Os repelentes são um tipo de produto bem útil para se ter em casa. Afinal, eles ajudam a proteger contra a picada de insetos como mosquitos, entre eles o Aedes aegypti, capaz de transmitir doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
Além da população em geral, eles também podem ser uma alternativa para as crianças e as mulheres que estão grávidas. Inclusive, elas precisam ter um cuidado ainda maior em relação ao zika vírus, já que se forem infectadas, existe o risco de que seus bebês nasçam com microcefalia.
Entretanto, para proteger as futuras mamães e os pequenos contra os insetos, sem causar outros problemas, é fundamental escolher repelentes seguros para gestantes e crianças.
As grávidas e as crianças podem utilizar repelentes, desde que os produtos estejam devidamente registrados na ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Mas, ao escolher um repelente, é fundamental ler as orientações e instruções de uso apresentadas no rótulo do produto, já que nem todos podem ser ideais para toda gestante e/ou criança.
Boa parte dos repelentes aprovados pela ANVISA podem ser usados a partir dos dois anos de idade. No entanto, é essencial checar se não há no rótulo alguma indicação quanto à idade mínima permitida para o repelente em questão.
Tanto para as gestantes quanto para as crianças, é necessário prestar atenção na composição dos repelentes e escolher sempre aqueles com as concentrações mais baixas. Em caso de dúvidas, o melhor é buscar a orientação médica na hora de de decidir qual tipo usar.
Dependendo da concentração, o seu tempo de proteção pode durar entre duas a oito horas. Alguns exemplos de repelentes DEET incluem: Autan, OFF e Super Repelex.
As gestantes podem utilizar os repelentes com DEET, porém apenas na concentração mais baixa possível e a partir do segundo trimestre da gravidez. No caso das crianças, a ANVISA permite que o produto seja usado a partir dos dois anos de idade.
Nas crianças entre dois a 12 anos, a concentração do repelente DEET deve ser de no máximo 10% e o produto pode ser aplicado somente três vezes por dia. A partir dos 12 anos, concentrações superiores passam a ser permitidas.
O tempo de proteção dura entre quatro a oito horas, conforme a concentração do produto. Os repelentes com IR3535 podem ser usados a partir dos seis meses de idade e são classificados como um dos mais seguros para as gestantes.
A loção antimosquito da Johnson & Johnson e o Xtream spray da Isdin são exemplos de repelentes com IR3535.
O seu tempo de proteção dura entre cinco a 10 horas, o que também depende da concentração do repelente em questão. Liberado para as gestantes, há algumas versões que são permitidas para crianças a partir de dois anos de idade.
Os repelentes com Icaridina geralmente estão disponíveis na concentração 25% e um dos exemplos é o Exposis.
Os repelentes industriais devem ser passados sempre conforme as instruções da embalagem do produto. Eles podem ser aplicados por cima da pele ou roupas, mas devem ser o último produto a se passar, depois de filtros solares, hidratantes ou maquiagem, por exemplo.
Além disso, os repelentes devem ser aplicados em uma quantidade suficiente para cobrir a pele exposta, evitando exagerar na aplicação, e precisam ser bem espalhados.
Outro cuidado essencial é não passar os repelentes nos olhos, nariz, boca, machucados ou na pele irritada. Recomenda-se ainda evitar usá-los por debaixo da roupa.
Os repelentes em spray não podem ser inalados durante a aplicação e não devem ser passados diretamente no rosto. Em vez disso, a indicação é aplicar nas mãos e só depois espalhar na região.
No caso das crianças, é aconselhável não deixar que elas manuseiem ou passem os repelentes sozinhas, para evitar algum acidente. É importante ainda ficar de olho para que elas não lambam a região onde o repelente foi passado.
Outra orientação é não passar o produto nas mãos das crianças, pois elas têm o costume de colocá-las na boca. Já para aplicar o repelente no rosto dos pequenos, a recomendação é que o adulto passe o produto nas suas mãos e, então, esfregue cuidadosamente no rosto das crianças, aplicando levemente ao redor das orelhas.
Da mesma maneira que acontece com o protetor solar, os repelentes precisam ser reaplicados após o banho de mar ou piscina. Eles também devem ser passados novamente após certo tempo. O tempo ideal para a reaplicação varia conforme o produto e está descrito na embalagem.
Assim que retornar para casa, hotel ou acomodação, a pele do adulto ou da criança que recebeu a aplicação de repelente deve ser lavada. A roupa usada no dia também deve ser lavada antes de ser vestida novamente.
Há ainda os repelentes naturais, como óleo de citronela, óleo de soja, óleo de eucalipto-limão e repelentes com cravo-da-índia. Embora sejam considerados mais seguros que os naturais, eles não possuem a mesma comprovação de eficácia.
Além disso, nem todos podem ser utilizados livremente. Por exemplo, os produtos à base de óleo de eucalipto-limão devem ser usados somente nas crianças com mais de três anos de idade.
Antes de passar um desses óleos na pele, é necessário mistura-los com um óleo vegetal para diluir e evitar a irritação na pele. Outro ponto importante é que os repelentes naturais devem ser reaplicados a cada uma hora, pelo menos.
Para evitar queimaduras na pele, recomenda-se ainda que os repelentes naturais sejam passados sempre após a aplicação do protetor solar.
Os repelentes não matam os insetos, no entanto, eles mantêm os bichinhos longe, ajudando assim a evitar as picadas e a transmissão de doenças.
Os mosquitos são atraídos pelo odor da pele e pelo dióxido de carbono que o nosso corpo exala. Além disso, o calor, o movimento e as sugestões visuais os ajudam a encontrar um possível hospedeiro.
É bem nisso que os repelentes atuam: os produtos interferem nos sentidos dos insetos, como olfato e paladar, para evitar que eles consigam identificar um hospedeiro humano ou animal. O nível de proteção dos repelentes pode variar de produto para produto.
Isso significa que embora os repelentes possam ser úteis, eles não devem ser a única medida de proteção contra a picada de insetos como o Aedes aegypti, já que apenas o seu uso pode não ser suficiente.
É preciso aderir a outras medidas de prevenção contra o Aedes aegypti, como tampar bem a caixa d’água e as lixeiras, colocar areia nos pratos de plantas, limpar calhas, cobrir piscinas, tampar os ralos, entre outras estratégias.
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