Conheça os benefícios e as propriedades da árvore-do-chá, fique mais familiarizado com a planta, suas propriedades e como usar o famoso óleo.
Pois bem, a árvore-do-chá tem o nome científico de Melaleuca alternifólia e é uma planta que faz parte da família Myrtaceae. Ela, que também pode ser conhecida pelo nome de melaleuca, é nativa da Austrália e apresenta uma casca fina e folhas alongadas e esverdeadas.
A árvore-do-chá recebeu o seu nome de marinheiros do século XVIII, que preparavam uma chá que cheirava a noz-moscada da árvore que crescia na pantanosa costa do sudeste australiano. As informações são da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do WebMD.
Os benefícios atribuídos à árvore-do-chá costumam ser oriundos de uma de suas propriedades em particular: o seu óleo. Vamos conhecer alguns deles?
Segundo informações do site Medical News Today, um estudo de 1992 conduzido por um pesquisador da Austrália ao lado de mais dois colegas apontou que um creme com 10% de óleo da árvore-do-chá diminuiu os sintomas do pé de atleta tão efetivamente quanto um medicamento antifúngico, porém, o produto não foi mais efetivo que um placebo (substância neutra, sem efeitos) em relação à cura completa do problema.
Mais tarde, outra pesquisa de 2002 feita por outro pesquisador da Austrália e mais dois colegas analisou o tratamento do pé de atleta com maiores concentrações do óleo da árvore-do-chá e indicou que em 68% das pessoas que usaram uma aplicação com 50% do óleo da planta foi observada uma melhoria visível dos sintomas, com 64% dos participantes que passaram o produto alcançando a cura total, completou o Medical News Today.
Se você sofre com o pé de atleta, converse com o seu médico para saber se um produto à base do óleo da árvore-do-chá pode ser uma boa ideia para o seu caso em particular e peça que ele te oriente na escolha da melhor versão do remédio com o óleo da planta, tendo em vista as necessidades do seu quadro.
Ainda conforme o site Medical News Today, o óleo da árvore-do-chá é provavelmente melhor conhecido pelas suas propriedades antibacterianas, que já foram associadas à sua habilidade para danificar as paredes celulares das bactérias.
Entretanto, a publicação também ponderou que mais pesquisas são necessárias para saber como o produto pode funcionar neste sentido. Com isso, antes de usar o óleo da árvore-do-chá para tratar qualquer problema associado a bactérias, consulte o seu médico para saber se o produto é seguro e eficiente para a finalidade em questão.
Já foi apontado que o óleo da árvore-do-chá pode auxiliar a reprimir a inflamação, possivelmente por conta da sua elevada concentração de uma substância conhecida pelo nome de terpinen-4-ol, que possui propriedades anti-inflamatórias, informou o site Medical News Today.
De acordo com a publicação, em experimentos conduzidos em animais, esse composto suprimiu a atividade inflamatória em casos de infecção na boca, ao passo que em seres humanos a aplicação tópica do óleo da árvore-do-chá diminuiu o inchaço da inflamação induzida pela histamina de modo mais eficaz que o óleo parafínico.
Antes de tratar um problema inflamatório com o óleo da árvore-do-chá, consulte o médico para saber se o produto é realmente seguro e eficiente para o seu caso em particular.
O pessoal do site Medical News Today também mencionou uma pesquisa de 2002 feita por cientistas da Austrália que indicou que um shampoo com 5% de óleo da árvore-do-chá pode contribuir com o tratamento da caspa de nível leve a moderado, associada ao fungo Pityrosporum ovale.
No experimento em questão, as pessoas com caspa que usaram o produto ao longo de quatro semanas apresentaram melhorias significativas na severidade geral e nos níveis de coceira e oleosidade, em comparação ao placebo, relatou a publicação.
Entretanto, o site WebMD apontou que as evidências em relação ao uso do óleo da árvore-do-chá para a caspa são classificadas como insuficientes. Se você sofre com a caspa, consulte um dermatologista antes de usar um shampoo com o óleo da árvore-do-chá para lidar com o problema.
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Uma pesquisa de 2012, conduzida por um cientista da Itália e seus colegas, comparou o óleo da árvore-do-chá com o nerolidol (um composto encontrado em alguns óleos essenciais) no tratamento dos piolhos.
O óleo da árvore-do-chá foi mais eficiente na tarefa de matar os piolhos, enquanto o nerolidol foi melhor em matar os ovos dos bichinhos. No entanto, o site WebMD também classificou as evidências a respeito uso do óleo para o tratamento dos piolhos como insuficientes.
Portanto, para quem sofre com os piolhos, mais uma vez o ideal é conversar com um dermatologista para saber se o óleo da árvore-do-chá é realmente indicado para o seu caso em particular.
O óleo essencial da árvore-do-chá – a parte da planta que costuma ser extraída e utilizada por conta de seus benefícios prometidos – não pode ser ingerido porque é tóxico via oral.
Como o produto pode provocar alergia nas peles mais sensíveis, a recomendação é sempre diluir o óleo da árvore-do-chá em outro óleo como o óleo de coco ou o óleo de amêndoas, por exemplo.
É aconselhável que os interessados em usar o produto façam um pequeno teste para ver se o óleo não causa alergia: passar uma pequena quantidade do óleo já diluído em uma pequena área da pele e aguardar algumas horas para ver se não ocorre uma reação.
Como a quantidade adequada e o tempo de uso indicado do óleo da árvore-do-chá dependem de fatores como a condição que se deseja tratar, a severidade do problema em questão e a concentração do óleo da árvore-de-chá no produto, o ideal mesmo é que você tenha a orientação de um profissional de saúde para saber em qual dosagem deve utilizar o produto.
Também é aconselhável pedir a orientação profissional na hora de escolher o óleo para comprar, de modo que você adquira um produto de qualidade, seguro e com potencial para realmente auxiliar o problema que você deseja tratar.
A ingestão do óleo da árvore-do-chá pode provocar efeitos colaterais como confusão, dificuldade para controlar os músculos, dificuldade para fazer movimentos e até a diminuição da consciência, em casos mais graves.
O consumo oral do óleo ainda pode causar problemas como erupções cutâneas severas, anormalidades nas células sanguíneas, dor de estômago, diarreia, vômito, náusea, alucinações, confusão, sonolência excessiva e coma.
Quanto ao uso tópico do óleo da árvore-do-chá, pode ocorrer a dermatite de contato alérgica (mais comum quando é passado o óleo puro do que quando é usado um cosmético com o óleo na formulação) e há o risco de haver a resistência da bactéria aos antibióticos com o uso consistente de antibióticos, mesmo os de baixas doses como o óleo da árvore-do-chá.
De acordo com informações do site WebMD, a aplicação do óleo da árvore-do-chá na pele também pode provocar inchaço, além de poder trazer em alguns casos sintomas como secura, coceira, ardência, queimação e vermelhidão para as pessoas que sofrem com a acne.
Passar produtos que contenham o óleo da árvore-do-chá ao lado do óleo de lavanda pode não ser seguro para os jovens rapazes que ainda não atingiram a puberdade porque esses produtos podem gerar efeitos hormonais que poderiam prejudicar os hormônios normais do corpo de um garoto.
Conforme o WebMD, em alguns casos isso resultou no desenvolvimento anormal do crescimento de mamas nos meninos, uma condição conhecida pelo nome de ginecomastia. Já a segurança desses produtos com óleo da árvore-do-chá e óleo de lavanda para as jovens garotas não é conhecida, acrescentou a publicação.
No caso de experimentar qualquer efeito colateral ao uso da árvore-do-chá, procure rapidamente o auxílio médico, mesmo que não imagine se tratar de um sintoma tão grave assim. Isso é importante para checar a real seriedade do problema em questão, receber o tratamento adequado e saber se pode continuar a usar a planta ou se deve deixá-la de lado.
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