O Brasil é um dos países com mais casos de hanseníase no mundo. Saiba então o que é, quais os sintomas e como tratar a doença.
A hanseníase é uma doença de pele transmissível que pode causar úlceras na pele e danificar os nervos. Aliás, veja também todos os tipos de úlceras e como tratar.
Apesar de ser mais notada na pele, a hanseníase também pode prejudicar os olhos, os nervos periféricos e outros órgãos. Caso a condição não receba o tratamento adequado, complicações sérias de saúde podem surgir.
Confira então como identificar os sintomas da hanseníase e entenda como é o tratamento.
A hanseníase ou lepra é uma infecção causada pela bactéria Mycobacterium Leprae ou bacilo de Hansen.
Tal infecção é crônica e progressiva, isto é, piora ao longo do tempo. Além de lesões na pele, a infecção pode afetar os nervos, o revestimento do nariz e também o trato respiratório.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a hanseníase é classificada em duas categorias:
Mas essa não é a única classificação da doença. Alguns especialistas preferem determinar o tipo de hanseníase com base na resposta imunológica. Com isso, temos os seguintes tipos:
Independente do tipo, a transmissão da lepra se dá pelo contato com secreções das vias aéreas e por gotículas de saliva.
A lepra não é altamente contagiosa, mas o contato muito próximo e repetido com alguém infectado pode causar a doença.
Os principais sintomas da doença são:
Além disso, outra característica marcante da lepra é que a lesão não cicatriza – mesmo depois de muitas semanas. As lesões também podem ser mais claras do que o tom da pele ou mais avermelhadas.
Por outro lado, a lepra também pode ser assintomática. Isso acontece porque a bactéria da hanseníase se multiplica muito devagar. Aliás, o período de incubação da lepra pode ser de até cinco anos – segundo informações da Organização Mundial da Saúde.
Quanto antes você começar o tratamento, maiores são as chances de cura. Por isso, é importante ir ao médico ao notar qualquer sintoma para obter um diagnóstico precoce.
Se houver suspeita de hanseníase, uma pequena amostra da pele é retirada para fazer uma biópsia. Há também a opção de fazer um teste cutâneo no antebraço para identificar o tipo de hanseníase.
Felizmente, a hanseníase tem cura e o tratamento está disponível para todos – inclusive pelo SUS.
O tratamento da lepra consiste na combinação de antibióticos que podem incluir:
Além deles, também é provável que seu médico indique o uso de anti-inflamatórios, como por exemplo:
Antes de mais nada, é preciso ter paciência, pois o tratamento é longo e deve ser seguido até o final.
A hanseníase paucibacilar tem o tratamento médio de 6 meses. Por outro lado, a hanseníase multibacilar pode precisar de tratamento por 1 ou 2 anos.
Mas em ambos os casos, o quanto antes você iniciar o tratamento, menor é o risco de danos aos tecidos e de complicações de saúde mais graves.
Não há uma forma comprovada de evitar a hanseníase. Mas tomar a vacina BCG pode ajudar.
Apesar dessa vacina não proteger contra a hanseníase, ela age contra a tuberculose – doença causada por uma bactéria da mesma família. Por isso, ter essa vacina em dia pode reduzir o risco de ter lepra.
Além disso, é indicado evitar o contato próximo com pessoas que têm hanseníase e não tratam a condição da forma adequada.
Certamente, medidas básicas de higiene também podem diminuir o risco de contágio pela bactéria.
Mas mesmo fazendo o tratamento, podem ocorrer complicações permanentes. Por isso, o trabalho preventivo e o tratamento precoce é tão importante.
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