Prolapso uterino: o que é, sintomas, causas e tratamento

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O prolapso uterino ou útero baixo é uma condição em que os músculos e ligamentos do assoalho pélvico enfraquecem até que não conseguem mais dar o suporte necessário ao útero. 

Então, o útero desce para o interior da vagina e, em alguns casos, pode até mesmo sair para fora da vagina.

Causas e fatores de risco

Esse enfraquecimento dos músculos pélvicos e tecidos de suporte que caracterizam o prolapso uterino pode ser causado por um parto difícil ou trauma durante o parto, por níveis mais baixos de estrogênio após a menopausa e pelo ato de levantar coisas pesadas repetidamente.

A condição é mais comum em mulheres que já tiveram um ou mais partos vaginais, já estão na menopausa, têm histórico familiar de prolapso uterino e já fizeram cirurgias pélvicas. O risco de ter um prolapso uterino aumenta com a idade e os fatores de risco para o problema também incluem:

  • Ser mais velha quando teve o primeiro bebê.
  • Dar à luz a um bebê de tamanho grande.
  • Obesidade.
  • Constipação crônica. 
  • Ser hispânica ou branca.
  • Bronquite ou tosse crônica, devido ao hábito de fumar, por exemplo.

Os graus de prolapso uterino

prolapso uterino
Reprodução: via Wikipedia

O prolapso uterino é dividido em quatro graus, conforme o nível de descida do útero pela vagina:

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  • Grau 1: O útero desce para a parte superior da vagina.
  • Grau 2: O útero cai na parte inferior da vagina.
  • Grau 3: O útero se projeta para fora da vagina.
  • Grau 4: Todo o útero já se desloca para fora da vagina.

Sintomas

Um prolapso uterino leve é comum após o parto, mas nestes casos a condição geralmente não provoca sintomas. Já os prolapsos uterinos de nível moderado a severo podem trazer os seguintes sintomas:

  • Dor durante o sexo.
  • Dor, pressão ou desconforto na pélvis, abdômen ou lombar.
  • Constipação.
  • Sentir ou ver um volume de tecido saindo pela vagina.
  • Sensação de peso ou pressão na pélvis.
  • Problemas urinários como incontinência urinária, necessidade de urinar com frequência ou urgência repentina para urinar.
  • Sensação de que a bexiga não esvazia completamente ao usar o banheiro.
  • Dificuldade de ter um movimento intestinal e necessidade de pressionar a vagina com os dedos para ajudar a ter um movimento intestinal.
  • Sentir como se estivesse sentando em uma bola pequena.
  • Sensação de que o tecido vaginal está esfregando na roupa.
  • Sentir como se o tecido vaginal estivesse solto.
  • Dificuldade de inserir absorvente interno.

A mulher que apresentar um ou mais dos sintomas descritos acima e desconfiar que pode estar com prolapso uterino precisa procurar a ajuda médica rapidamente para receber o tratamento adequado.

Diagnóstico e tratamento

Para saber se a paciente está com prolapso uterino, o médico faz um exame pélvico na paciente para identificar se o útero desceu da sua posição original. Ele também pode pedir para a mulher tossir ou fazer como se estivesse segurando o xixi, o que pode ajudar o profissional de saúde a avaliar como ou se os músculos estão fracos.

Na consulta, a paciente provavelmente vai precisar responder a uma série de perguntas, cujas respostas ajudam o médico a analisar como o prolapso uterino afeta a vida da mulher e a tomar as decisões quanto ao tratamento.

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Por falar nele, o tratamento do prolapso uterino pode incluir opções sem ou com cirurgia, conforme cada caso. 

O tratamento sem cirurgia inclui medidas para aliviar os sintomas ou evitar a piora da condição, como exercícios para fortalecer os músculos pélvicos, os chamados exercícios de Kegel, que podem ser o único tratamento necessário em casos de prolapso uterino leve.

Perder peso ou tratar a constipação também são medidas que podem ajudar. Além disso, o médico pode indicar o uso do pessário vaginal, um dispositivo de silicone que é introduzido na vagina e ajuda a sustentar o útero e a segurá-lo no lugar.

O médico é quem coloca o pessário e o dispositivo precisa ser retirado com frequência para limpeza, além de dever ser removido antes do sexo.

Cirurgia

Além disso, há situações em que o médico pode indicar um procedimento cirúrgico para tratar o prolapso uterino.

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Uma alternativa é a cirurgia de reparação, em que o útero é colocado de volta à sua posição normal. O procedimento pode ser feito através da vagina ou do abdômen, dependendo da técnica escolhida pelo médico.

Outra opção é a cirurgia de remoção do útero através de um procedimento chamado de histerectomia, que impossibilita que a paciente engravide no futuro.

Cirurgia uterina
Em alguns casos, pode ser necessária a cirurgia para tratar o prolapso uterino
Fontes e referências adicionais

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Sobre Dr. Lucio Pacheco

Dr. Lucio Pacheco é Cirurgião do aparelho digestivo, Cirurgião geral - CRM 597798 RJ/ CBCD. Formou-se em Medicina pela UFRJ em 1994. Em 1996 fez um curso de aperfeiçoamento em transplantes no Hospital Paul Brousse, da Universidade de Paris-Sud, um dos mais especializados na Europa. Concluiu o mestrado em Medicina (Cirurgia Geral) em 2000 e o Doutorado em Medicina (Clinica Médica) pela UFRJ em 2010. Dr. Lucio Pacheco é autor de diversos livros e artigos sobre transplante de fígado. Atualmente é médico-cirurgião, chefe da equipe de transplante hepático do Hospital Copa Star, Hospital Quinta D'Or e do Hospital Copa D'Or. Além disso é diretor médico do Instituto de Transplantes. Suas áreas de atuação principais são: cirurgia geral, oncologia cirúrgica, hepatologia, e transplante de fígado. Para mais informações, entre em contato.

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