A perda de coloração da pele é um sintoma marcante do vitiligo. Entenda então o que é, os sintomas e o tratamento dessa condição.
Manchas na pele podem ser bem incômodas. Agora, imagine uma descoloração na pele que cria um grande contraste: este é o vitiligo.
Saiba então o que é o vitiligo e se essa condição tem cura.
O vitiligo é um distúrbio da pele que causa várias manchas na pele. De acordo com dados publicados em 2012 na revista International Journal of Dermatology, o vitiligo afeta de 0,5 a 2% da população mundial. Além disso, as mais afetadas são as pessoas com até 30 anos de idade.
De fato, o vitiligo é uma ou várias lesões que surgem na pele por causa da falta de melanócitos. Esses melanócitos são os pigmentos que dão cor à pele.
Assim, quando os melanócitos morrem ou param de produzir a melanina, várias manchas mais claras do que o tom natural da pele começam a surgir.
O vitiligo parece ser um problema autoimune, mas as causas exatas não são conhecidas. Apesar disso, os especialistas acreditam que a doença também pode ser desencadeada por fatores genéticos ou por eventos traumáticos, como por exemplo:
A descoloração pode ser local ou generalizada. Além disso, as áreas com descoloração podem ficar maiores ao longo do tempo.
Além da pele do corpo, os cabelos e o interior da boca também podem ser afetados pela doença.
Nem todos os sintomas ocorrem, mas você pode observar, por exemplo:
Normalmente, a perda de coloração da pele é irregular e começa na pele das mãos e do rosto.
Embora qualquer pessoa possa ter vitiligo, a doença fica mais visível em pessoas que tem a pele naturalmente mais escura.
Até o momento, o vitiligo não tem cura. Mas a condição pode ser controlada em alguns casos.
Basicamente, o intuito do tratamento é evitar o aumento das lesões e tentar promover a repigmentação da pele.
Para isso, alguns remédios orais e cremes tópicos podem ajudar, como por exemplo:
Alguns cremes contendo corticosteróides podem devolver a cor à pele, principalmente quando o vitiligo é tratado no seu estágio inicial. Além disso, é provável que você consiga retardar o crescimento das manchas descoloridas na pele.
No entanto, é preciso ter acompanhamento médico já que os corticoides podem causar efeitos colaterais como:
Os derivados da vitamina D também podem ser úteis no controle do vitiligo.
Alguns médicos podem prescrever remédios como esteroides e antibióticos para ajudar no tratamento do vitiligo. Mas nem sempre essa estratégia funciona. Além disso, existe o risco de efeitos colaterais.
Procedimentos que envolvem a terapia de luz podem ajudar pessoas com vitiligo. É o caso da terapia PUVA que usa o remédio psoraleno. Após tomar uma pílula ou passar o psoraleno na forma de creme na pele, você deve se expor à luz PUVA para ativar o princípio ativo do remédio.
Ao fim do tratamento, é indispensável usar óculos de sol e proteger a pele para evitar efeitos colaterais que podem incluir:
Esse é um tipo de terapia de luz focado que usa luz ultravioleta B. Além de poder trazer benefícios a quem sofre de vitiligo, a radiação UVB causa menos efeitos colaterais do que a PUVA, por exemplo.
Para quem tem poucas manchas na pele, o laser pode ser uma boa opção. Certamente, são necessárias várias sessões até observar um bom resultado.
A despigmentação é outra abordagem terapêutica que serve para uniformizar o tom de pele. Nesse caso, as outras áreas da pele que não foram afetadas pelo vitiligo são sujeitas à despigmentação.
Em outras palavras, isso quer dizer que toda sua pele será desbotada para ficar com um único tom de pele.
Esse é um tratamento ousado que pode causar inflamação e uma grande sensibilidade à luz solar. Além disso, a técnica muda completamente o seu visual.
Uma estratégia que não trata, mas esconde as manchas na pele é a micropigmentação. Nessa técnica, é possível tatuar pigmentos na pele a fim de uniformizar o tom da pele ou apenas disfarçar as manchas.
Quando nada dá certo, a cirurgia pode ser a única alternativa de tratamento. No transplante de melanócitos, o médico remove alguns melanócitos saudáveis da sua pele e cuida deles em laboratório. Lá, eles crescem e se multiplicam.
Em seguida, os melanócitos são transplantados para os locais da pele em que o vitiligo é visível.
Esse é mais um procedimento cirúrgico em que o médico cirurgião remove a pele saudável de locais do corpo onde há bastante pele e transfere para áreas com despigmentação.
No entanto, você pode ficar com algumas cicatrizes na pele. Além disso, existe sempre o risco de infecção ou insatisfação com a cirurgia.
Vale ressaltar que o vitiligo não é um problema de saúde e nadador parte dos casos o desconforto é puramente estético. No entanto, algumas pessoas podem ter um risco maior de desenvolver as seguintes complicações:
Por isso, além de consultar a opinião de um bom dermatologista antes de tomar qualquer decisão, é preciso tomar bastante cuidado com a exposição ao sol e fazer check-ups periódicos da sua audição e visão.
Além disso, pode ser bom para você procurar um terapeuta para aprender a lidar com o vitiligo sem que isso prejudique a sua qualidade de vida ou a sua saúde mental.
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