A biópsia é um procedimento que visa a retirada de tecido para um estudo mais aprofundado. Por isso, veja agora como é feita a biópsia da próstata e saiba o que esperar do resultado.
Alguns homens podem se sentir ansiosos após receber a notícia de que precisam fazer uma biópsia. Nesse sentido, atualmente existe uma campanha de conscientização para detecção do câncer de próstata, conhecida como Novembro Azul, que tem por objetivo promover uma conscientização no que se refere a saúde masculina.
Desse modo, sintomas como dor na próstata e também inchaço na próstata não devem ser ignorados e a causa deles deve ser investigada. Sendo assim, a investigação sempre começa com os exames de rotina, mas quando os resultados são duvidosos, pode ser necessário fazer uma biópsia a fim de confirmar ou descartar alguma doença.
Então, lembre-se que nem sempre uma biópsia é algo ruim, já que existe a chance de não detectar nada. No entanto, é melhor tirar a dúvida e ficar com a consciência tranquila.
Conforme a American Cancer Society (ACS), o câncer de próstata afeta 1 a cada 9 homens e este risco aumenta depois dos 50 anos de idade. Apesar de sua alta incidência, há tratamento para o câncer de próstata e esses apresentam boas chances de cura, principalmente no inicio da doença.
Quando exames de rotina da próstata, como o exame de toque e o exame de PSA, mostram alterações significativas, o urologista pode solicitar uma biópsia da próstata, uma vez que é a única maneira de confirmar a presença de um câncer.
Assim, uma biópsia de próstata é indicada se:
Existem algumas solicitações que podem ser feitas pelo médico antes da biópsia, incluindo:
Uma biópsia de próstata pode ser feita de duas formas: uma biópsia guiada por ultrassonografia transretal ou uma biópsia transperineal.
A biópsia transretal é a mais comum. Nela, é preciso que você se deite de lado e abrace os joelhos contra o peito ou então que você fique deitado de bruços.
Em seguida, o médico limpa toda a região, aplica um gel no reto e a anestesia local. Então, introduz-se uma sonda de ultrassom bem fina no reto, capaz de gerar ondas sonoras para criar imagens nítidas da sua próstata.
Assim, com a ajuda da sonda de ultrassom e de outras ferramentas acopladas a ela, é possível guiar uma espécie de agulha usada para remover a amostra de tecido da próstata que será enviada para análise.
Nesse sentido, geralmente coleta-se pelo menos 10 fragmentos de tecido de diferentes regiões da glândula. No entanto, o procedimento é bem rápido e você não sentirá muita coisa depois da anestesia.
A biópsia transperineal é um pouco mais invasiva e envolve um pequeno corte no períneo (pele que fica entre o ânus e o escroto).
Nesse procedimento, raramente usado nos dias de hoje, insere-se uma pequena agulha através do corte, tornando possível a remoção dos tecidos para a biópsia. Além disso, geralmente o médico conta com o apoio de técnicas de imagem como a ressonância magnética ou a tomografia computadorizada para guiar o procedimento.
Em ambos os procedimentos, o repouso absoluto não é necessário. Por isso, após algumas horas em observação, o médico deve liberar o paciente para voltar para casa e recomendar que ele evite fazer esforço excessivo durante um ou dois dias após o procedimento. Além disso, é importante lembrar de utilizar corretamente o antibiótico ou analgésico, caso seja indicado pelo médico.
Ao fim do procedimento, podem ser observados alguns desconfortos como:
Entretanto, como qualquer procedimento invasivo, a biópsia da próstata tem seus riscos e é preciso ter ciência de que complicações podem ocorrer. Assim, as principais complicações que podem ser observadas são classificadas em imediatas e tardias:
Algumas dessas complicações podem ser tratadas pelo médico de forma tranquila. No entanto, em casos muito raros, o paciente pode desenvolver a sepse, uma infecção muito grave que requer intervenção médica imediata. Os sinais de sepse podem incluir:
Um médico especializado analisará as amostras da biópsia e fará um laudo médico sobre o que ele observou. Esse relatório pode conter informações como:
O médico descreve a aparência e as características das células do tecido da próstata quando observadas em um microscópio.
Nesta seção, alguns termos médicos que você não conhece podem ser mencionados. Os termos usados para designar anormalidades nas células que são consideradas pré-cancerosas são “neoplasia intraepitelial da próstata (NIP ou PIN)” ou “proliferação acinar atípica“. Se essas anormalidades forem pouco significativas, não há nenhum problema, mas do contrário é possível que um câncer se desenvolva a partir delas.
O termo “carcinoma in situ” é usado para se referir a células que ainda não são cancerígenas, mas que têm grande potencial de se tornar um câncer.
Nesse sentido, se algum dos termos acima apareceu no seu laudo, aproveite para ver dicas de como prevenir o câncer de próstata e saiba quais são os bons alimentos para a próstata.
Mas, vale ressaltar que se aparecer a palavra “adenocarcinoma” no seu exame, pode se referir à presença de uma célula cancerígena na próstata, confirmando a presença do câncer. Então, é necessário classificar os estágios para traçar as melhores condutas.
A presença de adenocarcinoma deve ser classificada a partir da chamada escala ou pontuação de Gleason, que avalia o grau do câncer de acordo com o quanto as células do tumor se parecem com o tecido normal da próstata.
Trata-se de uma escala que varia de 2 a 10. Então, quanto mais próximo de 10, mais anormal são as células cancerígenas e maior é a probabilidade de elas crescerem e se espalharem rapidamente.
No fim do relatório, pode haver uma seção em que é dado o diagnóstico da biópsia. Nesse sentido, essa conclusão é um resumo sobre a identificação ou não de células cancerígenas, além de comentários adicionais dando detalhes sobre o câncer.
Além disso, de acordo com o Núcleo de Estudo em Onco-Urologia (Neo-Uro), cerca de 15 a 30% dos casos de câncer são diagnosticados apenas na segunda biopsia, estando presente fatores indicativos para a sua realização. Nesses casos, prefere-se realizar uma nova biópsia apenas após 6 semanas da primeira.
O câncer de próstata tem um alto índice de cura. Por isso, converse com seu médico sobre os resultados e tire suas dúvidas sobre o tratamento indicado por ele.
Nesse sentido, o plano de tratamento vai depender da pontuação de Gleason, da quantidade de células comprometidas e de muitos outros fatores que precisam de uma análise com cuidado. As opções de tratamento geralmente incluem a radiação, a quimioterapia, a crioterapia, a terapia hormonal ou a cirurgia da próstata.
Ainda há casos em que mesmo quando um câncer de próstata é identificado não há necessidade de tratamento imediato. Assim, essas situações ocorrem quando a pontuação de Gleason é muito baixo e não há nenhum sintoma perceptível.
Desse modo, a opção por não tratar o câncer parece ser irresponsável, mas ela é indicada quando não há risco de a doença se espalhar ou quando os riscos do tratamento são maiores do que os riscos associados ao próprio câncer.
Como você pode notar, existem muitas possibilidades sobre o que fazer. Por isso, o ideal é bater um papo com seu médico e decidir junto com ele qual é a melhor estratégia que vocês devem adotar.
A seguir, veja algumas dicas de alimentação funcional para a próstata com a nossa nutricionista Patrícia leite.
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