O herpes simples é um vírus que pode apresentar diversas formas e que costuma afetar diferentes locais do corpo. A infecção é recorrente e muitas pessoas tem dúvidas se essa doença realmente tem cura. Se você quer saber como é feito o tratamento dos sintomas do herpes e descobrir se o herpes simples tem cura, continue lendo.
Antes de mais nada, é importante que você saiba que uma das formas de se combater a herpes é estar com a sua imunidade fortalecida. Por isso, vale a pena conhecer os 16 alimentos que aumentam a sua imunidade.
Além dos sintomas desagradáveis, a infecção é contagiosa e pode prejudicar outras pessoas ao redor. Assim, é importante conhecer bem os sintomas, o tratamento e como se prevenir contra o vírus. Aqui, serão abordadas muitas dicas para se prevenir e evitar surtos da infecção.
O vírus herpes simples (HSV) é responsável por causar infecções virais que podem afetar a boca, os órgãos genitais e a região anal.
A infecção pode se espalhar facilmente através do contato direto com pessoas infectadas pelo vírus, que podem ser de vários tipos.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o tipo mais comum do vírus afeta aproximadamente 3,7 bilhões de pessoas com menos de 50 anos de idade.
Há muitos tipos de vírus herpes simples, mas os 2 principais são o HSV-1 e o HSV-2.
O vírus herpes simples tipo 1 (HSV-1) é a forma mais comum de herpes simples. Geralmente, o HSV-1 afeta a boca, mas também há casos que esse mesmo vírus também afeta os órgãos genitais.
O HSV-1 é um vírus muito comum que normalmente é contraído durante a infância e o acompanha por toda a vida, o que significa que não há cura para a infecção.
O contágio se dá através do contato direto com pessoas infectadas e uma das formas mais comuns de transmissão é pela saliva. É por isso que se recomenda que pessoas com sintomas de herpes oral não beijem crianças recém-nascidas, pois elas podem adquirir o vírus e ter complicações de saúde já que o sistema imune de um bebê ainda não é totalmente desenvolvido.
Outras formas de transmissão incluem o contato direto com feridas na área ao redor da boca, o compartilhamento de protetores labiais, escova de dentes ou qualquer outro objeto que tenha entrado em contato com o vírus. Também há casos em que o HSV-1 é transmitido por meio do contato sexual, embora seja menos comum.
O vírus herpes simples tipo 2 (HSV-2) é um tipo de vírus que causa herpes genital ou anal. Trata-se de uma infecção sexualmente transmissível que também não tem cura.
No entanto, os sintomas só aparecem durante as fases em que o vírus está na sua forma ativa.
O Centers for Disease Control and Prevention (CDC) indica que o HSV-2 é transmitido por meio do contato sexual na grande maioria dos casos. A transmissão pode ocorrer durante a prática de sexo vaginal, anal ou oral e também por meio do contato com a saliva, com os fluidos corporais e com a ferida de pessoas infectadas pelo vírus.
Pessoas infectadas pelo vírus HSV podem não apresentar sintomas e ainda assim o vírus pode ser transmitido para outros indivíduos.
Quando os sintomas surgem, podem ser observados:
As feridas podem aparecer em qualquer lugar, mas em geral se concentram ao redor da boca, nos órgãos genitais ou no ânus. O local da infecção vai depender do tipo de vírus.
Em casos mais graves, o vírus pode se espalhar para os olhos, causando uma condição conhecida como queratite por herpes que pode causar dor, ardor e corrimento nos olhos.
Os primeiros sintomas surgem em até 20 dias depois da aquisição do vírus e podem perdurar por 7 a 10 dias.
Uma vez que o vírus é contraído, ele pode permanecer inativo no organismo por um tempo e depois ser reativado durante os surtos, que são os períodos em que o vírus está ativo e causa os sintomas do herpes. A frequência de surtos varia de pessoa para pessoa de acordo com o estado do sistema imunológico.
Como já mencionamos, não existe cura para nenhum tipo de HSV, mas isso não é motivo de alarde. A infecção é bastante comum e não tende a causar complicações de saúde.
Apenas pessoas que apresentam doenças autoimunes ou outros problemas com o funcionamento do sistema imunológico devem tomar precaução extra com o vírus.
Na maioria dos casos, os sintomas são muito leves e desaparecem sem a necessidade de tratamento em alguns dias ou semanas.
Quando necessário, tratamentos sintomáticos podem ajudar a aliviar os sintomas e a reduzir a duração e a frequência dos surtos. Há alguns remédios que também ajudam a diminuir o risco de transmissão do vírus para outras pessoas.
Em geral, a herpes é identificada facilmente por um médico por meio de uma avaliação física e pela descrição dos sintomas pelo paciente. Dificilmente são necessários exames para detectar a infecção – como exames de culturas e exames de sangue para detecção de anticorpos específicos.
Como não existe cura, o tratamento apenas alivia os sintomas. Vamos ver a seguir quais são os remédios que podem ser utilizados.
O tratamento pode incluir o uso de cremes ou pomadas antivirais que devem ser aplicadas diretamente sobre as feridas para aliviar sintomas como dor e coceira.
Exemplos incluem o aciclovir, o docosanol, o valaciclovir e o famciclovir. Tais medicamentos também podem ser encontrados na forma de comprimidos de uso oral ou de injeções.
Apesar de serem antivirais, esses remédios não são capazes de eliminar completamente o vírus, mas impedem que eles se multipliquem, reduzindo o tempo de permanência dos sintomas.
Em geral, o uso desses medicamentos só é usado quando os sintomas estão fortes, porque na maioria dos casos a infecção vai embora sozinha.
Analgésicos podem ser usados quando a dor está presente entre os sintomas, mas só devem ser usados durante 2 ou 3 dias. Depois desse período é provável que a dor desapareça e restem apenas alguns outros sintomas da infecção. Exemplos incluem o acetaminofeno, o naproxeno sódico e o ibuprofeno.
Também há relatos de que o uso de compostos como a Echinacea, o Eleuthero, a lisina e o zinco podem ajudar a suprimir o vírus, mas não existem evidências científicas sobre tais benefícios.
Cientistas da University of Illinois descobriram uma molécula chamada por eles de BX795 que foi capaz de tratar a infecção causada por HSV-1 em células de córnea humanas. Porém, estudos clínicos ainda precisam ser conduzidos para obtenção de mais informações sobre como essa molécula atua no organismo. Além disso, a molécula está em fase de estudos e não está disponível para a população.
Se o herpes é um vírus tão comum, por que ainda não há uma vacina?
Desenvolver uma vacina contra o herpes simples não é tarefa fácil. Trata-se de um vírus muito mais complicado do que a maioria.
Existe um grande interesse em desenvolver uma vacina contra o herpes simples já que ele é um vírus que afeta até 2 terços da população mundial com menos de 50 anos de idade. Mesmo assim, nenhuma empresa foi capaz de desenvolver a vacina.
Ensaios clínicos que estavam sendo feitos sobre uma possível vacina para o herpes foram abandonados recentemente e não há, no momento, nenhum ensaio clínico significativo em andamento para uma vacina contra o herpes.
Os especialistas explicam que o vírus do herpes normalmente não é detectado pelo sistema imunológico do corpo e a estrutura e o comportamento do vírus é complicado e dificulta o desenvolvimento de uma vacina.
O fato de o vírus ficar inativo no organismo e passar despercebido pelo sistema imunológico por tempo indeterminado dificulta o desenvolvimento da vacina justamente porque as vacinas atuam estimulando o sistema imune para combater a infecção. E nesse caso, é muito difícil criar uma vacina que estimule o sistema imunológico já que o vírus não é detectado por ele como uma ameaça.
Assim, ao mesmo tempo em que desenvolver uma vacina para a herpes simples seria extremamente lucrativo, as pesquisas requerem um grande investimento de tempo e dinheiro.
A perspectiva no momento para pessoa com herpes é que o vírus permanecerá inativo no organismo por toda a vida, mesmo que sintomas nunca mais sejam observados.
A reincidência de surtos virais pode variar de indivíduo para indivíduo. Algumas pessoas podem ter surtos regulares enquanto outras podem não apresentar mais nenhum sintoma.
Alguns fatores que podem estimular a reativação do vírus podem incluir:
Os surtos de sintomas do herpes simples tendem a se tornar menos intensos ao longo do tempo porque o corpo acaba criando alguns anticorpos. Isso significa que na maioria dos casos o primeiro surto é o mais longo e com sintomas mais fortes do que os surtos seguintes.
A fim de evitar a contração do vírus e também de impedir que outras pessoas se contaminem, algumas medidas de prevenção como as seguintes podem ser úteis:
Pessoas que tem uma boa saúde não precisam se preocupar com o herpes simples porque o sistema imunológico é capaz de lidar com a infecção.
Já aqueles que sofrem de algum distúrbio imunológico ou que estão com o sistema imune comprometido por qualquer motivo, pode ser importante buscar uma opinião médica sobre os tratamentos possíveis para evitar complicações.
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