A ginecomastia é um problema que pode atingir homens de todas as idades, e causa o aumento das mamas.
Esse aumento do volume das glândulas mamárias é um problema que afeta de forma significativa a qualidade de vida da pessoa, e que deve ser tratado de forma correta, evitando assim o seu agravamento.
Mas, é importante lembrar que a ginecomastia não está diretamente associada ao câncer, ou seja, não aumenta o risco de desenvolvimento da doença.
E então, vamos entender o que é a ginecomastia, conhecer os sintomas e causas, além de saber quais tratamentos existem este problema.
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O que é ginecomastia?
A ginecomastia, também chamada de hipertrofia mamária, encontra-se em 40% a 65% dos homens adultos, sendo caracterizada pelo aumento do tamanho da mama masculina.
Ela é considerada uma proliferação benigna bastante comum no tecido glandular, sendo causada principalmente pela redução das taxas de testosterona e o aumento das taxas de estrogênio, que pode acontecer por:
- Uso de medicamentos;
- Doenças que afetem o equilíbrio hormonal;
- Sem causa definida.
Em casos mais raros, a causa pode ser relacionada ao desenvolvimento de alguns tipos de tumor.
Entretanto, as consequências da ginecomastia não são apenas físicas, pois o desenvolvimento das mamas pode ter impactos psicológicos, principalmente em garotos e homens jovens.
Causas da ginecomastia
Grande parte dos casos de crescimento da mama está relacionada a desequilíbrios hormonais, que podem levar à redução do hormônio masculino, a testosterona, e aumento do hormônio feminino, o estrogênio.
Assim, podemos dividir as causas em cinco grupos:
- Fisiológica: Ocorrem em praticamente qualquer idade, e não envolvem o aparecimento de doenças;
- Induzida por medicamentos e drogas: Esse tipo de ginecomastia pode ser causada por anabolizantes, álcool e outras drogas e medicamentos, sendo os mais comuns os hormônios sintéticos, antipsicóticos, alguns antidepressivos e alguns medicamentos usados para o tratamento de doenças cardiovasculares;
- Endócrinas: Nesses casos, os causadores principais são o hipogonadismo, defeitos nos receptores de testosterona e aumento da atividade da aromatase;
- Doenças sistêmicas: As principais são a cirrose hepática e a insuficiência renal;
- Câncer: Diversos tumores podem causar a ginecomastia, como os de testículo e o adrenal.
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Níveis de gravidade
A ginecomastia é classificada em diferentes graus definidos, dependendo da gravidade, conforme visto abaixo:
- Grau I: O aumento mais discreto do volume da mama, mais concentrado na região do mamilo, que faz com que as camisetas mais justas fiquem marcadas, gerando constrangimento. Entretanto, não há excesso de pele, e a massa da glândula mamária não ultrapassa 250 g.
- Grau II-A: Nesses casos, o aumento é considerado moderado, não ficando restrito somente à região abaixo da aréola, geralmente com massa entre 250 e 500 g. Já é possível notar um comprometimento da região do tórax.
- Grau II-B: Nesse nível, as características são as mesmas do Grau II-A, com a diferença que há um excesso de pele na região torácica.
- Grau III: Esse nível é caracterizado por mamas grandes, acima de 500 gramas, e caídas. Aqui a ginecomastia é bastante aparente, difícil de disfarçar e já gera impactos psicológicos consideráveis para a pessoa.
Onde buscar ajuda?
O ideal é procurar ajuda médica, para que se possa diagnosticar corretamente a causa do problema e iniciar o tratamento.
Então, iremos agora listar os especialistas que comumente diagnosticam e tratam o problema:
- Mastologista;
- Clínico geral;
- Urologista;
- Endocrinologista;
- Psiquiatra (no caso de ginecomastia causada por medicamentos psiquiátricos).
E, para crianças e adolescentes, o ideal é que sejam examinados por um pediatra ou um hebiatra.
Como é feito o diagnóstico?
Inicialmente o médico fará um exame físico, para avaliar o aspecto da mama e identificar se há ou não a presença de nódulos.
Após essa primeira avaliação, podem ser pedidos outros exames, como ultrassonografia, e de sangue, para verificar as taxas hormonais.
Como tratar a ginecomastia?
De acordo com especialistas do Hospital Sírio Libanês, os casos leves, quando acometem meninos entre 10 e 16 anos costumam ser temporários e reversíveis, e não precisam de tratamento, apenas observação.
Já para casos mais severos, pode-se utilizar tanto medicamentos quando técnicas cirúrgicas, para casos mais graves.
Assim, podemos separar os medicamentos nos seguintes grupos:
- Andrógenos: Esses medicamentos são usados quando é identificada a diminuição dos níveis de hormônio masculino, São eles a testosterona, a di-hidrotestosterona e o danazol;
- Anti-estrógenos: Essa classe de medicamentos bloqueia a ação do estrogênio. São eles o clomifeno, o tamoxifeno e o raloxifeno;
- Inibidores da aromatase: Esses medicamentos agem impedindo a conversão da testosterona em estrogênio.
Além disso, deve-se tratar a causa da ginecomastia, para evitar que o problema volte. Então, pode ser necessário o envolvimento de outros especialistas no tratamento do problema, a depender da sua causa.
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