Uma revisão de estudos publicada no periódico Nutrients reforça os efeitos neuroprotetores atrelados aos cardápios que priorizam vegetais.
Pesquisadores espanhóis e colombianos analisaram dezenas de artigos científicos sobre as vantagens e desvantagens das dietas veganas e vegetarianas em relação à saúde neurológica.
Entre os mecanismos envolvidos na proteção do cérebro, estão a ação antioxidante dos compostos encontrados nas hortaliças e frutos: carotenoides encontrados na cenoura, abóbora e rúcula; polifenóis do brócolis, uvas, laranja; e vitaminas e sais minerais dos feijões e castanhas. As substâncias são capazes de neutralizar os radicais livres, moléculas que, em excesso, podem favorecer a neurodegeneração e aumentar o risco de males como o Alzheimer.
Há ainda a comprovação de que dietas que privilegiam verduras, legumes, frutas, grãos e sementes ajudam a combater inflamações capazes de desencadear danos em estruturas cerebrais.
A presença marcante das fibras, conhecidas por beneficiar a microbiota intestinal, causa impactos positivos na produção de neurotransmissores (mensageiros químicos responsáveis pela comunicação entre as células do sistema nervoso).
No estudo da Nutrients, que aborda a proteção neurológica, são mencionados o ômega-3, a vitamina B12 e o ferro, entre outros nutrientes.
A vitamina B12 é essencial para os neurotransmissores e a sua falta tende a prejudicar a cognição e o humor. O ômega-3, por sua vez, é crucial para manter a fluidez das membranas neuronais. Está presente na linhaça e na chia.
O ferro, por sua vez, é encontrado nos feijões e nas folhas verde-escuras. Sua absorção pode ser melhorada ao combinar tais fontes com fornecedores de vitamina C, como a laranja e o limão, que ajudam na captação do mineral pelas células intestinais.
A suplementação, assim como a dieta, deve ser individualizada e acompanhada de perto por um nutricionista.
Deixe um comentário