O hipertireoidismo é um problema de saúde no qual a tireoide produz hormônios em excesso. Causa uma série de sintomas, como agitação e emagrecimento, e pode ser bastante perigoso se não tratado.
É um problema que atinge uma grande parte da população, principalmente mulheres com idades entre 20 e 40 anos. Vamos agora entender um pouco mais sobre o hipertireoidismo, e conhecer suas causas, sintomas e tratamentos.
É uma glândula localizada na parte da frente do pescoço, que libera hormônios que controlam o metabolismo e algumas funções básicas do corpo, como:
Esse controle é feito a partir da produção de dois hormônios, o T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina).
Quando a glândula está hiperativa, ela passa a produzir esses hormônios em excesso. Como resultado, há um aumento do metabolismo, redução do peso, aceleração dos batimentos cardíacos, sudorese, nervosismo e ansiedade.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a principal causa do hipertireoidismo é a doença de Graves, um tipo de doença autoimune. Nela, os anticorpos do próprio corpo atacam a tireoide e a fazem produzir mais tiroxina.
E como é uma doença com influência genética, pessoas que tenham alguém na família com o problema têm maior chance de desenvolvê-lo.
Outras causas do hipertireoidismo incluem:
Os sintomas vão depender da gravidade da doença, além de outros fatores, como uso de medicamentos e outros problemas de saúde associados. Existem dois tipos de hipertireoidismo:
É comum que logo no início do problema, a pessoa apresente um quadro subclínico, ou seja, sem sintomas, ou quase nenhum. Por isso é importante a realização check-up médico regularmente.
Os sintomas mais comuns do hipertireoidismo são:
Com o passar do tempo, outros sintomas podem aparecer, como:
Como os sintomas do hipertireoidismo podem ser confundidos com os de outras doenças, o médico irá realizar um exame físico para detectar possíveis alterações na tireoide, além de medir a pressão arterial e a frequência cardíaca, que podem estar alteradas.
Um exame de sangue poderá mostrar alterações nas concentrações dos hormônios T3, T4 e TSH (hormônio estimulante da tireoide). A partir dos resultados desses exames, outros podem ser solicitados, para tentar descobrir a causa e a melhor forma de tratamento.
O único tipo de hipertireoidismo que pode ser prevenido é aquele causado pelo excesso de medicamentos para a tireoide. Pessoas que precisam fazer uso destes remédios devem fazer testes regularmente a fim de identificar possíveis alterações no funcionamento da tireoide.
Já o hipertireoidismo que ocorre naturalmente não tem como ser prevenido, embora possa ser tratado sem muitas complicações, principalmente quando descoberto no início.
Existem basicamente três tipos de tratamento para o hipertireoidismo:
O principal objetivo do tratamento do hipertireoidismo, de acordo com protocolos usados em todo o país, é corrigir o estado de hipermetabolismo, e envolve o uso de medicamentos que evitam que a tireoide volte a produzir hormônios em excesso.
O mais comumente usado é o metimazol, mas em alguns casos de intolerância ao medicamento, o médico poderá prescrever o propiltiouracil, entretanto ele pode ser tóxico ao fígado.
Os outros sintomas podem ser tratados com medicamentos específicos, como ansiolíticos, para ansiedade, e betabloqueadores, para diminuir a frequência cardíaca.
O iodo radioativo, assim como o iodo comum, é absorvido pela tireoide. Uma vez na glândula, ele causa uma destruição das células que produzem os hormônios. Por isso, a dose deve ser calculada com cuidado, para tentar evitar danos excessivos à glândula.
Como esse tratamento altera drasticamente o funcionamento da tireoide, é possível que a pessoa precise fazer a reposição de hormônios produzidos por ela, a levotiroxina, pelo resto da vida, uma vez que a glândula agora não consegue mais produzi-los.
Em alguns casos, quando por algum motivo a pessoa não possa se submeter ao tratamento com iodo radioativo ou medicamentos, a cirurgia para remover a tireoide pode ser indicada.
Mas esta é uma opção normalmente evitada, pois a cirurgia tem alguns riscos, como causar danos às cordas vocais e às glândulas paratireoides, que são quatro glândulas pequenas localizadas na parte de trás da tireoide, e que têm como função controlar os níveis de cálcio no sangue.
Pessoas que passam pelo procedimento de remoção da tireoide deverão tomar levotiroxina para sempre. E no caso de retirada em conjunto das paratireoides, será necessário tomar remédio para normalizar a concentração cálcio na corrente sanguínea.
Apesar de ser um problema de saúde sério, o hipertireoidismo é totalmente tratável, e raramente traz risco de morte. E com orientação médica adequada, além de algumas pequenas alterações nos hábitos, é possível manter uma qualidade de vida normal.
A crise de tireoide, ou tempestade tireotóxica, ocorre quando há um agravamento dos sintomas do hipertireoidismo, causada geralmente por algum tipo de estresse ou infecção.
Nessa situação, a pessoa pode apresentar febre, dores abdominais, diminuição no nível de consciência e mesmo convulsões.
Outras complicações do hipertireoidismo incluem problemas cardíacos, como arritmias, e aumento do risco de osteoporose.
Veja a seguir o vídeo feito pela nossa nutricionista sobre essa condição de saúde.
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Eu tenho hipertireoidismo e queo edtar atualizada na evolução da doença.