A dieta paleolítica propõe a volta da alimentação de nossos ancestrais – que se alimentavam de carne, frutos e sementes, com a justificativa de que essa é a alimentação para a qual nosso organismo foi moldado por milhões de anos. Descubra a seguir como é feita a dieta paleolítica, como ela funciona e, principalmente, como você pode realizá-la.
A dieta paleolítica foi construída com a premissa de que doenças comuns nos dias de hoje (diabetes, distúrbios metabólicos, problemas do coração, obesidade e etc.) são respostas do corpo ao excesso de carboidrato, açúcar e alimentos processados impostos pela dieta contemporânea.
Se dizem que a balança não mente, podemos afirmar que os números mentem menos ainda. De acordo com dados divulgados pelo IBGE em 2015, nada menos que 56,9% dos brasileiros estão fora da faixa ideal de IMC.
Carboidratos como pães, arroz, macarrão e outras massas e batatas são completamente proibidos, bem como feijão e sobremesas de uma maneira geral. Alguns alimentos como batata doce, beterraba e cenoura são exceções e podem ser inseridos no cardápio. Os temperos devem ser sempre os mais naturais possíveis, frescos, bem como os ingredientes orgânicos. Conheça mais sobre as receitas da dieta paleolítica para almoço e jantar.
A dieta paleolítica prevê a eliminação do consumo de alimentos industrializados em geral, com glúten ou lactose, uma vez que o consumo destes alimentos atualmente pode estar associado ao ganho de peso, aparecimento de inflamações, distúrbios endócrinos e metabólicos, e também é um tipo de dieta que pode consumir algumas sobremesas. Descubra quais são as sobremesas permitidas na dieta paleo.
As frutas são mais perigosas pois acabam sendo mais calóricas do que os vegetais. E os especialistas indicam o consumo cru desses alimentos pois assim eles conservam suas propriedades e suas fibras, ajudando na saciedade e consequentemente causando a perda de peso pela menor ingestão de alimentos. Aprenda mais e saiba se a dieta paleo ajuda a emagrecer.
Mas como podemos ter chegado a estes valores quando lemos que no Brasil 1 em cada 5 mulheres já fizeram mais de 10 dietas na vida, e milhões de reais são gastos todos os anos com produtos light e diet?
A conclusão parece ser uma só: dietas não funcionam, pois se o fizessem, não teríamos no país mais de 82 milhões de pessoas com IMC acima de 25 (veja como calcular seu IMC ideal).
Bom, se fazer dieta não emagrece, então por que falar de mais uma? Qual a diferença da dieta paleolítica para as demais? E como exatamente funciona a dieta paleolítica para emagrecer?
Porque as dietas tradicionais não funcionam
Como dissemos acima, se reduzir drasticamente as calorias e passar fome adiantasse, não ouviríamos casos de pessoas que já fizeram inúmeras dietas mas mesmo assim voltaram a engordar.
Mais difícil que emagrecer, portanto, é manter o ponteiro da balança no lugar em que ele realmente deveria ficar. E por que isso ocorre?
As explicações são as mais variadas, mas o que sabemos é que nosso corpo não reage bem a longos períodos de escassez alimentar.
Um estudo publicado em 2017 na revista científica eLife explica que há um mecanismo de defesa do corpo que tem a ver com a regulação do apetite que dificulta a perda de peso em dietas muito restritivas.
Culpemos nossos ancestrais por isso, mas a verdade é que, ao menor sinal de redução na ingestão de calorias, o cérebro emite um sinal para que o corpo pare de gastar tanta energia. Ao mesmo tempo, recebemos um aviso para começar a consumir mais calorias para tentar repor o que está sendo eliminado dos estoques de energia do corpo. Ou seja, o corpo se adapta de acordo com a disponibilidade de alimentos e, por causa disso, algumas dietas podem causar o efeito contrário desejado.
Traduzindo: durante a dieta, o corpo entra em “estado de sobrevivência”, e passa a acumular tudo o que você consome. E pior: ainda aumenta o apetite.
O resultado desse mecanismo nós já conhecemos, e pode ser resumido na sequência abaixo:
Dieta → queda no metabolismo → dificuldade para emagrecer → apetite nas alturas → dificuldade para seguir o regime → compulsão alimentar → culpa → dieta → repita.
E como quebrar esse círculo vicioso?
Parando de fazer dietas que fazem você passar fome e consumindo alimentos que fazem bem ao corpo.
Apesar do nome, a dieta paleolítica – ou dieta paleo, como também é conhecida – não é propriamente uma dieta, mas sim um estilo alimentar. A denominação se refere ao modo como nossos ancestrais se alimentavam na Era Paleolítica, um período que abrange de 3 milhões atrás até pode volta de 10 mil anos antes de Cristo.
Imagine do que se alimentavam os “homens das cavernas”, quando não existiam máquinas para agricultura, utensílios para culinária e muito menos alimentos industrializados?
Certamente, nada de cereais e grãos, pois não podiam cozinhar. Açúcar, massas e queijos também não entravam na dieta de nossos antepassados, que só poderiam comer aquilo que caçavam ou coletavam.
Por isso, a dieta paleolítica propõe uma alimentação baseada em tudo que tínhamos o hábito de comer milhares de anos atrás. Segundo os criadores da dieta paleo, nosso corpo não estaria geneticamente adaptado a consumir boa parte do que colocamos no prato hoje em dia.
Esse descompasso entre a alimentação moderna e a “configuração” do nosso corpo seria, ainda de acordo com os defensores desta filosofia alimentar, o responsável pela atual epidemia de obesidade.
A dieta paleolítica serve para melhorar a saúde, e a perda de peso acaba sendo um efeito secundário do processo. Com a eliminação de opções pouco saudáveis, como alimentos açucarados e recheados de aditivos, o organismo tende a se reequilibrar e otimizar o metabolismo.
Alguns dos benefícios da dieta paleo incluem melhor controle da glicemia, redução do apetite, leve alcalinização do corpo e diminuição das inflamações.
Um estudo de revisão científica publicado em 2019 na revista Nutrition Journal mostra que a dieta paleolítica pode reduzir o peso corporal e a circunferência da cintura. No entanto, cientistas envolvidos em um estudo anterior de 2017 do periódico Nutrition and Obesity afirmam que a perda de peso tem mais a ver com a restrição calórica do que com a dieta paleo em si. Embora ainda não se saiba o real motivo por detrás do emagrecimento, a dieta paleo parece contribuir com a perda de peso.
Em 2017, uma pesquisa do periódico Diabetes/Metabolism Research and Reviews sugeriu que pessoas com diabetes do tipo 2 apresentaram melhoras relacionadas à sensibilidade à insulina, ao controle glicêmico, à redução de gordura e ao hormônio leptina que inibe a fome após adotar uma dieta paleolítica. Tais fatores contribuem não só para o controle da diabetes como também para evitar outros problemas como a obesidade e doenças cardiovasculares.
Aliás, um estudo de 2019 da revista Advances in Nutrition indica que uma dieta paleo pode melhorar alguns fatores de risco associados a problemas cardiovasculares. O consumo de carnes magras, peixes, frutas, legumes e nozes pode contribuir para:
Mais estudos ainda precisam ser realizados, mas a dieta paleo parece reduzir o risco de vários problemas de saúde e, de quebra, facilitar a perda de peso.
A dieta paleolítica serve para melhorar a saúde, e a perda de peso acaba sendo um efeito secundário do processo. Com a eliminação de opções pouco saudáveis, como alimentos açucarados e recheados de aditivos, o organismo tende a se reequilibrar e otimizar o metabolismo.
Alguns dos benefícios da dieta paleo incluem melhor controle da glicemia, redução do apetite, leve alcalinização do corpo e diminuição das inflamações.
Um estudo de revisão científica publicado em 2019 na revista Nutrition Journal mostra que a dieta paleolítica pode reduzir o peso corporal e a circunferência da cintura. No entanto, cientistas envolvidos em um estudo anterior de 2017 do periódico Nutrition and Obesity afirmam que a perda de peso tem mais a ver com a restrição calórica do que com a dieta paleo em si. Embora ainda não se saiba o real motivo por detrás do emagrecimento, a dieta paleo parece contribuir com a perda de peso.
Em 2017, uma pesquisa do periódico Diabetes/Metabolism Research and Reviews sugeriu que pessoas com diabetes do tipo 2 apresentaram melhoras relacionadas à sensibilidade à insulina, ao controle glicêmico, à redução de gordura e ao hormônio leptina que inibe a fome após adotar uma dieta paleolítica. Tais fatores contribuem não só para o controle da diabetes como também para evitar outros problemas como a obesidade e doenças cardiovasculares.
Aliás, um estudo de 2019 da revista Advances in Nutrition indica que uma dieta paleo pode melhorar alguns fatores de risco associados a problemas cardiovasculares. O consumo de carnes magras, peixes, frutas, legumes e nozes pode contribuir para:
Mais estudos ainda precisam ser realizados, mas a dieta paleo parece reduzir o risco de vários problemas de saúde e, de quebra, facilitar a perda de peso.
Na época paleolítica, os seres humanos não tinham à disposição sempre os mesmos alimentos. Assim, eles comiam o que estava disponível.
Mesmo considerando essa variedade, quando comparada com a dieta ocidental atual, a dieta paleolítica apresenta um nível mais alto de proteínas, fibras e gorduras. Ela também contém um teor muito mais baixo de açúcar, sal e de carboidratos ricos em amido.
A principal premissa da dieta paleolítica é comer alimentos naturais que faziam parte da dieta do homem antes do surgimento da agricultura. Como na caverna não se contavam calorias, a dieta paleo também prega a alimentação sem um controle rígido da quantidade do que se coloca no prato.
Justamente por esse motivo, o mais importante na dieta é o tipo de alimento – e não seu valor energético. Se fôssemos resumir a filosofia da dieta paleolítica em poucas palavras, diríamos que ela se baseia em:
Seguir a dieta paleolítica é bastante simples. Para resumir em uma única frase: é só cortar todos os alimentos processados. Alguém já disse que, se tem embalagem e rótulo, então nossos ancestrais não consumiam.
Não é necessário controlar as calorias nem contar os carboidratos. Como é naturalmente rica em fibras, proteínas de alto valor biológico e frutas de baixo índice glicêmico, a dieta paleo traz mais saciedade e desestimula a compulsão alimentar típica das dietas de poucas calorias.
Hoje já existem variações da dieta paleo e algumas delas até permitem alimentos “modernos”, mas sempre com moderação e preferindo os alimentos que nossos ancestrais ingeriam. Exemplos de alimentos que podem ser incluídos em uma dieta paleolítica moderna incluem a manteiga e alguns grãos sem glúten como o arroz.
Confira abaixo os alimentos permitidos na dieta paleolítica e aqueles que devem passar longe do seu cardápio.
Carnes, ovos, hortaliças, sementes, frutas, nozes e castanhas devem ser a base da sua alimentação paleo. Não se prenda às calorias: simplesmente escolha os alimentos da lista abaixo que mais lhe agradam e coma até se sentir saciado (ou seja, até passar a fome, e não até se empanturrar).
Com base nos alimentos permitidos na dieta paleolítica, sugerimos abaixo um cardápio semanal, lembrando que substituições são permitidas desde que que você utilize “alimentos paleo”.
Fontes consultadas:
Referências adicionais:
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