Talvez o nome do medicamento não soe estranho e você até já tenha ouvido falar a respeito dele, mas será que sabe dizer para que serve a pregabalina?
Bem, o remédio é um anticonvulsivante, que se liga a canais presentes no sistema nervoso central, inibindo a sinalização de dor e a liberação de alguns neurotransmissores, que são como mensageiros químicos no cérebro. Ele age regulando a transmissão de mensagens excitatórias entre as células nervosas.
A pregabalina, cuja marca de referência é a Lyrica®, só pode ser adquirida em farmácias e drogarias com a apresentação e retenção de receita médica.
Veja a seguir, com mais detalhes, para que serve a pregabalina, quem não pode utilizar esse medicamento, como tomar e quais são os seus possíveis efeitos colaterais.
A pregabalina pode ser indicada para os seguintes quadros clínicos e doenças:
Os efeitos do uso da pregabalina costumam ser notados em aproximadamente uma semana depois do início do tratamento.
Os usos relatados acima estão descritos na bula, mas a pregabalina também pode ser prescrita por alguns profissionais de saúde para o tratamento de outras situações médicas, que não constam na bula. Esses usos são chamados de “off label”:
Assim como acontece com as indicações de pregabalina descritas na sua bula, o uso off label do medicamento também deve ser feito sob orientação e acompanhamento médico.
Tão importante quanto saber para que serve a pregabalina é conhecer quem não pode tomar o remédio.
Por exemplo, o medicamento é contraindicado para pessoas que possuem alergia à pregabalina ou a qualquer outro componente da fórmula.
O uso da pregabalina também é contraindicado para menores de 18 anos, assim como ela não deve ser usada por lactantes (mulheres que amamentam). Além disso, o remédio não pode ser utilizado por gestantes sem a devida orientação médica.
Além disso, o paciente que recebeu do seu médico a indicação de usar pregabalina deve informar ao profissional de saúde caso tenha:
Os comprimidos de pregabalina estão disponíveis nas dosagens de 50, 75 e 150 mg. Eles devem ser tomados por via oral, com ou sem o acompanhamento de alimentos. Eles não devem ser partidos e nem mastigados, mas engolidos inteiros com um pouco de água.
A dose diária recomendada varia conforme o problema a ser tratado. No caso de dor neuropática, TAG e epilepsia, a indicação da bula é de 150 a 600 mg por dia, divididos em duas doses. Já para fibromialgia, a indicação é de 150 a 450 mg por dia, divididos em duas doses.
Mas, em todas as indicações, a dose inicial recomendada é 75 mg, via oral, duas vezes ao dia (150 mg por dia).
Então, com base na resposta individual e na tolerabilidade do paciente, o médico poderá aumentar a dose para 150 mg, duas vezes ao dia, após um intervalo de três a sete dias e, se necessário, até a dose máxima descrita acima por indicação, duas vezes ao dia, após o mesmo intervalo.
A decisão de aumentar ou diminuir a dose é exclusiva do médico, portanto, não faça nenhum ajuste na dose sem a orientação do profissional.
Quando o tratamento precisar ser descontinuado, o processo deve ser gradual, ao longo de, no mínimo, uma semana. A retirada brusca do medicamento pode levar ao aumento de crises convulsivas em pessoas que têm epilepsia.
Pacientes que têm a função renal comprometida precisam ser tratados com uma dose ajustada, considerando o seu clearance de creatinina. Este cuidado se estende aos idosos, que podem apresentar uma diminuição da função renal. Para pacientes com insuficiência renal, a dose inicial deve partir de 25 mg.
Se você esquecer de tomar uma dose do medicamento, tome assim que lembrar, a menos que já esteja próximo ao horário da próxima dose. Neste caso, pule a dose esquecida e tome apenas a próxima, continuando normalmente o esquema de doses recomendado pelo seu médico. Não é recomendado tomar uma dose duplicada do medicamento.
Como o esquecimento de uma dose pode comprometer o tratamento, considere colocar alarmes ou lembretes para você não esquecer de tomar a pregabalina.
Os efeitos colaterais mais comuns do uso da pregabalina são tontura e sonolência. Além disso, a dor de cabeça é classificada como uma reação muito comum do remédio, ou seja, que ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam o medicamento.
Já a lista de efeitos colaterais comuns da pregabalina, que ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que usam o remédio, inclui:
Leia a bula do remédio na íntegra para conferir a lista completa de possíveis efeitos colaterais do medicamento.
A tontura, os desmaios, a perda da consciência e a sonolência associados ao uso da pregabalina podem aumentar a ocorrência de acidentes, como quedas, especialmente perigosos em idosos.
É aconselhável não dirigir, operar máquinas complexas, nem exercer outras atividades potencialmente perigosas enquanto estiver fazendo uso do remédio, pois a habilidade e capacidade de reação podem estar prejudicadas.
O uso crônico de pregabalina pode levar à dependência, quando a pessoa apresenta histórico de abuso e dependência de outras substâncias químicas.
Por isso, o tratamento com este fármaco deve ser acompanhado de perto pelo médico ou médica responsável, para monitorar como está a resposta da pessoa ao medicamento e se ela apresenta sinais de abuso e dependência química.
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