Muitas pessoas se perguntam “como saber se tenho diabetes” ao conhecer todos os cuidados que um diabético precisa ter na vida. Veja os sintomas, o teste e os exames que precisam ser feitos a seguir.
A diabetes é uma doença comum e séria que atinge 1 a cada 11 pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde. “Como saber se tenho diabetes” é uma pergunta comum entre pessoas que passam a manifestar certos sintomas, ou que possuem familiares com a mesma condição, já que a hereditariedade é um dos fatores de risco.
O fato é que existem certas formas de se identificar a doença, começando pelas autoanálises, que podem ser percebidas quando os primeiros sintomas se manifestam, e confirmando-se por meio de teste e exames. O exame de sangue é a forma mais assertiva e segura de saber se uma pessoa possui diabetes ou não.
Aproveite e aprenda também qual é a relação entre diabetes e obesidade, e confira como e se a diabetes é hereditária mesmo.
Atualmente, identifica-se 3 tipos de diabetes: tipo 1, que torna uma pessoa dependente de insulina e que é caracterizada pela destruição autoimune das células beta do pâncreas; tipo 2, que representa cerca de 90% dos casos e advém da resistência que o organismo tem à insulina; e a diabetes gestacional, que se manifesta durante a gestação e que ocorre quando há a elevação dos níveis de glicose na corrente sanguínea.
Alguns sintomas são comuns nos três casos, e outros mais específicos. Conheça os principais sintomas que podem ser indicativos para a manifestação da doença se você procura entender como saber se tenho diabetes.
Normalmente, uma pessoa que se alimenta e consome líquidos regularmente urina entre quatro e sete vezes por dia. No entanto, pessoas com diabetes podem ter vontade de urinar mais vezes.
Isso ocorre porque o corpo reabsorve a glicose durante o trânsito nos rins. Quando o nível de glicose no sangue está alto, os rins não conseguem processar isso, fazendo com que o seu corpo produza mais urina do que o comum, para que o açúcar seja eliminado por meio dessa excreção.
A micção frequente é um dos primeiros sintomas que costuma se manifestar em diabéticos, e um dos mais fáceis de serem notados.
Pelo fato de uma pessoa diabética urinar muito, seu corpo torna-se desidratado se não aumentar o consumo de água. Em decorrência disso, o indivíduo passa a sentir mais sede e a boca fica mais seca do que o normal.
Além disso, a desidratação pode se refletir também na pele, que pode vir a se tornar mais seca que o habitual, ou até mesmo descamar.
Micção frequente e sensação de boca seca é uma combinação de sintomas que já apontam a doença e requerem um exame laboratorial para que o diagnóstico possa ser feito adequadamente.
O organismo trabalha de forma que os alimentos ingeridos sejam processados e convertidos em glicose, que, por sua vez, será utilizada como fonte de energia.
No entanto, as células precisam de insulina para absorver a glicose. Isso quer dizer que quando o organismo não produz a quantidade adequada de insulina, ou até mesmo quando as células são resistentes a ela, a glicose não consegue penetrar e, portanto, não há a produção energética, deixando as pessoas diabéticas com mais fadiga e famintas.
Outro sintoma comum que pode se manifestar em pessoas com diabetes é a visão embaçada. Isso pode ter diversas origens.
O mais comum é o edema macular, ou seja, quando a mácula – parte da retina que permite a visão central nítida – incha devido a vazamentos de fluidos. Além da visão embaçada, o edema macular pode desencadear visões onduladas ou até mesmo alteração na percepção de cores.
A retinopatia proliferativa também pode se ocorrer em pessoas com diabetes. Trata-se de um quadro que que se instaura quando os vasos sanguíneos vazam para o centro do olho. Isso faz com que a visão fique embaçada ou você tenha a sensação de estar vendo manchas.
Além disso, o glaucoma é outro problema que pode desencadear visão embaçada, devido aos danos que são causados no nervo óptico por causa da pressão ocular. De acordo com o National Eye Institute, pessoas com diabetes têm o dobro de chances de desenvolverem glaucoma.
Outro sintoma que se manifesta mais comumente em diabéticos é a dificuldade do corpo em cicatrizar feridas. Isso advém do excesso de glicose no sangue, que prejudica o sistema imunológico e a diminuição da circulação sanguínea.
Havendo um menor fluxo sanguíneo, os vasos doentes tendem a ter mais dificuldades para cicatrizar. Além disso, a grande quantidade de açúcar no sangue diminui a performance dos glóbulos brancos – células de defesa – no corpo humano, dificultando o processo de cicatrização.
Enquanto alguns sintomas podem se manifestar em ambos os tipos de diabetes, alguns outros são mais específicos. Alguns dos sintomas da diabetes tipo 1 incluem:
Já as pessoas que são acometidas pela diabetes tipo 2 podem ter, além dos sintomas comuns, outros danos, como:
Diabetes gestacional é um quadro que se manifesta em mulheres grávidas, que é desencadeado em decorrência do aumento de glicose na corrente sanguínea durante a gravidez.
Assim como os sintomas das outras variedades dessa condição, as mulhers que são acometidas pela diabetes gestacional podem ter sintomas como:
Quando uma mulher grávida é identificada com diabetes gestacional, é importante monitorar os níveis de glicose no sangue frequentemente, cerca de cinco vezes ao dia, para assegurar que a quantidade de açúcar no organismo está adequada e não haverá complicações.
Embora os sintomas evidenciem que um quadro de diabetes pode ter se instaurado em uma pessoa, é necessário que o diagnóstico seja feito por meio de exames laboratoriais solicitados por seu médico.
Dessa maneira, o quadro, além de ser identificado, poderá receber o tratamento adequado para o tipo de diabetes. Conheça os principais exames:
Para que a diabetes possa ser diagnosticada, efetivamente, o indivíduo precisa recorrer a um dos exames mais comuns nesse contexto: glicemia em jejum, que deve ser feito com o paciente submetido a, no mínimo, 8 horas de jejum.
A facilidade de utilização do método e o baixo custo do exame tornaram-no o principal meio de diagnóstico de diabetes.
Nesse exame, os níveis de açúcar no sangue são examinados. Se o teor for superior a 126mg por 100ml de sangue, a doença é diagnosticada. No entanto, quando os números apontam entre 110 e 125, então pede-se o teste oral de tolerância à glicose.
Teste Oral de Tolerância à Glicose é o nome que se dá ao exame que é popularmente conhecido como exame de curva glicêmica. Trata-se de um teste que pode ser solicitado para ajudar no diagnóstico, e que toda a gestante deve fazer no segundo trimestre de gestação.
Para que a análise seja possível, o paciente deve ingerir 75 gramas de glicose diluída em água ou suco. Após o tempo de absorção do organismo – cerca de duas horas – o exame de sangue é feito para avaliar os resultados.
Quando os valores estão acima de 200, a doença é diagnosticada. Já nos casos em que os valores apontam entre 140 e 199, identifica-se um quadro de pré-diabetes.
Também conhecido como Teste Random, o Teste Aleatório de Glicose Plasmática é feito de forma que a glicose no sangue é analisada, sem considerar o horário e a última refeição consumida.
Se os valores apontarem igual ou superior a 200mg/dl, a doença é identificada. Em conjunto com análise de outros sintomas, esse exame é utilizado para diagnosticar diabetes do tipo 1 e 2 em pacientes.
Embora os sintomas permitam uma identificação prévia do quadro, somente o exame laboratorial pode confirmar o diagnóstico, que deve ser dado por um médico. Nesses casos, ele irá prescrever os novos cuidados a serem adotados, novos hábitos e tratamentos adequados.
Saiba mais sobre os sintomas que indicam que uma pessoa tem diabetes!
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