Pode ser que você nunca tenha ouvido falar em cobreiro na pele, mas com certeza já conheceu alguém com essa doença. Para que você saiba o que é o cobreiro na pele e saiba se proteger dessa infecção viral tão comum, este artigo trará informações importantes sobre os sintomas da condição, sobre como deve ser feito o tratamento e sobre quais são as medidas de prevenção.
O cobreiro na pele é uma infecção causada pelo mesmo vírus que causa a catapora. As erupções cutâneas que surgem na pele podem desencadear sintomas como dor, queimação e muitos outros.
Aumentar a sua imunidade é uma da formas de estar mais protegido. Por isso, é muito importante que você não deixe de consumir os alimentos que aumentam a imunidade.
Essa infecção é mais comum do que se pensa. Estima-se que a cada 3 pessoas, 1 irá apresentar cobreiro na pele durante a vida.
Apesar de ser contagiosa, é possível adotar medidas de prevenção para minimizar o risco de contágio e reduzir o risco de complicações através do tratamento adequado da infecção.
O cobreiro na pele – chamado também de herpes-zoster – é uma infecção causada pelo vírus varicela-zoster, que é o vírus responsável também pela catapora (ou varicela).
As erupções cutâneas geralmente ocorrem depois de um nervo abaixo da pele ser infectado, o que pode causar muita dor e desconforto.
Pessoas que já tiveram catapora podem ter herpes-zoster em algum momento da vida. Isso pode acontecer porque mesmo depois de curado da catapora, o vírus pode continuar vivo no sistema nervoso na sua forma inativa e ser reativado, causando desta vez o cobreiro na pele.
Se você nunca foi exposto ao vírus da catapora, você nunca terá cobreiro na pele. E até mesmo a maioria dos adultos já expostos ao vírus podem nunca ter um surto de herpes-zoster, pois é provável que o vírus permaneça adormecido. Porém, algumas pessoas podem ter o vírus reativado e sofrer com os sintomas desagradáveis da infecção.
Não se sabe exatamente porque o cobreiro acontece, mas a reativação do vírus tem a ver com a redução da imunidade conforme vamos ficando mais velhos – um dos motivos pelos quais o cobreiro na pele atinge mais as pessoas mais velhas – ou com a presença de doenças autoimunes, por exemplo.
Os principais sintomas de cobreiro na pele são:
O sintoma mais comum de cobreiro na pele é a dor que pode surgir de diversas formas. Ela pode ser uma dor incômoda, com ardência, constante, aguda ou insuportável.
A erupção cutânea também costuma ser bem comum e pode aparecer acompanhada ou não de bolhas, mas é possível que pessoas com cobreiro na pele sintam dores mesmo sem desenvolver as erupções na pele.
Sintomas adicionais podem incluir:
Qualquer pessoa que já teve catapora pode ter cobreiro na pele, mas há alguns fatores que podem aumentar o risco de desenvolver a infecção viral, tais como:
Um indivíduo com cobreiro na pele pode transmitir o vírus varicela-zoster para pessoa que não são imunes à varicela. A transmissão pode acontecer pelo contato direto com erupções cutâneas abertas. Porém, a pessoa que contrair o vírus não desenvolverá cobreiro na pele, mas sim catapora.
Por isso é importante evitar contato físico com outras pessoas até que as bolhas e as erupções cutâneas características do cobreiro na pele desapareçam, pois pode ser que você transmita o vírus para pessoas que não tomaram vacina contra a varicela.
As complicações de saúde causadas pelo cobreiro na pele não são comuns, mas podem ocorrer:
Ainda que seja pouco comum, o cobreiro pode ocorrer na gravidez se a gestante não tiver se vacinado ou se nunca teve varicela na vida.
Dependendo da etapa gestacional, podem ocorrer defeitos congênitos após a infecção. Por isso, é muito importante atualizar a vacina contra a varicela antes de engravidar para proteger não só a saúde da mãe, mas também do feto.
O cobreiro é mais comum em adultos mais velhos. Dados mostram que metade das pessoas que adquirem herpes-zoster durante a vida são pessoas com 60 anos de idade ou mais. Isso acontece porque o sistema imunológico dos idosos é mais frágil.
Essa fragilidade do sistema imune aumenta o risco de complicações incluindo erupções cutâneas mais graves e infecções bacterianas. Essa faixa etária também é mais propensa a desenvolver pneumonia e inflamação no cérebro.
O CDC recomenda que adultos com 50 anos ou mais se previnam por meio da vacina contra a varicela.
Grande parte dos casos de cobreiro na pele tendem a se resolver em 2 ou 3 semanas e não existe um tratamento específico para a infecção. Mas é possível usar alguns remédios para amenizar os sintomas e se recuperar mais rapidamente da condição.
Alguns medicamentos que podem ser prescritos por um médico incluem:
Medicamentos antivirais como o aciclovir, o valaciclovir e o famciclovir podem ser usados para diminuir a dor e acelerar o processo de recuperação. Em geral, o antiviral é indicado de 2 a 5 vezes ao dia ou de acordo com a orientação médica.
Anti-inflamatórios como o ibuprofeno servem para amenizar o inchaço e a dor causados pela infecção. O uso geralmente é feito em intervalos de 6 a 8 horas.
Analgésicos podem ajudar a aliviar sintomas de dor no início da infecção. Usar analgésicos 1 ou 2 vezes ao dia nos primeiros dias de infecção já é suficiente para promover alívio.
Cremes, géis ou outros produtos contendo anestésicos como a lidocaína também podem ser usados sobre a pele para diminuir a dor.
A difenidramina é um exemplo de anti-histamínico que pode ser recomendado em alguns casos de cobreiro em que há muita coceira.
Trata-se de uma substância que ajuda a diminuir o risco de dor no nervo – condição chamada de neuralgia pós-herpética – que pode ocorrer depois de cessada a infecção.
Corticosteroides como a prednisona podem ser usados quando há risco de danos oculares ou auditivos devido à infecção.
O uso de anticonvulsivos e antidepressivos tricíclicos podem ser indicados em casos de dor prolongada que não responde a outros tipos de tratamento. Mas geralmente esse tipo de tratamento é evitado ao máximo, pois remédios como esses podem causar efeitos adversos sérios e indesejados.
Se os sintomas não melhorarem em até 10 dias, é importante retornar ao consultório médico para realizar alguns exames e ver como o seu sistema imunológico está respondendo à infecção.
Além de se proteger, é importante evitar que o vírus se espalhe para outras pessoas. Algumas dicas que ajudam a evitar a propagação da infecção viral são:
Além dessas formas básicas de prevenção, a vacina é a melhor maneira de prevenir o cobreiro e as suas complicações.
A vacina contra a varicela (que também protege contra outras doenças como o sarampo, a caxumba e a rubéola) deve ser tomada em 2 doses durante a infância e adultos que nunca tiveram catapora ou nunca tomaram a vacina também devem tomar uma dose. A vacina é capaz de evitar doenças causadas pelo vírus da varicela em 9 a cada 10 pessoas que a tomam.
Apesar de não garantir que todos os vacinados não desenvolvam catapora ou cobreiro na pele, o risco é reduzido assim como a possibilidade de complicações e a gravidade da doença é menor.
Também existem vacinas desenvolvidas especialmente para diminuir o risco de desenvolver cobreiro na pele. Elas são indicadas principalmente para pessoas acima de 50 anos de idade que são mais propensas a desenvolver complicações devido à infecção viral.
Existem 2 tipos: a Shingrix e a Zostavax. Zostavax foi a primeira vacina aprovada para prevenir o cobreiro na pele. Já a Shingrix é uma vacina que foi desenvolvida recentemente e que deve ser tomada em 2 doses. Ela previne a ocorrência de cobreiro na pele em mais de 90% dos indivíduos que tomam a vacina e é a preferida dos médicos devido à sua maior eficácia. Por ser mais eficiente, a Shingrix é indicada até se o indivíduo com mais de 50 anos de idade já tomou a Zostavax anteriormente.
Como a maioria das infecções virais se resolvem sozinhas sem a necessidade de usar medicamentos, algumas pessoas deixam de ir ao médico mesmo reconhecendo sintomas de infecção no corpo.
Em qualquer caso, o contato com um médico é indispensável para descartar problemas de saúde mais sérios e tratar a infecção da melhor maneira possível, mas nas situações mencionadas abaixo, a ida ao consultório médico não deve ser adiada em hipótese alguma:
Dados do CDC indicam que apenas cerca de 1 a 4% da população que desenvolve cobreiro na pele precisam de hospitalização devido a complicações de saúde e que 30% dessas pessoas apresentam problemas relacionados ao sistema imunológico.
Ainda que seja uma parcela pequena, é melhor prevenir do que remediar e procurar um médico para obter orientações mais detalhadas sobre o combate ao vírus e para checar se você está forte o suficiente para lutar sozinho contra a infecção.
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