Dor e formigamento na mão podem ser sinais da síndrome do túnel do carpo. Essa síndrome ocorre quando o nervo mediano, que fica na palma da mão, é comprimido, causando vários sintomas desagradáveis.
O nervo mediano é responsável por boa parte do nosso tato. Assim, sua compressão pode causar a sensação de dormência ou falta de sensibilidade nos dedos, principalmente no polegar e no indicador. Além disso, a síndrome pode afetar apenas uma ou ambas as mãos.
Apesar do desconforto, a condição pode ser tratada. Como a síndrome do túnel do carpo é uma doença que progride ao longo do tempo, é recomendado iniciar o tratamento o quanto antes para evitar prejuízos ao seu bem estar.
O túnel do carpo é uma passagem anatômica que fica no punho. Dentro dele estão os tendões e o nervo mediano, que são responsáveis pelos movimentos e sensibilidade dos dedos.
A síndrome do túnel do carpo é o tipo mais comum de neuropatia que afeta os nervos periféricos. Nesse caso, os nervos medianos das mãos são pressionados e causam bastante incômodo.
A compressão do nervo mediano pode ter várias causas. Por exemplo, uma irritação ou inflamação nos tendões pode causar inchaço e exercer pressão sobre o nervo mediano.
Por conta das alterações hormonais que ocorrem na gravidez, mulheres grávidas também podem sofrer com a síndrome do túnel do carpo. Além disso, uma publicação do Jornal da Universidade de São Paulo indica que os sintomas do problema podem ter relação com doenças pré-existentes, como por exemplo a diabetes, a artrite reumatoide, a obesidade, o hipotireoidismo e a lesão por esforço repetitivo (LER).
Sendo assim, realizar movimentos repetitivos e ter alguma das doenças acima são considerados fatores de risco para desenvolver a síndrome.
Os sintomas ocorrem nas mãos e nos dedos e os mais comuns são:
Sem o tratamento adequado, os sintomas podem piorar progressivamente. Algumas pessoas podem sentir dor que irradia para o braço. Além disso, podem surgir outros problemas como a dificuldade para fechar os punhos e a fraqueza nos músculos da mão.
O objetivo do tratamento da síndrome do túnel do carpo é aliviar os sintomas e evitar que a doença avance. Além de tomar os remédios prescritos por um médico, é preciso adotar medidas para reduzir a pressão no nervo mediano e, assim, amenizar os sintomas.
Quando a condição é causada por outras doenças, como por exemplo a diabetes ou a artrite, é importante tratá-las.
Os analgésicos podem ajudar a aliviar as dores nas mãos. Mas quando a síndrome é causada por uma inflamação, os remédios que ajudam a lidar com os sintomas são os anti-inflamatórios não esteroides.
Se a dor for muito intensa, o médico pode sugerir que você tome uma injeção de corticosteroide. Porém, o uso frequente de corticosteroides não é a melhor opção de tratamento, já que há o risco de efeitos adversos.
Para aliviar a dor, também é possível contar com algumas soluções práticas, como por exemplo:
Além disso, alguns médicos recomendam o uso de talas ou bandagens no pulso durante a noite, para evitar movimentos involuntários que podem piorar os sintomas.
Quando nenhum tratamento é capaz de melhorar os sintomas, o médico pode sugerir uma cirurgia. Nesse procedimento cirúrgico, é feita uma descompressão do túnel do carpo através de um corte no tecido do pulso que atravessa o nervo mediano. Como resultado, a pressão sobre o nervo é reduzida.
Certamente, é importante conversar com seu médico e tirar todas suas dúvidas sobre os riscos e benefícios da cirurgia.
Quem trabalha com tarefas manuais repetitivas precisa ter atenção para não forçar demais as mãos. Além de tomar cuidado com a postura das mãos, é importante fazer pausas frequentes ao longo do dia. Essas interrupções, além de ser um tratamento complementar para quem já apresenta a condição, ajudam a prevenir o seu aparecimento.
O uso de teclados e mouses ergonômicos para trabalhar, por exemplo, pode reduzir o esforço feito pelos pulsos ao digitar, reduzindo assim o risco de desenvolver a síndrome do túnel do carpo.
Em geral, com o tratamento adequado, os sintomas da síndrome do túnel do carpo melhoram em um mês. Mas se o incômodo persistir ou piorar, não hesite em consultar o seu médico novamente.
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