Uma noite mal dormida deixa qualquer pessoa com muitas dificuldades no dia seguinte, pois o sono é realmente sagrado para muitas funções no organismo. Mas será que dormir mal também pode aumentar o açúcar no sangue?
Ficar sem dormir ou não ter um sono de qualidade tira a nossa concentração, nos deixa mal-humorados e até com o raciocínio muito lento. No entanto, os prejuízos da falta de descanso noturno ao nosso corpo vão muito além disso.
Estudos científicos relacionam a má qualidade do sono a diversas doenças metabólicas como hipertensão arterial (pressão alta), hipercolesterolemia (colesterol alto) e até diabetes tipo 2
Para o nosso corpo funcionar bem, precisamos de três coisas básicas: comida, água e descanso (sono).
Durante o período em que o corpo dorme acontecem processos fisiológicos que fazem os nossos órgãos trabalharem em plena harmonia. Os tecidos são reparados, os neurônios guardam as informações e alguns hormônios agem para regular as devidas funções do organismo.
Por exemplo, os hormônios do nosso sistema endócrino, como a insulina (responsável por transportar a glicose que está no sangue para dentro das células), têm o seu maior pico no período em que estamos dormindo.
Quando não temos uma boa noite de sono, a insulina fica com o ciclo incorreto e isso dificulta as suas funções. Desta maneira, ficará defasado o transporte da glicose sanguínea para dentro das células, onde ela cumpre a função de fornecer energia para o corpo trabalhar e funcionar corretamente.
Neste caso, o que pode acontecer é o açúcar se acumular no sangue e provocar uma hiperglicemia, mas isso pode ser revertido a partir da mudança de hábitos alimentares, prática de exercícios físicos e boas noites de sono.
Quando a hiperglicemia não se reverte, o corpo pode adquirir uma resistência à insulina, ou seja, a glicose já está tão acumulada no sangue que o transporte para dentro das células passa a ser uma tarefa muito difícil para a insulina realizar. Isso vai se tornando cada vez mais difícil, até que um dia vira irreversível e surge a diabetes tipo 2.
Há outro importante hormônio que pode estar relacionado ao risco de diabetes e noites mal dormidas: o cortisol, mais conhecido como hormônio do estresse.
O cortisol é um hormônio que serve para nos manter alertas e começa a ser produzido nas primeiras horas da manhã para nos despertar.
O problema é que a sua produção excessiva exerce um efeito contrário ao da insulina, aumentando a glicose sanguínea, ou seja, eleva o risco da hiperglicemia e da diabetes tipo 2, e a privação de sono contribui para a elevação do cortisol.
Pessoas que estão com dificuldades para dormir podem acabar adquirindo hábitos alimentares ruins durante o período em que estão acordadas de madrugada, pois a fome nesse horário é um convite a um assalto a geladeira ou ao armário de guloseimas.
O que acontece é que quando a fome ataca de madrugada, dificilmente a pessoa será seletiva para escolher os melhores alimentos. Assim, ela acaba optando por comidas mais calóricas e mais práticas para comer, como bolachas doces e recheadas, salgadinhos de pacote, bolos, pizzas congeladas e refrigerantes.
Dificilmente quem está acordado de madrugada vai escolher comer uma maçã ou um prato de saladas. É aí que está o perigo, caso isso se torne um hábito e aconteça durante muitos dias da semana.
Foram realizados estudos sobre o comer noturno (de madrugada) que apontaram uma maior prevalência de diabetes entre os participantes que acordam durante a noite e atacam a geladeira, em comparação àqueles participantes que tinham melhor qualidade de sono.
Estes hábitos contribuem para um maior ganho de peso, aumento do colesterol e da glicemia, por isso também entram como um risco para a diabetes.
O nosso corpo vive as 24 horas do dia regido pelo ciclo circadiano, que determina todas as funções deste período, é o que chamamos popularmente de relógio biológico.
Este ciclo é regido por dois hormônios: um, nós já citamos e é o cortisol, produzido logo nas primeiras horas do dia e que nos faz acordar, já o outro é a melatonina, produzida no início da noite e que é responsável pelo nosso sono.
Em algumas situações de estresse, podemos ter a produção da melatonina diminuída e isso afeta a qualidade do sono. Além disso, esse hormônio também diminui a sua produção com o avanço da idade.
Atualmente, é possível usar a melatonina como suplemento nos casos em que a sua produção esteja prejudicada.
Entretanto, antes disso, é preciso passar por uma avaliação médica e seguir as orientações do profissional de saúde em relação ao seu uso, pois quando a melatonina é utilizada inadequadamente, ela pode parar de fazer efeito. Portanto, é fundamental não exagerar na dosagem.
A insônia pode ter relação com uma série de fatores, como:
Ao saber a maioria das suas possíveis causas, podemos procurar melhorar alguns aspectos. Por isso vale a pena adquirir alguns hábitos antes de dormir, como:
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