Considerados os grandes vilões de uma dieta saudável e equilibrada, os alimentos ultraprocessados podem ser encontrados com facilidade em todos os estabelecimentos. Muitas vezes, nem sabemos identificar o que conta com elementos químicos para maior durabilidade. Portanto, como se deve fazer essa divisão?
Os alimentos ultraprocessados estão diretamente ligados ao risco aumentado de câncer e diversos problemas cardíacos e metabólicos. Isso porque eles têm níveis elevados de ingredientes artificiais, com muitas calorias, altos teores de açúcar, sódio e gorduras saturadas. Ademais, esse tipo de alimento tem baixo teor de fibras e micronutrientes essenciais ao corpo humano.
O consumo de ultraprocessados ainda pode ser agravado quando associado a outros fatores de risco, como sedentarismo, podendo desenvolver obesidade, dislipidemia (colesterol alto ou gorduras – lipídios – no sangue) e síndrome metabólica, além de poder prejudicar o desenvolvimento de crianças e adolescentes.
Os alimentos ultraprocessados favorecem a disbiose intestinal – desequilíbrio entre as bactérias que compõem o sistema digestivo -, vulnerabilidade imunológica – aumento da propensão a doenças por diminuírem a imunidade.
No Guia Alimentar para a População Brasileira, criado pelo Ministério da Saúde, os alimentos são divididos da seguinte maneira:
De olho no rótulo e leia sempre os ingredientes do que consome! De acordo com a nutricionista funcional integrativa Mariana Moretti, ao site Splash UOL, “quanto mais ingredientes listados em sua composição, mais processado é o produto”. Preste atenção também nos nomes que não são tão familiares, ou difíceis de pronunciar – ingredientes distantes do que se costuma comprar no mercado ou na feira.
Ainda prestando atenção no rótulo, aditivos conservam os produtos por mais tempo, além de trazerem sabores mais agradáveis e visual atrativo. Podem vir com denominações como gordura vegetal hidrogenada, isolados proteicos, óleos interesterificados, agentes de massa, realçadores de sabor, glutamato, espessantes, corantes, emulsificantes e aromatizantes.
Xarope, maltose, dextrose, frutose, glucose, ciclamato, acessulfame, aspartame e sucralose, por exemplo. Atualmente, existem açúcares e adoçantes naturais, que são considerados processados, não ultraprocessados.
A gordura saturada ainda está presente em peixes, carnes e algumas sementes; já a gordura trans foi banida no Brasil em 2023. “Como as gorduras trans, (as gorduras interesterificadas) são um novo tipo de gordura não encontrado na natureza. O processo de interesterificação produz não um, mas uma série de diferentes tipos de moléculas de ácidos graxos rearranjados. Cada nova molécula pode ser metabolizada de uma forma diferente e desconhecida pelo organismo humano”, explica o pesquisador Gyorgy Scrinis, em entrevista ao ‘Joio e O Trigo’.
Macarrão instantâneo, produtos congelados como pizzas, lasanhas e nuggets.
Alguns desses podem até vir com a garantia que são “enriquecidos com fibras”, mas os ultraprocessados no geral contém poucas fibras em comparação ao alimento natural.
Sim, eles vão tentar te atrair com embalagens coloridas, com imagens agradáveis e que atraiam. Balas, iogurtes e biscoitos recheados.
Se o produto tem uma durabilidade de longo tempo, significa que precisou de conservantes e estabilizantes para não estragarem.
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