Se você acordou com os olhos vermelhos, lacrimejantes e irritados, é bem provável que esteja com conjuntivite. Nem todas as conjuntivites são iguais, podendo ser alérgica, bacteriana ou viral, que é altamente contagiosa.
A conjuntivite viral dissemina-se muito rapidamente, principalmente em ambientes fechados, e é mais frequente no verão.
Veja o que é a conjuntivite viral, os sintomas, como se pega e o tratamento.
A conjuntivite viral é a inflamação da conjuntiva causada por um vírus. A conjuntiva é a mucosa que recobre o interior das pálpebras e a parte branca dos olhos. A sua função é manter os olhos lubrificados e protegê-los contra corpos estranhos, como poeira, vírus e bactérias.
A origem da conjuntivite viral pode ser uma gripe comum ou outros tipos de infecções virais, como o sarampo e a caxumba. Ela também pode ser causada pelo enterovírus e vírus da herpes simples. Estudos recentes apontaram que a conjuntivite também pode ser um sintoma raro da COVID-19.
A conjuntivite viral pode ser isolada, quando não tem relação com nenhum outro problema e, normalmente, é causada por um adenovírus (90% dos casos).
O vírus causador da conjuntivite fica incubado entre 5 e 12 dias, e os primeiros sintomas que se manifestam são:
Os sintomas costumam durar 1 semana e, no máximo, 3 semanas, em casos mais graves.
Geralmente, esses sintomas começam em um olho e logo se espalham para o outro, cerca de 3 a 4 dias depois. Os sintomas no primeiro olho costumam ser mais fortes e, no segundo, mais brandos, porque o organismo já teve tempo de montar uma resposta imune contra o vírus, diminuindo a intensidade dos sintomas.
Em alguns casos, se observam folículos nas pálpebras, que são formações grandes, redondas e rosadas que crescem por baixo da conjuntiva palpebral.
Outro sintoma que pode se manifestar é o inchaço dos linfonodos pré-auriculares (íngua), que ficam à frente dos ouvidos e são os locais para onde os líquidos linfáticos dos olhos, bochechas e couro cabeludo são drenados. Uma inflamação nos olhos pode fazer com que esses linfonodos fiquem sensíveis e doloridos.
Em casos mais graves de conjuntivite causada por adenovírus, os pacientes podem apresentar:
Nesses casos, quando há envolvimento da córnea, a pessoa pode ter complicações após a resolução da conjuntivite, ficando com a visão embaçada ou pode enxergar como se fossem halos de luz, por causa da opacidade da córnea. Esses casos precisam de acompanhamento de um oftalmologista, para tratamento específico.
A conjuntivite viral é transmitida de uma pessoa infectada para outras, de diferentes maneiras:
Sabendo disso, veja como não transmitir a conjuntivite se você estiver infectado. As mesmas orientações valem para pessoas que convivem com você, para não se contaminarem com o vírus:
As melhores orientações para quem não está com conjuntivite e está dividindo o mesmo espaço com alguém infectado é lavar as mãos com frequência, evitando levá-las aos olhos, e não compartilhar itens de uso pessoal. Sempre que for ajudar a pessoa a pingar o colírio nos olhos ou fazer qualquer outro procedimento, lave as mãos antes e depois.
Após se recuperar da conjuntivite viral, evite a reinfecção seguindo essas orientações:
Não há um tratamento específico para a conjuntivite viral, no sentido de combater o vírus. Os tratamentos têm como objetivo diminuir os sintomas e os desconfortos do paciente:
Deixe um comentário