Aprenda como plantar beterraba em casa com um passo a passo desde o planto até o cultivo e a colheita, com dicas e cuidados para melhores resultados.
Você pode até não ser o fã número um dessa roxinha, entretanto, não dá para negar que ela é uma excelente adição para as nossas refeições em termos de saúde.
Existem inúmeros benefícios da beterraba para a saúde, já que ela é um alimento que fornece nutrientes como fibras, manganês, potássio, ferro, vitamina B9 e vitamina C.
Podemos aproveitá-la em diversas receitas saudáveis como saladas, purês, molhos, sopas, caldos e sucos, por exemplo. Veja desde já algumas receitas de nhoque de beterraba fit e receitas de salada de beterraba para incrementar sua dieta.
Para algumas pessoas, cultivar os próprios alimentos funciona como um passatempo, quase como algo terapêutico. Mas outro estímulo para aprender como plantar beterraba em casa é a possibilidade de ter o alimento à sua disposição diretamente do conforto do seu lar.
Melhor ainda: cultivar seus próprios alimentos em casa permite levar para a mesa alimentos orgânicos e livres da aplicação de agrotóxicos, já que assim é possível controlar todas as etapas do processo de produção do alimento.
Dados do ano de 2010 do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos (Para) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apontaram irregularidades em aproximadamente 30% das amostras averiguadas de beterraba.
Isso pode ser considerado preocupante porque, de acordo com o portal do Ministério da Saúde, o uso contínuo, indiscriminado e inadequado de agrotóxicos é considerado um relevante problema ambiental e de saúde pública.
Ainda segundo o site, “os efeitos à saúde humana, decorrentes da exposição direta ou indireta aos agrotóxicos podem variar de acordo (com) a toxicidade, tipo de princípio ativo, dose, tempo de exposição e via de exposição”.
Crianças, gestantes, mulheres que amamentam, idosos e pessoas com a saúde debilitada são considerados os grupos mais susceptíveis aos efeitos dessas substâncias, completou o portal.
Como se não bastasse, estudos realizados pelo aluno de doutorado em Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Ensp/Fiocruz), Cleber Cremonese, indicaram que parte dos agrotóxicos pode desregular o sistema endócrino, alterando os níveis de hormônios sexuais e provocando efeitos prejudiciais, especialmente para o sistema reprodutor.
Essas reações podem incluir câncer de mama, câncer de ovário, câncer de testículo, câncer de próstata, desregulação do ciclo menstrual, infertilidade, baixa na qualidade do sêmen e malformação de órgãos reprodutivos.
Em suas pesquisas, Cremonese avaliou moradores de Farroupilha (RS) – em um primeiro estudo, ele trabalhou com homens e mulheres adultos, trabalhadores rurais e seus familiares, que tinham entre 18 a 69 anos; no segundo ele analisou jovens das zonas rurais e urbanas com idade entre 18 a 23 anos.
Para chegar aos resultados apontados, o doutorando coletou amostras de sangue e sêmen e aplicou questionários.
Ele concluiu que seus estudos sugerem que as exposições crônicas aos agrotóxicos interferem na regulação dos hormônios sexuais nos adultos e na qualidade do sêmen dos jovens nas regiões onde o estudo foi conduzido.
Cleber afirmou ainda que o uso dos agrotóxicos já foi associado a outros problemas de saúde como doenças neurodegenerativas como Parkinson, distúrbios cognitivos, transtornos psiquiátricos, alterações respiratórias e imunológicas, problemas no fígado e nos rins e complicações na gestação como aborto, malformações congênitas e baixo peso ao nascer.
Confira em detalhes as doenças que agrotóxicos nos alimentos podem provocar e veja também os alimentos com mais agrotóxicos no Brasil.
Fontes e Referências Adicionais:
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