Câncer do colo do útero: o que é, sintomas, causas e tratamentos

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O câncer de colo do útero, ou câncer cervical, é o resultado do desenvolvimento de um tumor na parte do útero localizada no fim da vagina. Seus principais sintomas são sangramentos e corrimentos anormais associados à dor abdominal ou pélvica, que devem aparecer mais frequentemente em estágios mais avançados da doença.

No geral, o câncer do colo do útero é causado pela infecção por tipos específicos do vírus HPV (Papilomavírus humano), que, por sua vez, é transmitido através de relações sexuais desprotegidas (sem uso de preservativo). Saiba se o HPV tem cura.

Passível de prevenção e tratamento, em casos de diagnóstico, esse tipo de câncer pode ser facilmente curado. Isso dependerá tão somente do estágio de evolução do tumor, verificado a partir de exames e sinalizado pelo médico ginecologista.

O que é?

Colo do útero
O colo do útero é a parte do útero localizada ao final da vagina

O câncer de colo do útero é um tipo de tumor que não apresenta sintomas na fase inicial. Possui esse nome por tratar-se de alterações na parte do útero localizada ao final da vagina. Situar-se ali, entre órgãos externos e internos, deixa a região mais exposta ao risco de contrair doenças.

O câncer é, na verdade, um desfecho raro provocado pela infecção pelo vírus HPV, que é muito comum – estima-se que 80% das mulheres sexualmente ativas entram em contato com o vírus ao longo de sua vida sexual (dados do Instituto Nacional do Câncer).

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Na maioria das infecções pelo Papilomavírus, a situação é transitória e regride naturalmente. Já nos casos em que a infecção persiste e é causada por um tipo do vírus que tenha potencial para câncer, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para a doença.

Sintomas

Os sintomas quase sempre manifestam-se conforme a progressão e o tamanho do tumor. Por isso, são mais comuns nos estágios mais avançados da doença. A seguir, estão listados os sintomas dos mais frequentes aos mais raros, nesta ordem:

  • Sangramento vaginal fora do período menstrual e após a relação sexual
  • Dor durante a relação sexual
  • Corrimento anormal – secreção vaginal com cheiro e coloração incomuns
  • Dor abdominal
  • Sensação de pressão na parte inferior do abdômen – acentuada ao urinar ou evacuar
  • Aumento da vontade de ir ao banheiro
  • Escape involuntário de urina ou fezes
  • Dor e inchaço nas pernas
  • Cansaço excessivo

Causas do câncer do colo do útero

De modo geral, o que causa o câncer de colo do útero é a infecção persistente por alguns tipos do vírus HPV. Isso porque nem todos os tipos do Papilomavírus Humano têm potencial cancerígeno e podem evoluir para a doença.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é estimado em 80% o número de mulheres sexualmente ativas que têm contato com o vírus ao longo de sua vida. Entretanto, as infectadas que portam os tipos virais cancerígenos mais comuns (HPV-16 e HPV-18) representam aproximadamente um quarto desse valor.

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Dessa forma, é possível concluir que a infecção, na maioria das vezes, não causa a doença e o câncer de colo do útero é um resultado raro, provocado por tipos virais específicos.

Há, contudo, fatores que potencializam a exposição ao risco. São eles:

  • Ter 45 anos ou mais
  • Possuir o hábito de tabagismo
  • Fazer uso de pílula anticoncepcional por muito tempo
  • Ter vários parceiros sexuais
  • Engravidar precocemente
  • Portar outras ISTs (infecções sexualmente transmissíveis)

Tratamento

Assim como os sintomas, o tratamento varia de acordo com o estágio de evolução da doença, mas também leva em conta os aspectos pessoais do paciente, como idade e estado geral de saúde.

Diagnóstico

O diagnóstico do câncer de colo do útero pode ser realizado pelo médico ginecologista, através da:

  • Verificação a partir do exame pélvico (toque vaginal).
  • Avaliação do histórico familiar e da saúde do paciente.
  • Realização de Papanicolau e colposcopia.
  • Coleta de biópsia para análise.

O exame pélvico consiste no toque vaginal, para avaliação da vagina e do colo do útero. É realizado também o exame preventivo Papanicolau. Estes exames são preventivos, de rotina, e facilitam o diagnóstico precoce e, consequentemente, pode-se esperar um tratamento mais eficaz.

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A colposcopia, teste complementar ao Papanicolau, examina o trato genital feminino através de um aparelho que facilita visualizar as possíveis alterações no tecido. Se forem, de fato, identificadas e sugeridos os sintomas da doença, é possível partir para uma biópsia, em que será coletada parte do tecido e submetida à análise.

Biópsia de ginecologia
Alguns exames ginecológicos podem ser feitos para obter o diagnóstico

Estágios

Os estágios vão de uma fase mais restrita quanto ao local do tumor até sua propagação pelo trato genital:

  1. Estágio inicial: o tumor é localizado somente no útero.
  2. Estágio intermediário: o tumor se expande de dentro para fora do útero.
  3. Estágios avançados: o tumor atinge a parede pélvica, a parte inferior da vagina e pode provocar alterações renais. Ainda em fases de progressão, atinge a mucosa da bexiga ou ânus, ou além da pélvis.

Procedimentos

Os procedimentos realizados no tratamento do câncer de colo do útero variam e podem ser menos ou mais invasivos, a depender do grau de avanço da doença.

  • Conização: retirada de um pedaço de tecido do local, para ser submetido à biópsia.
  • Histerectomia total ou radical: quando total, é retirado o útero e o colo do útero. Quando radical, além do útero e do colo do útero, também é retirada a parte superior da vagina e parte dos tecidos localizados ao redor desses órgãos.
  • Radioterapia: tratamento via radiações que visam interromper o crescimento de um tumor ou mesmo suprimi-lo.
  • Quimioterapia: tratamento via medicamentos, substâncias químicas que visam acabar com o tumor e com a multiplicação desordenada de suas células.
  • Traquelectomia: remoção do colo do útero que preserva a integridade do útero em si.
  • Exenteração pélvica: cirurgia mais extensa que remove útero, colo do útero, tuba uterina, ovários e vagina para erradicar o câncer que já tomou a pélvis em sua totalidade.

Prevenção

Como vimos, apesar do câncer de colo do útero ser um resultado ocasional, é necessário que sejam tomadas as medidas preventivas conhecidas – vacina contra o vírus HPV, uso de preservativos durante as relações sexuais, consultas regulares ao ginecologista – e ficar atenta a possíveis sintomas.

Fontes e referências adicionais

Você conhece alguém que tenha sido diagnosticada com câncer de colo do útero? Como tem sido o tratamento? Comente abaixo.

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