Diversas pesquisas procuram entender como minimizar o impacto da pandemia da COVID-19. Agora, um estudo publicado recentemente trouxe uma boa notícia para aqueles que esperam o fim da pandemia.
O novo estudo apontou um sucesso na criação de anticorpos em animais contra o novo coronavírus. A pesquisa americana constatou que uma mistura de anticorpos superpotentes pode bloquear a ação do COVID-19.
Conheça a pesquisa e saiba como ela pode ajudar no combate ao novo coronavírus!
Uma mistura de anticorpos ultra potentes de pacientes recuperados da COVID-19 comprovou ser eficaz no bloqueio da infecção pelo novo coronavírus. A descoberta foi de um estudo realizado por cientistas de universidades da Alemanha e dos Estados Unidos.
A pesquisa foi divulgada na revista científica Nature, uma das mais importantes do mundo.
De acordo com o estudo, a combinação destes dois anticorpos superpotentes age impedindo que o vírus se conecte às células humanas. Conforme os pesquisadores divulgaram, cada um dos tipos de anticorpos realiza essas tarefas de sobreposição de maneira ligeiramente diferente.
Portanto, é a ação conjunta dos anticorpos que aumenta a eficácia no bloqueio da infecção pela Covid-19.
Os cientistas acreditam que esse “coquetel” pode auxiliar no combate à mutação do vírus.
Algumas variantes do novo coronavírus já foram encontradas durante a pandemia. De acordo com os responsáveis pelo estudo, o uso de uma mistura permite a neutralização de um amplo espectro destas mutações virais.
Os pesquisadores determinaram como os anticorpos funcionavam em nível molecular por meio de estudos de microscopia crioeletrônica.
O estudo sobre os efeitos deste coquetel de anticorpos realizou-se primeiramente em animais. De antemão, ficou comprovado que estes anticorpos diminuíram a inflamação nos pulmões de camundongos e protegeram macacos da infecção.
O primeiro anticorpo age impedindo diretamente as interações com o receptor do hospedeiro. Enquanto isso, a outra versão do anticorpo age bloqueando o vírus, fazendo com que ele não consiga interagir com a membrana do hospedeiro na superfície da célula.
Dessa forma, se não for capaz de se fundir, o novo coronavírus não pode invadir e entregar seu RNA para comandar a célula.
O coquetel de anticorpos precisa passar por testes em humanos para determinar a segurança e eficácia do tratamento. No entanto, os pesquisadores estão confiantes na eficácia da sua utilização.
Na divulgação do estudo, os pesquisadores também demonstraram a esperança de que este coquetel possa fornecer benefícios adicionais em aplicações clínicas. No entanto, é importante notar que ele possui uma ação diferente da vacina.
O biológo Julio Lorenzi, que estuda a resposta imune à COVID-19 na Universidade Rockefeller, em Nova York, explica que esses anticorpos funcionaram para tratamento e prevenção, ou seja, para bloquear o vírus. Por outro lado, com a vacina, você induz a produção de anticorpos.
Apesar de não ser uma vacina, este estudo pode auxiliar na descoberta e na utilização de novas técnicas para combater a pandemia. Um sopro de esperança para aqueles que esperam a vitória contra o novo coronavirus.
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