Os fibromas (ou miomas) uterinos são tumores benignos formados no útero e, quando ocorrem, não costumam apresentar sintomas. Suas causas ainda são imprecisas, mas seu desenvolvimento está certamente associado a fatores hormonais e ao crescimento e multiplicação celular.
Por quase nunca apresentarem sintomas, os miomas são, geralmente, observados e diagnosticados em exames de rotina. O tratamento costuma levar em conta os aspectos pessoais da paciente e sugerir remoção do tumor somente em casos muito específicos.
Fibromas uterinos, também chamados “miomas uterinos”, são tumores benignos, ou seja, não representam risco à saúde. Esses tumores são formados por tecidos musculares e podem ser únicos ou múltiplos, além de configurar tamanhos diferentes. Podem ser classificados em três tipos, de acordo com a região em que localizam-se no útero:
Os dois últimos tipos descritos, intramural e submucoso, estabelecem vínculos mais fortes com a infertilidade.
Os miomas também são diferenciados quanto à sua aderência ao útero: podem ser sésseis (aqueles que são fixos no útero) ou pediculados (aqueles que ligam-se ao útero através de uma haste ou cordão – pedículo).
A infertilidade é a consequência mais recorrente nos casos de fibromas uterinos. Devido ao local em que se desenvolvem, miomas intramurais e submucosos apresentam maior risco de comprometimento do espaço da cavidade uterina, o que dificulta a possibilidade de gravidez, ao passo que cria empecilhos à implantação do embrião, e, também, potencializa o risco de abortamentos e partos prematuros.
Na maioria dos casos, os fibromas uterinos não manifestam sintomas. Quando manifestam, contudo, os sintomas variam de acordo com o tamanho, quantidade e posição dos miomas. Podem ser os seguintes:
Em gestantes, os fibromas uterinos podem provocar complicações na gestação e, até mesmo, no parto:
As razões que levam à ocorrência dos fibromas uterinos são muito incertas. Sabe-se, porém, que estão estreitamente ligadas a fatores genéticos e hormonais: estrogênios e progesterona (hormônios femininos) alavancam o desenvolvimento dos miomas. Além disso, fatores de crescimento das células musculares, como a produção de novas proteínas, também promovem o crescimento dos miomas.
No mais, algumas condições aumentam o risco do desenvolvimento dos fibromas, como estar em idade reprodutiva, presença do tumor no histórico familiar, obesidade e hipertensão. Também podem ser consideradas em análise a raça da paciente, pois os miomas são mais comuns em mulheres negras, nuliparidade (condição daquela que ainda não teve filhos) e a idade da primeira menstruação (menarca).
O tratamento é realizado após o diagnóstico do tumor, que geralmente é observado em exames de rotina. Em casos sintomáticos, o médico ginecologista pode sugerir exames mais específicos, como exame físico (toque vaginal), ultrassonografia, ressonância magnética e histeroscopia. Estes últimos, além de sinalizar os fibromas, identificam seu tamanho, localização e quantidade.
O tratamento deve ser individualizado, já que leva em conta os aspectos do tumor, os sintomas apresentados pela paciente e seus aspectos pessoais, tais como idade e estado geral de saúde.
Na maioria dos casos, os fibromas são controlados com o uso de medicamentos, como anti-inflamatórios, analgésicos e anticoncepcionais, pois aliviam os sintomas e melhoram a qualidade de vida da mulher. Quando sintomáticos e, portanto, mais graves, pode ser indicada uma cirurgia de remoção dos miomas.
Existem variáveis que podem condicionar a recomendação cirúrgica de casos mais graves. Se a paciente deseja ter filhos ou mesmo preservar sua fertilidade, por exemplo, as opções mais viáveis são cirurgias menos invasivas, que visam tão somente à extração dos miomas.
Já para pacientes que não pretendem engravidar, pode ser recomendada uma histerectomia. Esta cirurgia consiste na retirada total do útero e, além da remoção dos miomas, descarta também futuras ocorrências.
O diagnóstico precoce certamente aumenta a eficácia do tratamento, uma vez que viabiliza o cuidado da paciente o quanto antes, seja via medicamento ou cirurgia.
Em todo caso, é necessário o acompanhamento médico, para certificar-se de um diagnóstico confiável, receber recomendações bem instruídas e observar eventuais mudanças no quadro.
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