Uma das modalidades mais antigas e que vem ganhando cada dia mais adeptos, a corrida também virou parte do dia a dia do Vavo, da banda Fresno. O artista explica como consegue encaixar os exercícios na rotina de shows e família.
O guitarrista e vocalista sempre gostou de esportes coletivos, como futebol e basquete, e iniciou a corrida de rua quase por acaso. “Eu sempre corri muito em esteira, mas essa parada de correr mais sério e marcar o tempo de tudo é recente. Eu sempre gostei de caminhar na rua e de olhar para os lugares, seja em São Paulo ou qualquer outra cidade”, explicou, em entrevista à Quem.
Vavo ganhou iniciou um quadro no YouTube, chamado ‘Vavo a Pé’ – que depois virou programa de televisão – e um projeto chamado ‘Maratona nos Stories’, que me mostrava a distância percorrida e os caminhos que fazia pela cidade. Nessa época, o cantor ainda achava que correr
ainda não era ‘sua praia’.
No entanto, em 2024, quando sua esposa precisou se recuperar de uma fratura na perna e ele ficou nos cuidados dela e dos dois filhos pequenos, Vavo começou a comer à noite, como uma válvula de escape. “Eu ficava mais livre só às 21h ou 22h. E aí, todo fim de dia eu dava uma corridinha de meia hora na Avenida Paulista. Sempre dava pouco mais de 4 ou 5 quilômetros”, declarou.
A prática virou hábito e o artista começou a gostar de correr. “Fui adicionando aos poucos na minha vida. Como a gente viaja bastante para fazer shows em outros lugares, logo virou rotina. Já fiz isso em várias cidades que a gente foi tocar, tipo Goiânia, Brasília, Recife, Florianópolis, Porto Alegre, Rio de Janeiro. Isso entrou meio por linhas tortas na minha rotina, mas agora já faz parte do meu dia a dia”, contou.
Mesmo em dias de apresentação e com rotina de compromissos profissionais, ele não deixa de correr. “Se eu tiver dormido bem na noite anterior, eu vou correr”, declarou. Em um show que realizaram em Florianópolis, por exemplo, ele pegou um voo de manhã e fez uma corrida de 8,8 km à tarde, já na cidade. “Voltei, tomei banho, me preparei, fui para o show. E é legal correr em lugares diferentes também, né? Eu gosto de ver as ruas e lugares que nunca estive antes”, recordou.
Um dos benefícios da corrida, segundo o músico, é explorar lugares novos. “Quantas vezes eu fui para Belo Horizonte na minha vida? 20? 30? Só que eu ficava naquela função de hotel, show, passagem de som, almoço, etc. Na última vez que tocamos na cidade, eu dei uma volta lá que eu nunca tinha dado na minha vida, passei por uns lugares que eu nunca tinha passado nem perto”, pontuou.
Uma das experiências que marcou Vavo foi uma corrida em Atibaia. “Estava no interior de São Paulo, em Atibaia. Eu fui dar a minha corrida lá e na época eu nem corria 10 km ainda. Saí para correr e meio que eu fui longe demais e passei dos limites. Comecei a fazer um caminho de volta, entrei em umas ruas e me afastei mais. Tive que dar uma baita volta e lembro que nesse dia o meu objetivo era acabar quase à noite, mas demorei tempo demais pra voltar”, relatou.
Ele achava que correria 7 ou 8km, mas acabou passando dos 10km, além da caminhada. “Tinha chovido e passei por muitas estradas de terra com poças d’água. Eu não conhecia a cidade e acho uma boa história sobre correr em lugares diferentes sem olhar o mapa”, relembrou.
Vavo apresenta uma lista generosa de benefícios que ele atribuiu à corrida. Para começar, este é um momento só dele, como uma forma de descarregar a energia acumulada do dia e, ao mesmo tempo, se reconecta consigo.
Ele até mesmo percebeu uma melhora no futebol, que joga semanalmente. “Alimentação melhor, dormir melhor, perda de peso, enfim, é uma cadeia de coisas que acabou sendo desencadeada a partir de algo que eu comecei despretensiosamente, a princípio”, lista.
Ainda há os benefícios psicológicos: “A diferença que faz para a cabeça é bizarra. Eu brinco que as corridas são a minha terapia e eu fico ali comigo mesmo pensando na vida. A sensação depois de acabar uma corrida é que fiz uma coisa que fez bem para mim, que faz bem para minha saúde, que faz bem para o meu corpo”.
O músico conta com a motivação de amigos, familiares e fãs. “Fico publicando sobre isso online, sobre um treino que demorou mais de 1 hora e aí a galera interage. Existe um mundo das corridas e de comunidades, mas também é legal que muita gente que é amigo ou conhecido também interage porque usamos o mesmo aplicativo ou porque viram o caminho que eu fiz”, disse, por fim.
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