A descrição de nódulo hipoecoico na mama, tireóide e fígado pode aparecer no laudo de um exame de ultrassom. Ela se refere à densidade daquele nódulo que, nesse caso, é baixa. Essa característica ajuda o médico ou médica a levantar hipóteses a respeito da malignidade do nódulo.
No caso da tireoide, o fato do nódulo apresentar-se hipoecoico no ultrassom pode aumentar as chances dele ser um câncer. Já tais nódulos na mama e no fígado, raramente são malignos.
Na imagem de ultrassom, esse tipo de nódulo aparece mais escuro do que os tecidos ao redor, o que sugere que seu conteúdo reflete pouco as ondas eletromagnéticas incididas sobre ele, porque é pouco denso, como é o caso da água e da gordura, por exemplo.
Por isso, cistos com líquido em seu interior e nódulos com células gordurosas podem aparecer em tons mais escuros nos exames de ultrassom de mama, tireoide e fígado.
Entretanto, é importante saber que apenas essa característica no ultrassom não é suficiente para concluir se o nódulo é benigno ou maligno. Juntamente com esse dado, outras características do nódulo são avaliadas, assim como os sintomas que a pessoa apresenta. Outros exames radiológicos e físicos são feitos para complementar e auxiliar no diagnóstico.
Se o médico ou médica concluir que o nódulo é suspeito, ou seja, apresenta potencial de ser um câncer, se faz uma biópsia para confirmação do diagnóstico.
Veja quando um nódulo hipoecoico na mama, na tireoide e no fígado pode ser um câncer e quando não deve ser motivo de preocupação.
Ao se deparar com a descrição de um nódulo hipoecoico no laudo do exame de ultrassom, você logo pode pensar que se trata de um câncer o que, inevitavelmente, gera muita ansiedade e preocupação.
Mas, isso é apenas um dado que não é, isoladamente, conclusivo. Com relação às características do nódulo, existem outros parâmetros que são avaliados, além da ecogenicidade (se é hiper, iso ou hipoecoico):
Há, também, outras características de nódulo hipoecoico particulares para cada região em que aparece: mama, tireoide e fígado.
Os nódulos detectados na mama são, na maioria, hipoecoicos e benignos. É o caso dos cistos na mama, cujo interior é líquido, e apresentam uma cápsula externa bem delimitada.
Os nódulos hipoecoicos benignos também podem ser fibroadenomas que, diferentemente dos cistos, são nódulos sólidos. Eles são facilmente movidos sob a pele, são bem delimitados, indolores e possuem uma consistência “emborrachada”, firme.
Nódulos hipoecoicos malignos na mama, apresentam outras características associadas:
Essas características de malignidade do tumor podem ser observadas em casos de carcinoma ductal invasivo, carcinoma lobular invasivo e no câncer de mama inflamatório.
Nódulos podem se desenvolver na tireoide pelo crescimento do tecido da própria glândula ou pelo desenvolvimento de um cisto. Geralmente, os cistos e os nódulos com conteúdo líquido são benignos.
Quando os nódulos na tireoide aparecem hipoecoicos no ultrassom, tendem a ter líquido ou gordura em seu interior. Mas, alguns podem conter algumas partes sólidas, devido a calcificações, o que aumenta as chances de evoluírem para um tumor maligno.
Portanto, essas são as características que aumentam o potencial de malignidade de um nódulo hipoecoico:
Se após uma investigação minuciosa, o médico ou médica suspeitar que o nódulo é maligno, é feita uma punção com uma agulha fina desta massa, para investigação das células que a compõem, que é o exame de biópsia.
A punção de nódulos tireoidianos hipoecoicos é feita quando apresentam mais do que 1 cm. Se o nódulo for iso ou hiperecoico, a punção para biópsia somente é feita quando a massa tem mais do que 1,5 cm.
Nódulos hipoecoicos no fígado são comuns e normalmente descobertos por acaso em exames de imagens do abdômen, realizados para outra finalidade.
Na maior parte dos casos, os nódulos hipoecoicos no fígado são benignos e aparecem isoladamente, geralmente por causa de um emaranhado de vasos sanguíneos que não oferecem riscos. Este é o caso dos hemangiomas, mas os nódulos também podem indicar uma hiperplasia nodular focal ou um adenoma hepático.
Quando os nódulos hipoecoicos no fígado são múltiplos, as chances de serem resultado de uma metástase de tumor maligno aumentam. Nódulos hipoecoicos malignos também podem sugerir linfomas, carcinomas, colangiocarcinomas e sarcomas.
Nos casos de nódulos maiores do que 1 cm, que continuam crescendo ou que mudam de aspecto, exames de imagens mais detalhados, como tomografia e ressonância magnética, e biópsia do fígado podem ser solicitados.
No caso dos nódulos hipoecoicos benignos, nenhum tratamento é necessário, a não ser a observação, cuja frequência é determinada pelo médico ou médico. Alguns nódulos são acompanhados a cada 3 ou 6 meses e outros, a cada 1 ano.
Após um certo tempo de acompanhamento, se não houver mudança de aspecto do nódulo ou crescimento, a observação não se faz mais necessária.
Se, após os exames de imagem mais detalhados e biópsia, for comprovado que o tumor é maligno, o tratamento é cirúrgico, com a ressecção do tumor.
Existem tratamentos menos invasivos, que destroem o tumor sem removê-lo, é o caso da ablação por radiofrequência. Outros tratamentos para câncer, como quimioterapia e radioterapia também podem ser aplicados.
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