de berço saudável, tem mais chances de ter um corpo disposto a cooperar por mais tempo. Mas bons hábitos continuam sendo cruciais. “Para 99,9% da população sem exemplos de longevidade na família, deve-se, sem dúvida, continuar a praticar exercícios, seguir uma dieta saudável, não fumar, não consumir álcool em excesso, evitar o estresse e dormir o suficiente”, conclui a especialista.
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