Antibióticos são medicamentos que visam eliminar bactérias infecciosas ou impedir seu crescimento e multiplicação no organismo. Seu uso em excesso, porém, pode provocar algumas consequências. Dentre elas, problemas no estômago.
Esses efeitos ocorrem porque os antibióticos têm ação contra bactérias infecciosas, mas não as distingue das bactérias “boas”, que também compõem o corpo humano e desempenham funções muito importantes, como o equilíbrio do trato gastrointestinal (que engloba estômago e intestinos).
A perturbação desse equilíbrio, provocada pela ação dos antibióticos, pode enfraquecer o corpo e deixá-lo vulnerável a inflamações, por exemplo. A mais comum delas chama-se “gastroenterite”. Saiba mais sobre a dieta para gastroenterite, o que comer e cuidados.
Os antibióticos podem não distinguir as bactérias infecciosas daquelas que contribuem para a defesa do corpo, o que gera o desequilíbrio que nos leva à gastroenterite.
A gastroenterite é uma inflamação na extensão do estômago até os intestinos e provoca os seguintes sintomas:
Esses sintomas costumam durar de 24 a 72 horas e tendem a piorar com a ingestão de antibióticos de estômago vazio.
Essa inflamação ocorre porque o intestino é diretamente afetado pela ação dos antibióticos: é composto por muitos microrganismos – bactérias “boas” – que regulam o funcionamento do sistema digestivo e ajudam o sistema imunológico a se defender de infecções.
Assim, o uso de antibióticos pode provocar infecções ou inflamações secundárias, por deixar o organismo enfraquecido e vulnerável, já que as bactérias de defesa podem ser atacadas.
Apesar de frequentes, os desconfortos causados pela ingestão de antibióticos podem ser prevenidos. Aqui estão alguns caminhos para isso:
Os probióticos são “bactérias saudáveis” e sua ingestão é uma das formas de prevenir a diarreia causada pelo uso de antibióticos. Além disso, eles diminuem o inchaço e renovam o equilíbrio do intestino.
São facilmente encontrados na composição de iogurtes, leites fermentados e outros medicamentos. Seu consumo, porém, deve ter início somente após o fim do uso dos antibióticos.
Enquanto os probióticos são os próprios microrganismos, os prebióticos são seu alimento. Eles nutrem as bactérias benéficas que vivem no microbioma intestinal.
Saiba a diferença entre probióticos e prebióticos
Quando essas bactérias são alimentadas, o intestino começa a retomar seus níveis de equilíbrio.
Diferentemente dos probióticos, os prebióticos podem ser consumidos durante o ciclo de antibióticos e podem ser encontrados em alimentos como cebola, alho, banana, chicória, alcachofra, iogurte, cereais e pães.
Tanto os probióticos quanto os prebióticos precisam ser ingeridos aos poucos, para que o intestino se adapte gradativamente a eles.
Os alimentos fermentados são boas fontes de bactérias benéficas. Alguns deles são iogurtes, salame tradicional, queijos e picles frescos.
A Vitamina K, além de ajudar o corpo na coagulação do sangue, diminui o impacto dos antibióticos no organismo. Está em legumes e verduras como couve, espinafre, acelga, salsinha, mostarda verde e couve de bruxelas.
As fibras, por sua vez, estimulam o crescimento das bactérias boas e só devem ser consumidas em maior quantidade após o fim do ciclo de antibióticos, pois, em excesso, podem afetar a absorção do medicamento pelo estômago.
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