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Coronavírus Reacende a Discussão Entre Idade Cronológica e Idade Biológica

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Equipe MundoBoaForma

O dicionário Michaelis define o termo longevidade como “qualidade de longevo; duração da vida de uma pessoa, de um grupo, de uma espécie, mais longa que o normal; tempo de duração de qualquer coisa; durabilidade”. A longevidade também é algo que tem sido colocado à prova durante a pandemia do novo coronavírus.

Embora os idosos façam parte do grupo de risco da COVID-19 – a doença provocada pelo novo coronavírus – e a maioria das vítimas do vírus sejam pessoas idosas, existem casos que chamam a atenção. Por exemplo, no dia 8 de abril a senhora Giuseppina Nerozzi de Souza, de 94 anos de idade, deixou um hospital do Rio de Janeiro aos aplausos após ter sido curada do novo coronavírus.

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Nos Estados Unidos, a senhora de 90 anos de idade Geneva Wood também conseguiu vencer o novo coronavírus e um veterano da Segunda Guerra Mundial de 104 anos foi a pessoa mais velha a se recuperar da COVID-19.

Enquanto isso, no Rio de Janeiro a jovem Kamylle Ribeiro de apenas 17 anos faleceu de COVID-19 no dia 15 de abril.

O caso de Kamylle não é o único que chama a atenção: de acordo com uma reportagem de 1º de abril do O Globo, dados preliminares do Ministério da Saúde indicaram que até então 10% das mortes provocadas pelo novo coronavírus no Brasil não eram de idosos, mas de pacientes com menos de 60 anos de idade. Desses 10%, 4% tinham menos de 40 anos de idade.

Um desses foi o jovem gastrólogo de 23 anos de idade, Matheus Aciole, de Natal, no Rio Grande do Norte. Segundo a reportagem, não se sabe se o percentual registrado não se deu devido a alguma falha na notificação de todos os dados. Há ainda que se considerar que, apesar de jovem, uma pessoa pode ter uma doença crônica ou comportamento que a coloque como grupo de risco da COVID-19. Por exemplo, um estudo demonstrou que o novo coronavírus é especialmente perigoso para os fumantes e existem várias condições de saúde pré-existentes que podem dificultar o tratamento da COVID-19.

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No entanto, o que dá para entender é que apesar de não serem a regra ou a maioria, existem casos de idosos que se recuperam da COVID-19 e de jovens que morrem da doença.

Uma das hipóteses levantadas é que talvez a diferença entre idade cronológica e idade biológica possa ajudar a explicar por que algumas pessoas se mostram mais capazes de superar o novo coronavírus do que outras.

No artigo “The long, good life” (“A boa vida longa”), publicado na edição de março da revista Finance & Development (Finança e Desenvolvimento), o professor de economia da London Business School (Escola de Negócios de Londres, tradução livre) Andrew Scott abordou o desafio de modificar as regras existentes acerca do envelhecimento para garantir trajetórias produtivas por mais tempo.

Scott, que empregou o termo maleabilidade como algo que deveria nortear as ações associadas à longevidade, propôs em seu artigo derrubar a visão do século XX que usa somente a idade cronológica para basear estudos e políticas públicas. Para o professor de economia, é necessário fazer uma diferenciação entre a idade cronológica – a que aparece nos documentos – e a idade biológica – que corresponde a quão apto e saudável uma pessoa está.

Scott, que é coautor do livro “The 100-year life: living and working in an age of longevity” (“A vida de 100 anos: vivendo e trabalhando na era da longevidade”) e se dedica ao estudo do assunto, apontou que o aumento da população com mais de 65 que tem sido observado e projetado requer mudanças por parte das pessoas, das organizações e políticas de governo.

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Essas mudanças se traduzem em um longo futuro pela frente para as crianças que estão nascendo e refletem em todas as questões da vida como educação, relacionamentos, casamento, família, filhos e trabalho. Mas para o professor de economia, a pergunta a ser feita não é como financiar uma sociedade que envelhece, mas sim como reestruturar o comportamento para que se tenha uma vida longa com qualidade.

Tudo isso se torna ainda mais desafiador em um contexto de pandemia, que provoca caos na saúde física e até na saúde emocional nas pessoas, sobrecarrega a saúde pública e prejudica a economia.

Percebeu que as suas emoções foram abaladas depois que o novo coronavírus apareceu? Então, conheça algumas dicas para preservar a sua saúde mental durante a quarentena da COVID-19.

Você conhece alguém que já tenha contraído o novo coronavírus? Que idade tem essa pessoa e como foi o desenrolar da condição e seu tratamento? Comente abaixo!

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