Embora a comida macrobiótica tenha se popularizado na década de 60, com o movimento hippie, sua criação é bem anterior a essa data.
Na verdade, a ideia da alimentação macrobiótica não está somente relacionada a uma dieta, mas, sim, a um estilo de vida.
No final do século XIX, o japonês George Ohsawa buscou uma ideologia de se alimentar seguindo o fluxo energético dos opostos: yin (negativo) e yang (positivo), tendo como representação o doce e o salgado, o frio e o quente, etc. Para os orientais, o yin e o yang deverão estar sempre em equilíbrio para que haja saúde.
Qual seria o princípio que rege esse tipo de alimentação?
A comida macrobiótica não está focada somente na perda de peso, mas, principalmente no equilíbrio. Os seguidores dessa dieta são incentivados a comer com regularidade, mastigar os alimentos devagar e muito bem, escutarem os sinais que o nosso corpo nos envia constantemente, permanecermos em atividade e termos uma atitude de positividade e alegria em relação à vida.
Os alimentos priorizados são os naturais, livre de agrotóxicos, não industrializados, sem conservantes, gorduras hidrogenadas e farináceos brancos, nada de gordura trans e sódio, nenhum tipo de alimentos congelados ou enlatados, nada de chocolate ou açúcar.
A ideia é que, numa mesma refeição, os dois tipos de alimentos estejam presentes, onde as energias Yin representam a flexibilidade e frieza, enquanto as energias Yang são ligadas à força e dinamismo.
Curiosamente, segundo essa filosofia, as pessoas que têm por hábito, um consumo maior de alimentos Yin tendem a ser mais dependentes e depressivas, enquanto as outras, que seguem com uma alimentação Yang, costumam ser mais agressivas e dominadoras. Mas, como saber quais alimentos pertencem a cada uma delas? Vamos a eles:
Aveia, milho, cevada, centeio, abóbora, alcachofra, cogumelos, ervilhas, lentilhas, tomate, berinjela, espinafre, beterraba, alho, pimenta, pepino, couve-flor, pescados, carne de porco, de vaca, derivados do leite, mel, açúcar, café, chás, vinho.
Arroz, alface, repolho, grão de bico, trigo, nabo, cebola, salsa, agrião, cenoura, azeitonas, amêndoas, alho poró, rabanete, linguado, salmão, camarão, atum, sardinha, vinagre, sal marinho, mostarda, baunilha, açafrão, alecrim, óleos vegetais, pato, peru, ovos, leite e derivados.
Embora as carnes e alguns outros alimentos estejam na lista, deverão ser excluídos, aos poucos, de uma dieta macrobiótica, até que o próprio organismo não sinta mais sua falta.
Os alimentos que constituem os principais pilares dessa dieta são os cereais integrais, os grãos e legumes, muitas verduras, pouca gordura e muitas fibras. Quem já segue esse tipo de alimentação está a um passo da dieta macrobiótica.
Preferencialmente, entre 40% a 60% da comida macrobiótica deverá ser abastecida de alimentos orgânicos, grãos integrais como o arroz integral, a cevada, milho e aveia. Os legumes deverão ocupar entre 20% a 30% do total. Os 10% restantes deverão ser reservados aos feijões e derivados, tofu, missô, e frutos do mar, como algas. Também é permitido o consumo de peixe fresco, frutas, picles e nozes. A comida macrobiótica deverá ser adoçada com xarope de arroz, quando necessário.
Agora que já temos uma noção dos alimentos e modo de vida propostos pela alimentação macrobiótica, vamos explorar melhor como e quando usar cada um dos alimentos que fazem parte dessa dieta.
Grãos integrais e produtos à base de farinha
Legumes
Feijões
Alimentos especiais
Os alimentos abaixo deverão ser usados esporadicamente ou evitados.
É preciso a orientação de um nutricionista para não passar a sofrer de carência nutricional, devido à falta de alguns alimentos importantes, por exemplo, as carnes, que são fonte de proteínas e de seus aminoácidos.
O consumo exagerado de carboidratos nos cereais permitidos na dieta, poderão provocar aumento de peso.
Como já dissemos anteriormente, a dieta macrobiótica envolve não somente alimentos, mas, todo um comportamental diferenciado. É preciso mastigar os alimentos, no mínimo, 50 vezes. A seguir, faz-se uma pausa, onde a gratidão deverá ser expressada antes de ingerir nova porção.
A proposta é que a pessoa se alimente somente duas ou três vezes ao dia, encerrando sempre que o primeiro sinal de saciedade surgir.
Na comida macrobiótica os alimentos são cozidos no vapor, ou grelhados. Há preferência por utensílios naturais como barro e vidro.
Essa proibição não existe, porém, é possível adaptá-la facilmente, caso seja necessário.
A dieta macrobiótica, por ser extremamente saudável, exigirá uma boa dose de disciplina para os iniciantes, não sendo tão simples assim abrir mão de uma série de alimentos a que estamos habituados, porém, para os que conseguem segui-la, à risca, sem dúvida conseguirão melhorar, sobremaneira, a qualidade de vida, principalmente se, aliado a ela, houver também a opção pela prática de alguma atividade física.
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Metem o pau na macrobiótica. Não conhecem profundamente o seu cardápio bem como o seu dia a dia. São aqueles que dizem que o arroz integral é insuportável. Não sabem mastigar outro alimento que dirá o arroz integral. Será que ele tem condições de mastigar cada bocado de arroz 70 vezes pausadamente, para conhecer o seu sabor de mingau de aveia e aproveitar o milagre da saúde. É o seu principal alimento. É o carro chefe. Água, fogo brando, uma pitada de sal, maciez. Hoje, no mundo moderno, a salivação é por conta da coca cola. A batata frita é o vilão. É extremamente difícil largar isso, ver a barriga fazer ruído por conta da quantidade, ver a gordura se esvair, às calças folgarem e a disposição aumentar. Dormir oito horas de sono sem intervalos, acordar sem dores ou preguiça, disposto e -ainda- dispensar papel higiênico. É fácil fazer crítica quando não se conhece – de fato- o que significa a macrobiótica. A saúde é o bem maior e não há como negar. Beleza não põe mesa. Peso é para balança. Feio por fora e lindo por dentro. Não existe lugar para o paraízo de doenças.
Não há alimentação melhor para saúde.
Não é indicada para quem não deseja ficar magra, ou seja, prefere ser gorda.
Acho melhor um magro com saúde.
Posso falar por que conheço, foi difícil e muito difícil, mas funciona para quem deseja ficar longe de hospital.
O arroz integral, grão curto, cateto é o melhor, faz milagre. Um alimento abençoado.
O macrobiótico é magro e cheio de muita energia.