Dieta rica em cobre pode ajudar a deixar o cérebro ‘afiado’; entenda

Pesquisadores da Universidade Médica de Hebei, na China, descobriram que o cobre presente nos alimentos pode ter um papel fundamental na preservação da memória e das funções do cérebro em pessoas com 60 anos ou mais.

O estudo analisou os dados de 2.420 adultos nos Estados Unidos e foi publicada na revista Scientific Reports. Foram avaliadas informações como o quanto de cobre os participantes consumiam na alimentação diária e comparados com o desempenho em testes de memória, linguagem e raciocínio.

Os que ingeriam mais cobre – cerca de 1,4 mg por dia – obtiveram resultados significativamente melhores do que os voluntários que consumiam menos. Isso inclui tarefas que testam atenção, fluência verbal e memória recente.

“O cobre é um mineral essencial que desempenha papel crítico em vários processos fisiológicos, incluindo a síntese de neurotransmissores, a produção de energia celular e as defesas antioxidantes. Ele serve como um cofator essencial para várias enzimas necessárias para o funcionamento ideal do sistema nervoso”, escreveram os autores no artigo publicado.

No entanto, esses benefícios parecem ter um limite. Os cientistas observaram que a melhora na cognição aumenta até um certo ponto – entre 1,2 mg e 1,6 mg de cobre por dia -, mas não há ganho adicional se o consumo passar disso.

Vale ressaltar que, apesar dos benefícios descobertos, o excesso de cobre pode fazer mal e aumentar o estresse oxidativo nas células. A ingestão segura recomendada por autoridades estadunidenses é de até 10 mg por dia.

O cobre está presente em alimentos como mariscos, vísceras animais (como fígado de boi e cordeiro), nozes, sementes (como a de girassol), leguminosas (como lentilha e grão-de-bico), batata, chocolate amargo e cogumelos. Apensas uma porção desses alimentos pode ser suficiente para atingir a quantidade considerada benéfica.

A pesquisa é observacional, ou seja, mostra uma associação, mas não prova que o cobre, por si só, melhora o desempenho do cérebro. De qualquer maneira, os resultados mostram que manter uma alimentação balanceada pode fazer diferença na saúde física e mental. Busque a ajuda de um nutricionista para receber uma dieta adequada para o seu caso específico.

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