É comum ouvirmos que alguém que conhecemos fez a retirada do útero, uma cirurgia chamada histerectomia total. Mas normalmente não nos aprofundamos no assunto, já que ele não é tão divulgado na mídia.
No entanto, a histerectomia total é mais comum do que se pensa, e pode ser realizada para tratar uma série de condições médicas.
Por isso, a seguir vamos entender melhor o que é a cirurgia para a retirada do útero, bem como as consequências que a histerectomia pode trazer para a saúde.
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A histerectomia total é, de forma resumida, a retirada do útero e do colo do útero.
A cirurgia pode ser feita usando diferentes técnicas, a depender do motivo pelo qual a cirurgia foi indicada e de outras questões de saúde.
A histerectomia total é uma cirurgia de grande porte, e só é realizada quando não há outras opções de tratamento.
Por isso, os médicos só indicam esse tratamento para alguns casos, como:
Por fim, é importante ressaltar que a histerectomia não é uma forma de contracepção. Ou seja, nenhum médico irá indicar a cirurgia apenas para evitar uma gravidez.
Isso ocorre por causa das possíveis complicações que podem ocorrer em uma cirurgia deste porte, e também pela existência de uma série de métodos contraceptivos disponíveis no mercado.
Além do que explicamos logo acima, existem diferentes tipos de histerectomia, classificadas de acordo com a quantidade de tecido retirada:
A escolha do tipo de histerectomia vai depender do problema tratado. Por exemplo, a histerectomia radical é realizada apenas em casos de câncer.
Como dito logo acima, a escolha do tipo de histerectomia vai depender do motivo que levou à indicação do procedimento.
E, além da modalidade cirúrgica, existem também diferentes formas de realizá-la:
Nas últimas décadas, descobriu-se que certos tipos de câncer têm origem genética. Ou seja, existem exames de sangue que conseguem identificar esses genes e dizer se a pessoa tem um risco maior ou não de desenvolver esses cânceres específicos.
Isso ocorre, por exemplo, com o câncer de mama, ovário, trompas de falópio e útero.
Assim, algumas mulheres optam por realizar a histerectomia total, com a retirada também dos ovários e das trompas, como forma de prevenir essas doenças.
No entanto, esse tipo de cirurgia só é realizado após testes genéticos, normalmente solicitados quando há um longo histórico familiar da doença.
A recuperação cirúrgica pode variar bastante, dependendo do tipo de histerectomia (subtotal, total ou radical) e da forma como a cirurgia foi realizada.
Assim, cirurgias abertas podem ter um período de recuperação mais doloroso, enquanto que nos procedimentos laparoscópico ou vaginal ele tende a ser mais tranquilo.
Porém, independentemente do caso, existem algumas recomendações para amenizar os incômodos desse período pós-cirúrgico. São elas:
Essa é uma dúvida bastante frequente entre mulheres que irão realizar a histerectomia. Mas, apesar de comum, não existe uma resposta definitiva que sirva para todos os casos.
Por isso, é importante fazermos algumas considerações:
Por fim, devemos frisar que a histerectomia não é uma cirurgia que tenha como objetivo a perda de peso, e que qualquer modificação que ocorra é considerada um efeito colateral do procedimento.
Como qualquer cirurgia de grande porte, a histerectomia total traz consigo alguns riscos para a saúde. Os principais são:
Outro ponto importante é que algumas mulheres relatam dor após histerectomia total, que pode ocorrer tanto pela cirurgia em si, quanto pelo desenvolvimento de aderências internas.
No entanto, na maioria dos casos, essa dor vai melhorando conforme o corpo se recupera da cirurgia.
Além disso, quando é realizada a histerectomia radical, como os ovários também são retirados, ocorre a chamada menopausa cirúrgica.
Isso se deve ao fato de que o corpo para de produzir os hormônios sexuais femininos, levando a um quadro semelhante à menopausa por idade. Os sintomas incluem:
Por isso, após a cirurgia é importante se atentar aos sintomas da menopausa, e iniciar o tratamento mais adequado para o seu caso.
A histerectomia total é uma cirurgia de grande porte, e pode trazer grandes impactos na vida da mulher, sejam eles positivos ou negativos.
Por isso, é extremamente importante procurar uma equipe médica que passe a confiança necessária, e que explique todo o processo e as suas potenciais consequências.
Além disso, existem algumas dicas básicas que podem ajudar na melhora da saúde e mesmo a prevenir que casos de problemas no útero cheguem a um estágio que requeira uma histerectomia. São elas:
Outro ponto importante é que, em muitas situações, a histerectomia tem um grande impacto psicológico, uma vez que é uma cirurgia que retira boa parte dos órgãos sexuais femininos.
Assim, pode ser necessário, para algumas mulheres, um acompanhamento psicológico antes e depois da cirurgia, para tratar ou mesmo evitar esse efeito.
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