Aqueles que têm uma rotina corrida de trabalho, estudos e outras responsabilidades podem ter dificuldades de se exercitar todos os dias da semana. Um novo estudo, no entanto, indica que praticar atividades físicas aos sábados e domingos é tão benéfica quanto ao longo dos cinco dias da semana.
A pesquisa foi realizada por um grupo de cientistas do Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos, e publicada na revista científica Circulation. Se exercitar apenas no final de semana está associado a um menor risco de desenvolver 264 doenças.
“Aqui, mostramos os benefícios potenciais da atividade de guerreiro de fim de semana para o risco não apenas de doenças cardiovasculares, como mostramos no passado, mas também doenças futuras abrangendo todo o espectro, variando de condições como doença renal crônica a transtornos de humor e além”, afirma o coautor Shaan Khurshid, em comunicado.
Para chegarem a essas conclusões, os pesquisadores analisaram os dados de cerca de 90 mil pessoas, as quais receberam acelerômetros de pulso – dispositivo que mede a aceleração da gravidade e o deslocamento diário de uma pessoa. Com isso, durante uma semana, foram registrados o volume de exercícios e o tempo gasto em diferentes intensidades de atividades físicas.
Os cientistas padronizaram as pessoas em “guerreiro de fim de semana”, regular ou inativo, usando o limite de 150 minutos por semana de atividade física moderada a vigorosa, baseado nas diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A pesquisa buscou associações entre os padrões de atividade física e a incidência de 878 condições em 16 tipos de doenças, incluindo as de saúde mental, digestivas, neurológicas e outras categorias.
Em comparação ao sedentarismo, praticar exercícios no fim de semana ou de forma regular conseguiu reduzir mais de 200 doenças. Segundo a equipe, as diferenças foram mais expressivas em condições com a hipertensão, com risco 23% menor para o “guerreiro de fim de semana” (enquanto a prática regular mostrou 28%) e a diabetes, que apresentou 43% (em oposição aos 46% das atividades diárias).
“Nossas descobertas foram consistentes em muitas definições diferentes de atividade guerreira de fim de semana, bem como em outros limites usados para categorizar pessoas como ativas”, disse Khurshid. Como parece haver benefícios semelhantes para o guerreiro de fim de semana em comparação à atividade regular, pode ser o volume total de atividade, em vez do padrão, que mais importa”, disse Khurshid.
Outra pesquisa, postada na revista científica Obesity, indica que a prática de exercícios aos fins de semana pode resultar na perda de peso. Segundo os pesquisadores, em comparação com os participantes inativos, tanto o grupo “guerreiro de fim de semana” quanto o grupo ativo regular apresentaram menor adiposidade abdominal medida, circunferência da cintura, gordura corporal total e índice de massa corporal (IMC).
“Vale a pena estimular o método guerreiro de fim de semana para pessoas que não conseguem seguir a frequência recomendada”, disse Lihua Zhang, uma das autoras do estudo e cientista de saúde do Centro Nacional de Doenças Cardiovasculares, da Academia Chinesa de Ciências Médicas e da Faculdade de Medicina da União de Pequim, na China.
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